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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

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Mensagem por shadowangel Sex Jun 03, 2011 8:44 pm

Título: Last Sacrifice por Dimitri Belikov
Autor: shadowangel
Gênero: Romance/Ação
Classificação: NC-16
Terminada: [ x ] Sim [ ] Não
Sinopse:
Last Sacriface, o sexto livro da série Academia de Vampiros, contado pelo ponto de vista de Dimitri.



Última edição por shadowangel em Seg Ago 29, 2011 6:10 pm, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : Fim da Fic!)
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Sex Jun 03, 2011 8:46 pm

CAPÍTULO 01


Virei a esquina e lá, no fim da rua estava ela. A casa onde cresci. Olhando tudo em volta, parecia que eu nunca havia saído de lá. Estava tudo da mesma maneira que deixei. Olhei para o céu e o sol estava brilhando. Era uma manhã de verão. O vento batia nas folhas das árvores e o som disso me trouxe de volta memórias da minha infância. Respirei fundo e continuei andando. Cada passo que eu dava sentia meu estomago revirar. Parei em frente a casa. Estava tudo calmo e silencioso. Caminhei até a porta e fechei os olhos, tentado imaginar quem eu veria primeiro. Toquei a maçaneta e uma voz chamou atrás de mim.

“Hey, Belikov!” Virei e vi Adrian Ivashkov. Ele parecia perfeitamente sóbrio, mas ainda com ar arrogante e com um tom de superioridade em sua voz. Olhar para ele me trouxe de volta os mesmos sentimentos que eu tinha em relação a ele. Uma mistura de irritação, raiva e, é claro, ciúmes. Lembrei imediatamente da mordida no pescoço de Rose, que vi antes dela ser presa, e a sensação de perda me invadiu. Eu não me julgava capaz de ter estes sentimentos novamente, mas eles estavam lá. Quando eu pensei que só havia lugar para culpa no meu coração, eu fui novamente surpreendido por isso.

“Adrian Ivashkov? O que você faz aqui?”

“Você escolheu um cenário curioso para um sonho” respondeu Adrian com um sorriso presunçoso.

De repente, lembrei que Adrian era um usuário do espírito e que podia caminhar nos sonhos das pessoas. Lembrei que ele havia mencionado isso na estação de esqui, quando Rose tinha desaparecido. Isso tudo parecia tão distante agora, que eu quase tinha esquecido. Mas, de qualquer forma, não era real. Eu estava dormindo e sonhando.

“O que você faz no meu sonho” perguntei a ele.

“Isso é o meu sonho” respondeu ele, soando como se isso fosse óbvio. “Foi a única maneira que encontramos de falar com você, você demorou a dormir...” Ele falou deixando claro que não era algo que ele estava gostando de fazer.

Realmente eu havia passado duas noites em claro. As imagens da prisão e da audiência de Rose estavam me atormentando mais do que a minha vida como Strigoi. Não era uma coisa que eu podia controlar. A todo o momento, o rosto de Rose aparecia na minha mente. Por mais que eu pensasse, eu não conseguia encontrar quem tinha interesse em causar tanto dano a ela. Eu não podia imaginar que, em poucas semanas, ela poderia ser executada por supostamente ter assassinado a rainha. Ela seria condenada injustamente. Eu tinha convicção da inocência dela. E não havia nada que eu pudesse fazer, eu estava sendo mantido em prisão domiciliar e não podia falar com ninguém.

“Abe acredita que as cartas do julgamento de Rose já estão marcadas. Não há como ela escapar dessa. Seja quem for que armou isso, fez de uma forma muito bem feita-“

“Abe? Abe Manzur? Eu realmente gostaria de saber o que ele tem a ver com tudo isso. “Porque ele está se dedicando tanto a Rose?” Eu interrompi. De fato, era uma coisa que ninguém tinha me explicado. Qual a ligação de Rose com ele?

Adrian sorriu e respondeu “Abe... é o pai de Rose. Eles se conheceram lá na Sibéria... Ops! Aqui na Sibéria!” ele falou rindo, e gesticulando em volta. “Ele está muito preocupado com Rose. Ele conhece bem os caminhos tortuosos da nossa gente, esse julgamento não vai ser favorável. A situação já não está sendo. Eles querem coroar um novo rei ou rainha, com o assassino da anterior já punido. Abe tem um plano de fuga para Rose e pretende colocar em prática com a sua ajuda. Bem com a minha também, e com a ajuda de muita gente, mas a sua participação é fundamental. Nem preciso falar que Lissa espera que você ajude.”

Lissa. Apesar de ainda sentir uma necessidade de devoção a Lissa, eu já não sentia que isso era totalmente importante para mim. Claro, eu seria eternamente grato a ela por ter me libertado, mas toda aquela necessidade de servi-la a todo custo estava se dissipando. Mais uma vez eu estava me focando em Rose. Era ela que importava. Eu iria ajudá-la mesmo que ninguém pedisse. Mesmo que Lissa não me pedisse.

“Vocês estão planejando tirar Rose da prisão? Quem está envolvido nisso?” Perguntei com a minha cabeça trabalhando a mil. Eu tinha que participar. De algum jeito.

“Toda a idéia veio de Abe. Mas tem um guardião, amigo de Rose, que está lidando com a parte estratégica, Mikhail Tanner, você deve conhecer. Ele conhece bem o prédio da prisão e é bom de luta. Eles planejam colocar todo plano em prática no dia do funeral da minha tia.” Ele falou estas últimas palavras com a voz um pouco baixa, e com um olhar distante. Mas logo se recuperou “Eu ainda não estou a par dos detalhes técnicos, mas Abe irá dar um jeito de falar com você e lhe passar todo planejamento. Nós precisamos ganhar tempo para encontrar o verdadeiro assassino e provar a inocência de Rose, mas com ela presa, tempo é tudo que nós não temos.”

“Mas o que vocês pretendem depois? Tirar Rose da Corte?” Perguntei.

“Pretendemos mandá-la para um lugar seguro, enquanto nós, os amigos dela, procuramos por provas. Quem fez isso deve ter deixado um rastro, e é na Corte que vamos encontrar este rastro.”

“Rose já sabe deste plano?”

“Não! De jeito nenhum. Achamos que a ansiedade dela poderá denunciar que algo está para acontecer. Nem preciso mencionar que um Guardião notaria de imediato. Não vamos contar para ela, somente quando ela estiver distante e segura.”

“E o que garante a vocês que Rose ficará reclusa, esperando que vocês descubram algo?” Se tinha alguém que eu conhecia bem era Rose. Ela gostava de estar em ação, no comando. Ela jamais concordaria em ficar simplesmente esperando tudo acontecer.

Adrian fez uma careta e falou num tom desaprovador “Você vai estar com ela” ele respirou fundo e continuou “É ai que você entra. Além de ajudar a retirá-la da prisão, você vai ter que garantir que ela ficará segura e distante de tudo. Será como um guarda costas, entende? E além do mais Lissa só confia em você para fazer esta missão.”

De repente tudo foi ficando fora de foco e a voz de Adrian ficou mais distante quando ele falou novamente “Use essa chance de ajudá-la para se redimir de todo dano que você causou a ela. Se você sente culpa por algo, você deve buscar o perdão e não ficar se martirizando. Faça por você e não por ela. Nem por Lissa”.

Acordei com essas palavras dele na minha mente. Isso realmente me surpreendeu. Adrian era mesmo uma pessoa diferente. Acho que ele seria um bom amigo, se Rose não estivesse entre nós. Ou bem, se algum dia não estivesse estado. Novamente eu fui surpreendido com o pensamento em Rose e por todo sentimento que estava vindo. Eu quase não podia controlar. Eu agora sabia que era sim capaz de amar alguém, mas ainda não achava que eu era merecedor dela. Eu não podia submeter Rose a viver com alguém como eu. Eu repetia estas palavras para mim várias e várias vezes. Quanto mais eu lutava, mas esse amor me consumia. Eu me lembrava das palavras que eu havia dito a ela na igreja, do seu olhar de dor, da sua angústia. Eu realmente queria fazer daquelas palavras uma verdade, mas não conseguia. Isso era uma repetição de quando eu falei com ela, logo após o seqüestro de Lissa, quando ela me perguntou sobre a noite do feitiço e eu menti, afirmando que não sentia nada e logo após, no primeiro sinal de perigo, meu instinto tomou conta de tudo, quando Natalie a atacou. Foi tudo igual lá na cafeteria. Numa hora eu estava dizendo que ela não representava nada para mim. Na outra, eu estava disposto a morrer por ela.

Levantei da cama e caminhei até a janela. Um dos guardiões que ficava dentro do quarto deu um passo a frente.

“Só um pesadelo. Como sempre.” Eu falei calmamente, olhando para ele. Ele voltou para o seu posto. Ele já deveria estar acostumado, pois sempre me acordava agitado com pesadelos. Tinha dois guardiões no quarto e sei lá quantos do lado de fora. Lutei para me manter controlado. Se uma atitude suspeita de Rose poderia denunciar todo plano, o que dizer se eu também ficasse tenso e agitado? Eu tinha que manter meu auto controle. Eu não podia deixar traçar mentalmente os mais variados planos de fuga para mim e para Rose. E foi o que eu fiz o resto da noite.
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Mensagem por shadowangel Dom Jun 05, 2011 8:01 pm

CAPÍTULO 02
O dia se arrastou. Tentei ler um dos meus livros, mas nem isso me distraiu. Mais tarde, ouvi um barulho do lado de fora do quarto. Parecia uma discussão. Levantei e fui próximo a porta, junto com os dois guardiões que estavam comigo. Eles também ficaram curiosos, embora tenham assumido que não se tratava de nada perigoso.

Um homem, com um sotaque estranho falava alto lá fora. E meu coração se agitou. Finalmente eu teria novidades sobre a fuga de Rose.

“Saiam da minha frente! Eu preciso falar com o Sr. Belikov! Tenho algo para ele.”

“Não podemos deixar você entrar sem autorização de autoridade superior”.

“Eu tenho esta autorização!”

Ouvi alguns murmúrios vindos lá de fora e logo depois a porta se abriu e vi Abe Mazur. Ele estava vestido com um terno marfim e gravata vermelha brilhante. Era o meu primeiro contato com Abe desde que voltei a ser Dhampir. Quando eu era um Strigoi, eu tinha que evitá-lo a todo custo. Muitas vezes, os negócios com os quais eu lidava cruzavam com os de Abe e isso não era nada bom. Ele me estudou por alguns minutos e depois olhou cada detalhe do quarto, portas, janelas, nada passou despercebido. Não era a toa que ele era chamado de serpente... Eu me senti incomodado com o olhar investigativo dele, mas não demonstrei sentimento algum. Ao contrário, olhei fixamente para ele.

“Dimitri Belikov” Ele finalmente falou de forma lenta e muito baixa, balançando positivamente a cabeça e com um pequeno sorriso no rosto. “Finalmente nos reencontramos... Você parece bem melhor agora, sem aqueles olhos vermelhos” Ele falou num tom sarcástico, muito parecido com o de Rose. A diferença é que ele era muito perigoso e suas piadas sempre soavam mais como um aviso.

“O que lhe traz aqui Abe?” Tentei manter um tom casual, não por Abe, mas pelos outros guardiões que estavam no quarto.

“Sei que você costumava ser o mentor de Rose, achei que você gostaria de ter notícias dela, principalmente depois de se meter nessa encrenca por defendê-la” Ele deu uma piscadinha de olho e continuou “ O julgamento dela foi marcado para daqui há duas semanas. Acabei de vir de uma visita a ela. Nem preciso falar o quanto ela ficou nervosa e irritada...”

Eu podia imaginar. Rose devia estar irritada por diversos motivos, por estar presa, por estar fora de ação... Mas principalmente por ser condenada injustamente.

“Duas semanas? Já?” O pensamento de que dali há apenas duas semanas Rose poderia estar morta, me angustiou.

“Isso. E como seu advogado, estou com toda estratégia de defesa já montada” Ele falou me olhando profundamente nos olhos. Entendi, de imediato, o que ele queria dizer com ‘estratégia de defesa’. Ele não estava se referindo ao julgamento e sim, a fuga.

“Isso é ótimo, Rose precisará de toda sua habilidade, visto que sua situação não é nada boa”

“Bem, Belikov” Ele falou num tom de despedida. “Eu vim lhe entregar alguma literatura para passar o tempo. Soube que você adora histórias do velho oeste. Eles já vasculharam tudo lá fora, são livros inocentes.” Ele falou com um sorriso quase infantil, me entregando um pacote de livros “Deve ser muito monótono ficar aqui, olhando para cara destes dois” Ele disse, se dirigindo aos guardiões. “Não é à toa que você vive deprimido...” De novo, o mesmo tom sarcástico de Rose. Realmente eles tinham muito em comum.

“Obrigado por se preocupar e deseje boa sorte a Rose por mim” Respondi, pegando os livros.

“Até a vista, Belikov!” Ele falou sorrindo e saindo pela porta.

Fui até a cama e peguei o pacote de livros. Comecei a folhear e aparentemente não encontrei nada demais neles. Não era possível que Abe estivesse apenas preocupado com o meu bem estar. Tinha que ter um motivo para ele me entregar aqueles livros. Além do mais, Adrian havia me dito que ele me procuraria para me passar as coordenadas do plano.

Peguei livro por livro. Muitos deles eu já tinha lido. Comecei a fazer uma busca mais minuciosa. Em um deles, procurei um trecho que eu havia gostado da outra vez que li. Foi então que percebi. Muitas páginas do livro tinham sido cuidadosamente tiradas, e outras colocadas perfeitamente no lugar, com a mesma cor de papel e mesma letra digitada. Eram anotações com orientações. Tinha tudo realmente planejado e detalhado. Os ambientes do prédio, onde Rose estava presa, estavam minuciosamente descritos e toda rota de entrada e saída estava detalhada. Também o caminho até as garagens. Também tinha números de telefone. De todos. Abe, Lissa, Christian, Adrian. Existiam também orientações do caminho de fuga, fora da Corte, e quem eu iria encontrar quando estivéssemos distante. Uma alquimista. O nome dela era Sydney. Tinha um trecho que descrevia todas as características dela e explicava de forma sucinta, a relação de Rose com ela na Sibéria. Por fim tinha detalhes da operação com explosivos e de como tudo iria ser feito de forma que não as suspeitas não recaíssem sobre nenhum dos amigos de Rose. E tinha as orientações do meu papel nisso tudo e orientações de quando e como Mikhail, Eddie e Adrian me libertariam deste quarto. Seria depois de amanhã. Não pude deixar de rir internamente. Eles queriam passar a imagem de que eu estava agindo por amor a Rose e que só eu faria uma loucura dessas.

No final de tudo, tinha uma página digitada com uma mensagem de Lissa. Ela pedia que eu guardasse Rose e que deixasse tudo para trás, não levasse em consideração o passado, mas o futuro de Rose e, por conseqüência, o dela. Ela havia se preocupado em me pedir para seguir adiante, mas como eu disse, eu faria, mesmo que ela não me pedisse. Uma força estava me movendo para isso. Era algo que eu não podia me controlar

Li e reli todas as orientações. Percebi que Adrian também tinha um fundamental em tudo. Ele usaria o espírito para que os outros passassem sem serem notados. Fiquei impressionado por ele aceitar trabalhar conjuntamente comigo. Ele estava me surpreendendo.

No fim de tudo tinha uma frase engraçada que dizia “tende dormir, é assim que manteremos contato com você”.
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por Lillyth V. Mazur Ter Jun 07, 2011 1:56 pm

ai, adorei!
posta mais, está ficando ótimo
estou ansiosíssima pra ler LS no ponto de vista do Dimka
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Mensagem por shadowangel Ter Jun 07, 2011 6:07 pm

CAPÍTULO 03

Fiquei lendo e relendo tudo deitado na cama, até que finalmente, o sono veio. Agora eu estava na cabana em St. Vladmir. A cabana onde eu e Rose tivemos nossa primeira e única noite de amor. Mas não era Rose que estava lá. Adrian estava e pé, perto da lareira.

“Hey Belikov” Ele falou baixo e pensativo “Geralmente eu costumo escolher os locais onde os sonhos se passarão. Mas acho curioso quando a outra pessoa participante do sonho escolhe. Sempre são cenários interessantes. Dizem respeito a algum sentimento oculto...” Ele falou de forma séria, sem aquela arrogância habitual. Por um momento eu tive a sensação de que ele sabia o que tinha acontecido comigo e Rose ali. Mas era só impressão. Ele também estava sóbrio, novamente. O que era muito estranho para ele.

Não pude deixar de sentir um desconforto em estar com Adrian ali naquela cabana. Ainda que fosse somente uma projeção do meu subconsciente.

“Eu recebi a visita de Abe. Encontrei as orientações e já memorizei tudo.” Falei, indo direto ao assunto, tentando ser breve.

“Você encontrou todas as anotações? Que bom. Você entendeu tudo?” Ele perguntou com um ar irônico “Se tiver alguma dúvida, a hora de perguntar é essa.”

“Claro que entendi” Respondi impaciente. Realmente, a lembrança daquela cabana não era legal com Adrian lá.

“Muito bem, boa sorte para você Belikov. Vejo você amanhã.”

Quando pensei que o sonho fosse terminar, Adrian acrescentou “Você parece bem melhor hoje. Sua aura está brilhante, como eu ainda não tinha visto desde que você foi restaurado, parece com a sua aura nos tempos da St. Vladmir.”

“Minha aura?” perguntei.

Adrian sorriu tristemente e logo tudo foi ficando fora de foco, então acordei.

Passei o resto da noite acordado. Novamente repassando tudo mentalmente. Nada podia dar errado. Talvez fosse a única chance de salvarmos Rose. Mas, mas ao mesmo tempo, podia ser a maneira de matar Rose mais rapidamente, uma vez que a lei Moroi diz que um fugitivo pode ser executado sumariamente se for pego.

De manhã, tentei manter a calma, na medida em que o tempo passava. Exatamente na hora programada escutei um barulho de luta vindo lá de fora. Prontamente, meus guardiões assumiram a postura de combate e foram até a porta, esquecendo momentaneamente de mim. O que foi um erro para eles. Eu não era uma pessoa que podia ser ignorada assim, principalmente se eu fosse um prisioneiro. Então, sabendo o que estava acontecendo, não demorei em aproveitar que eles estavam distraídos e os ataquei.

Eu pensei que estava na hora de entrar em ação, e todo aquele instinto foi se apoderando de mim. Sinceramente, nem me dei conta de como fiz aquilo, mas em poucos minutos, os dois guardiões estavam desacordados, no chão. Abri a porta e vi Mikhail e Eddie lutando contra três guardiões. Sem pensar, me juntei a eles e conseguimos derrotá-los rapidamente. Apesar de levarmos alguns golpes, tudo me pareceu bem fácil.

Mikhail retirou uma fita adesiva prateada e logo percebi que devíamos deixar todos eles presos e amordaçados, no caso de algum deles acordar antes da hora. No final do corredor, pude ver Adrian. Ele estava concentrado e tinha uma aparência cansada. Estava usando compulsão do espírito para que os guardiões não os reconhecessem, eles se lembrariam somente de mim, como estava no plano. Isso parecia consumir muita energia dele.

Saímos do prédio, que estava calmo. Era o dormitório dos guardiões e, naquela hora do dia, todos os eles estavam em serviço, principalmente com o funeral da rainha acontecendo. Só os meus guardas tinham ficado por lá. Saímos andando com cuidado para não chamar a atenção, até chegarmos perto do prédio onde ficava a prisão. À medida que nos aproximávamos, sentia meu coração bater mais rápido. A idéia de rever Rose mexia muito comigo, ainda que nestas condições. Também podia sentir a adrenalina tomando conta de mim. Estávamos chegando num momento crucial.

Nos escondemos nas sombras dos prédios. Agora era só esperar. Mikhail me entregou duas estacas – uma para mim e outra para Rose - e um bastão que era utilizado pelos guardiões para imobilizar sem matar.

Minutos depois, ouvimos uma explosão distante. Era o nosso plano em execução. Dois “funcionários” de Abe colocaram explosivos nas estátuas dos monarcas, durante a madrugada, e Lissa tinha ajudado com compulsão do espírito para que eles não fossem notados enquanto faziam isso. Aquilo colocaria todos os guardiões da Corte, inclusive os que estavam de plantão no prédio da prisão em ação para desvendar o que estava acontecendo e acalmar o caos que isso geraria. Eu tinha que reconhecer que Abe tinha tido uma idéia brilhante. Agora eu sabia de quem Rose havia herdado sua inclinação por planos malucos.

Estava funcionando. Logo depois da explosão, batalhões de guardiões deixaram o prédio da prisão correndo de forma ordenada e foram em direção a catedral onde acontecia o funeral. Foi quando nós entramos. Eu fui na frente para ser visto primeiro. Encontramos um guardião sentado na recepção que foi claramente pego de surpresa quando me viu. Ele parecia não notar os outros, o que era um sinal de que a mágica de Adrian estava funcionando. Aproveitando o elemento surpresa, rapidamente Eddie e Mikhail o atacaram, o deixando desacordado. Corremos em direção a cela de Rose, quer dizer, tentamos ir o mais rápido que podíamos, uma vez que Adrian não tinha o mesmo preparo nosso, o que nos retardou um pouco.

Eu apareci na entrada do corredor, onde tinha mais três guardiões que guardavam a cela. O restante do prédio estava vazio. Eles se assustaram quando me viram, e vieram na minha direção. Era isso que eu queria, não seria nada bom ficar lutando de frente para cela de Rose. Eles estavam armados e podiam responder atirando. Então, antes que eles pudessem ter qualquer reação, comecei a lutar e logo Eddie e Mikhail se juntaram a mim e cada um de nós estava com um guardião. Depois de uma sucessão de golpes, todos eles estavam no chão, desacordados. Sinceramente, tudo passou como um borrão. Eu só tinha foco em sair dali com Rose, o que me fez entrar no meu modo batalha e lutar sem pensar.

Mikhail pegou no bolso de um deles, um cartão de acesso e umas chaves e foi direto para a cela onde Rose estava. Instantaneamente senti meu corpo ficar tenso. A qualquer momento poderiam surgir outros guardiões e todo plano estaria perdido. Eu me foquei nos arredores, prestando atenção em todo ruído estranho que poderia vir lá de fora. Ao mesmo tempo estava ansioso para rever Rose. Mikhail abriu a cela ela saiu imediatamente, como sempre fazendo milhares de perguntas, tentando entender tudo que estava acontecendo. Senti meu coração disparar. Apesar de estar presa, sem cuidados, ela era a garota mais linda que eu já tinha visto, sua beleza sempre me impactava. Quando ela me olhou, percebi que ela tinha ficado explicitamente surpresa em me ver. Eu diria que ela ficou mais do que surpresa. Ela estava chocada. O que ela esperava? Que eu não me envolveria em algo assim por ela? Analisei cada detalhe dela, me sentindo muito aliviado por ela estar bem. Eles conversavam e eu só conseguia pensar em sair dali o mais rápido que podíamos, tanto que nem ouvia direito o que eles diziam. O tempo estava correndo e não tínhamos tempo para explicações.

“Vamos, não temos muito tempo” falei, querendo sair dali imediatamente.

“De jeito nenhum eles vão pensar que ele fez isso sozinho! Eles viram o rosto de vocês” Rose continuou falando. Eu podia ver sua mente a mil, ainda tentando entender tudo que estava acontecendo. Foi quando Adrian entrou pelo corredor, passando por mim.

“Não mesmo. Não depois de uma amnésia induzida pelo espírito. Quando eles acordarem, a única pessoa que vão lembrar de ter visto é o inconfundível cara russo. Sem ofensas.” Adrian falou.

“Não me ofendi”. Respondi ficando ainda mais agitado.

Quando Rose viu Adrian, abriu um lindo sorriso. Sorriso que não tinha vindo quando ela me viu e aquilo me deixou mais inquieto. Me fez perceber que ela tinha levado a sério o que eu tinha falado e realmente estava tocando sua vida para frete. Eu sei que isso era o certo a ser feito agora, mas eu não conseguia dominar essa sensação de perda que me invadia. Adrian também sorriu para ela e logo senti uma certa cumplicidade entre os dois. Isso me deixou mal. Eles continuaram conversando, então eu os interrompi, antes que eles começassem a se abraçar e beijar...

“Precisamos ir” Falei na forma mais dura e autoritária que pude. Eu tinha que trazer meu foco de volta e o deles também. Estávamos no meio de uma fuga. Tínhamos pouco tempo para cumprir todo plano. Acho que funcionou, pois todos olharam para mim, e seguiram o meu comando.

“Espere, antes de ir conosco, você precisa saber de algo” Adrian começou a falar, fazendo com que minha paciência fosse pelos ares. “Ela precisa” Ele falou firmemente, me olhando nos olhos.

“Rose, se você fugir... você vai estar confirmando a sua culpa. Você será oficialmente uma fugitiva. Se os guardiões lhe pegarem, eles não vão precisar de um julgamento ou sentença para lhe matar” Adrian falou para Rose.

Aquelas palavras pegaram Rose desprevenida. Por um momento eu pude ver a hesitação nos olhos dela. Mais uma vez uma hesitação que poderia acabar com a vida dela. Quando conheci todo esse plano de fuga, eu jamais imaginei que Rose não fosse concordar em fugir. Para mim era como se aquilo fosse o óbvio a ser feito. Mas ali, naquela hora, eu pude ver sua mente ponderando as conseqüências da fuga. O conflito estava nos seus olhos. Mas logo se dissipou.

“Vamos embora” Rose disse corajosamente.

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Mensagem por Lillyth V. Mazur Qua Jun 08, 2011 12:10 pm

ok
estou adorando essa fic
e aquela parte, em q o dimitri tem o sonho de espirito e o cenário é a cabana??
a aura dele estava brilhando...
ah, meu deus, graças a deus q o adrian nao sabe o q isso significa!!!!
tipo, ele teria um treco se soubesse
rsrs
esperando ansiosamente por mais
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Mensagem por shadowangel Qua Jun 08, 2011 6:02 pm

Ola!
É sim, a cabana de St. Vladmir!!!
Eu morro de pena do Adrian, mas Dimitri é Dimitri!!

Eu tb estou postando essa fic lá no Nyah... tá mais adiantada lá, mas tb gosto daqui!!!
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Mensagem por shadowangel Qua Jun 08, 2011 6:06 pm

CAPÍTULO 04
Saímos correndo de lá, e Adrian estava atrasado, mas não me incomodei, ele estava usando muita mágica o que deixava ele fraco, e além do mais, era natural para um moroi ter menos resistência que um dhampir.

“É uma grande área aberta para cobrir", salientou Rose.

Adrian estava usando o espírito para nos fazer parecer borrados e confundir os outros. Ninguém parecia reconhecer-nos, todos estavam em pânico, estava um caos generalizado. Havia muitas pessoas correndo em nossa direção, ou melhor, em todas as direções. Eu podia ver uma fila de carros se alinhando no portão para sair, era um grande congestionamento, com pessoas gritando e xingando, buzinas ecoavam por toda parte. Os morois tinham medo de qualquer coisa, por menor que fosse.

"O que Lissa está fazendo durante todo este processo?" Perguntou Rose.

"Lissa precisa parecer inocente. Ela não pode ser ligada a qualquer parte desta fuga ou da explosão", expliquei. "Ela tem que manter-se visível para os outros da realeza. E também Christian. Esses dois, com certeza, seriam meus principais suspeitos, caso acontecesse algo."

Era uma coisa fora da realidade: Lissa sem fazer nada para ajudar sua amiga, que fugia, e Christian assistindo quieto enquanto a Corte pegava fogo.

"Mas os guardiões ​​não vão suspeitar deles quando eles percebem que a explosão não foi causada por magia. E, ei, onde é que vocês conseguiram C4? Explosivos militares são extremos, até mesmo para vocês."

Antes que eu pudesse responder, três guardiões estavam em frente de nós. Dois deles eu reconheci como guardiões da Corte. O terceiro era uma graduada da classe de Rose e, se eu não me engano, elas eram bem amigas. Eu vi uma hesitação da parte de Rose, mas ela tentou afastar qualquer sentimento. Meredith sempre foi pior do que Rose, por isso não foi nenhuma surpresa que a luta tenha acabado em poucos segundos. Eu já tinha derrubado um deles, e pouco tempo depois terminei com o outro. Rose aparentou tristeza em seu rosto por ter que bater em seus colegas.

"Você fez o que tinha que fazer", Eddie murmurou.

"Eu bati com força." Rose respondeu.

"Os médicos podem lidar com concussão. Ei, quantas vezes passamos por isto nas nossas aulas práticas?"

Finalmente, chegamos às garagens. Aquele lugar estava um caos, pessoas correndo por todos os lados, procurando seus carros. Passamos pela multidão, lembrando do mapa das garagens que memorizei. Exatamente no lugar combinado, num canto mais afastado, estava o nosso carro. Um Honda Civic. Vi a silhueta de um homem encostado no carro. Era Abe. O que ele estava fazendo ali? Ele se virou, e eu vi o reconhecimento no rosto de Rose.

"Abe!" Ela falou quase feliz. Ele sorriu e eu tive que me conter em rosnar. Não era para ele estar ali, ele deviria estar próximo ao funeral. Mais uma vez estávamos sendo retidos. Eles não entendiam que não tínhamos tempo para sentimentalismos?

"O que você está fazendo aqui?" Exigi. "Você vai estar na lista dos suspeitos também!" Ele deu de ombros e eu senti minhas mãos formigar. Rose olhou para mim, com cautela.

"Vasilisa fará com que algumas pessoas no palácio jurem que me viram por lá ", explicou. "Além disso, eu não podia sair sem dizer adeus, eu poderia?" Rose sacudiu a cabeça em exaspero.

"Isso foi tudo parte do seu plano como sendo meu advogado? Não me lembro de fuga e explosivos serem parte da formação jurídica."

"Bem, eu tenho certeza que ele não fazia parte da formação jurídica de Damon Tarus. Eu lhe disse Rose, você nunca iria enfrentar a execução, ou mesmo um julgamento, se eu puder ajudá-la. O que, naturalmente, eu posso."

Torci impacientemente as chaves entre os dedos, encostado ao carro.

"Se eu fugir, só vai me fazer parecer muito mais culpada”.

"Eles já acham que você é culpada. Você definhando em que a cela não vai mudar isso. Isso garante que agora temos mais tempo para fazer o que precisamos, sem a sua execução se aproximando de nós." Ele estava certo.

"E o que você vai fazer, exatamente?"

"Provar que você é inocente", Adrian entrou na conversa "ou, bem, que você não matou minha tia. Eu sempre soube que você não é inocente em tudo." Meus olhos se estreitaram, eu não gostava das pessoas falando assim sobre ela, ainda que fosse verdade.

"O que? Vocês estão destruindo as provas?"

"Não. Temos de descobrir quem realmente a matou", disse Eddie.

"Vocês não devem estar envolvidos com isso, agora que estou livre. É problema meu. Não é por isso que vocês me tiraram de lá?"

"É um problema que você não pode resolver enquanto você estiver na Corte", acrescentou Abe. "Nós precisamos que você longe e segura."

"Sim, mas eu" -

"Nós estamos perdendo tempo discutindo," eu resmunguei, ansioso para sair dali, ou jamais conseguiríamos. Do que adiantaria todo esse planejamento se todos estavam colocando tudo a perder com uma conversa que não daria em nada? Então eu tomei a frente.

"Eu sei que tudo parece desorganizado, mas você ficará surpresa no quão rapidamente os guardiões podem restaurar a ordem. E quando o fizerem, eles cercarão todo este lugar." Era verdade. Eu tinha visto os guardiões em ação antes. Eles eram umas cinco vezes melhor do que a segurança humana, mesmo em situações como esta.

"Eles não precisam. Nós teremos dificuldade em sair da Corte. Vamos ser interrompidos, isso se ao menos chegarmos ao portão. Lá terá carros enfileirados por quilômetros."

"Ah, bem," Abe começou, analisando os dedos, "Eu tenho autoridade para dizer que teremos uma nova ‘porta’ aberta logo mais no lado sul do muro."

"Oh Deus! Você é o distribuidor de C4."

Bem, quem mais seria? Eu realmente estava ficando impaciente com toda aquela conversa sem fim. Ele franziu a testa pela primeira vez.

"Você faz parecer tão fácil. Isso aí é difícil de se conseguir."

Será que isso importava? Não, não neste momento. Minha paciência esgotou. E foi aí que eu assumi. Já estávamos atrasados demais.

"Todos vocês: Rose precisa sair agora. Ela está em perigo. Tenho que levá-la embora." Eu estava ansioso para fazer isto e eles sabiam que o que eu falava era verdade.

"Você não tem que ir comigo” retrucou ela. Ela devia realmente me odiar depois de tudo que falei para ela. "Eu posso cuidar de mim. Ninguém mais precisa ficar em apuros. Dê-me as chaves."

Eu quase ri de sua mão aberta. Eu lhe dei um olhar que ela conhecia bem. Um olhar que dizia que ela estava falando besteira. E realmente estava. O que ela iria fazer com as chaves? Sair dirigindo? Para onde? Ela não sabia de nada do plano e nem tinha um plano próprio, o máximo que conseguiria era terminar presa novamente, isso se continuasse viva.

"Rose, eu realmente não posso entrar em mais problemas do que já estou. Alguém tem que ser responsável por ajudar você e eu sou a melhor escolha." Não era uma coisa que ela poderia opinar. Eu já tinha decido ir com ela e nada me faria desistir.

Então, Eddie percebendo que já tínhamos perdido muito tempo a abraçou rapidamente.

"Vá. Entraremos em contato através Lissa."

Mikhail deu-lhe um abraço também, e ela virou para Adrian. Ele estava sorrindo, mas eu poderia dizer que ele odiava a idéia dela estar indo embora comigo. Afastei-me quando eles se abraçaram, eu não queria ver aquilo. A sensação era muito ruim. De repente, houve um estrondo colossal e os gritos ecoaram no ar.

"Lá, você vê?" Abe sorriu. "Um novo portão. Timing perfeito." Rose o abraçou. "Ah, minha filha. Não poderia estar mais orgulhoso. Dezoito anos e já acusada de assassinato, ajudando na fuga de criminosos e com um número de mortos que a maioria dos guardiões nunca terá" Ele era um homem inteligente e tinha todo o direito de se orgulhar de sua filha, só que aquelas palavras não passavam de ironia, não era hora para brincadeiras, precisávamos sair. Não podiam ver isso?

"Adeus, velhote", ela riu. "E obrigada."

Finalmente, ela entrou no carro e nós saímos em disparada em direção ao "portão". Pude perceber que Rose queria dirigir, mas de jeito nenhum eu iria permitir isso agora. Especialmente porque ela não tinha idéia para onde estávamos indo. A explosão abriu um buraco no muro que dava para um terreno desnivelado, dirigi o mais rápido que pude, não me importando como buracos do chão que faziam o carro bater para cima e para baixo.

"Por que o nosso carro de fuga é um Civic? perguntou ela."Não é realmente bom para off-road".

Expliquei o motivo, sobre esse carro ser comum e seus olhos se arregalaram quando eu disse que iríamos abandoná-lo, de qualquer forma.

"Olhe, agora que já estamos fora, eu quero que você ouça que eu tenho a dizer: você não tem que vir comigo. Eu aprecio sua ajuda na fuga, de verdade. Mas você ficar junto comigo não vai lhe fazer nenhum favor. Estão me caçando, mais do que a você. Se você desistir, você pode viver em algum lugar entre os seres humanos e não ser tratado como um animal de laboratório. Você pode até mesmo ser capaz de voltar a Corte. Tasha lutaria por isto."

Era verdade. Tasha e eu tínhamos sido bons amigos desde, bem, desde sempre. Eu sabia, também, que Tasha sentia mais do que amizade e isso faria ela fazer qualquer coisa por mim. Mas, para ser sincero, a minha vida agora, nesse momento, não tinha mais espaço para Tasha. Nem para sua amizade. Outra coisa importava agora. Eu estava sozinho com Rose e teria que ficar perto dela por muito tempo ainda. Eu ponderei tudo mentalmente, principalmente o fato de estar sozinho com ela de verdade, desde que voltei a ser dhampir. A presença dela mexia muito comigo e ainda era só o começo da fuga.

Ela alegava que eu não tinha que fazer isso, e se as palavras que eu disse a ela na igreja fossem verdade, de fato eu não teria que me meter nisso. Mas não eram verdade. Eu jamais conseguiria deixar Rose partir e ficar na Corte somente me preocupando em restaurar a minha reputação. O conselho de Adrian, no sonho, era verdade. Eu tinha que reparar todo dando que causei a Rose e essa era uma oportunidade de fazer isso. Era mais do que isso. Toda aquela necessidade de proteger Rose, de nunca deixar que nada acontecesse com ela estava vindo e era mais forte do que eu. Eu ainda a amava, mas sabia que agora era tarde para levar este amor adiante. Principalmente depois de ver como Adrian se preocupava com ela e como eles estavam ligados. Eu não tinha o direito de destruir isso. Seria uma coisa que eu guardaria para mim. Eu não podia me dar o direito de sonhar com ela, querer estar com ela.

Eu levei um tempo para responder, escolhendo as minhas palavras para não ofendê-la, eu não queria causar a mesma dor que causei a ela na igreja. Percebi que meu silêncio estava deixando Rose nervosa. Foi quando eu disse: "Eu não vou deixar você. Nenhum dos argumentos a La lógica-Rose adiantarão. E se você tentar fugir, eu vou lhe encontrar."

"Mas por quê? Eu não quero você comigo." As palavras dela pareciam verdadeiras. Ela estava superando o que sentia por mim?

"Não importa o que você quer. Ou o que eu quero. Lissa me pediu para protegê-la." Respondi, usando a desculpa da vontade de Lissa. Seria mais fácil parecer convincente indo por esta linha.

"Ei, eu não preciso de proteção-"

“E, eu vou repetir o que eu disse a Lissa. Eu jurei que iria servi-la e ajudá-la para o resto da minha vida, eu farei qualquer coisa que ela pedir. Se ela quer que eu seja seu guarda-costas, é isso que eu vou ser.” Eu me virei para olhar para ela, da maneira mais séria que eu pude, para que ela sentisse que já era algo decidido e não adiantava argumentar. "Não há nenhuma maneira que você se livrar de mim tão cedo."

Era a única desculpa que eu tinha naquele momento. E não deixava de ser verdade. Eu serviria a Lissa e faria tudo que ela pedisse. Para Lissa, Rose era mais do que uma irmã. Era quase como se elas fossem uma só. A proteção de Rose sempre seria importante para Lissa e isso também era importante para mim. Os meus interesses e os de Lissa com relação a Rose eram iguais neste ponto. Eu percebia que Rose se sentia enciumada por eu me dedicar a Lissa, e isso era bom para mantê-la distante.

Mas, como eu disse antes, eu já podia sentir a minha vida voltando e sentia que eu podia ter o controle dela novamente. Eu poderia ser grato a Lissa sem precisar perder minhas vontades, meus sentimentos. Eu sentia, novamente, que a minha vida me pertencia.












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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Qui Jun 09, 2011 6:03 pm

CAPÍTULO 05

Durante quase uma hora de viagem, Rose ficou silenciosa, olhando pela janela. Nenhuma pergunta, nem um olhar pelo canto do olho, nada. Eu já tinha viajado de carro antes com ela, e percebia sempre que ela me observava o tempo todo, embora eu fingisse não ver. Dessa vez não, ela se quer virou para o meu lado. Eu a conhecia bem e era quase como se pudesse ouvir seus pensamentos. Ela estava imaginando uma maneira de se livrar de mim. Mesmo eu lhe dizendo que não adiantaria, ela ainda estava querendo se livrar de mim. Eu poderia dizer que, pela forma com que seus olhos se estreitaram e os lábios se franziram, ela estava planejando algo. Se tivesse sido uma situação menos grave que esta, eu teria rido de sua expressão intensa. Ela já deveria me conhecer, qualquer coisa que ela fizesse ou falasse seria inútil. Olhei diretamente para ela e ela ainda estava olhando a janela, completamente imóvel.

"Eu sei o que você está pensando," eu murmurei.

"Hein?" Ela me olhou, perplexa. Eu quase sorri. Quase.

“E isso não vai funcionar. Você pretende se afastar de mim, provavelmente quando nós pararmos para abastecer. Você está pensando que talvez terá a chance de fugir, em seguida." Ela suspirou e eu sabia que eu tinha acertado.

Abrindo os braços, ela disse "Isso é um desperdício de tempo."

" Oh? Você tem coisas melhores a fazer do que fugir das pessoas que querem prendê-la e executá-la? Por favor, não me diga novamente que isso é muito perigoso para mim." Eu teria acrescentado que eu estive em outras situações muito mais perigosas, mas provavelmente não adiantaria. Ela olhou para mim.

"Não se trata apenas de você. Fugir não deve ser a minha única preocupação. Eu deveria estar ajudando a limpar o meu nome e não me escondendo no lugar remoto para onde, sem dúvida, você está me levando. As respostas estão na Corte."

"E você tem muitos amigos na Corte que estarão trabalhando nisso. Vai ser mais fácil se eles souberem que você está segura."

“O que eu quero saber é porque ninguém me contou sobre isso, ou, quero dizer, por que Lissa não me contou. Por que ela escondeu? Você não acha que eu teria sido mais útil se tivesse sido preparada? "

"Nós tivemos que lutar, não você. Estávamos com medo de que você deixasse transparecer que algo estava acontecendo."

"Eu nunca teria dito!" Ela ficou indignada.

"Não intencionalmente. Mas se você ficasse tensa ou ansiosa... bem, algum guardião poderia perceber esse tipo de coisa."

"Bem, agora que estamos fora, você pode me dizer para onde estamos indo? Eu estava certa? É algum lugar maluco remoto?"

É claro que você está certa. Onde mais Abe me faria lhe levar? Eu mordi meu lábio tentando segurar um sorriso, porque, se eu lhe falasse, ela provavelmente fugiria para direção oposta, sua curiosidade a deixava muito divertida. Eu quase tinha esquecido como era bom estar com ela. Ela me olhou novamente.

"Eu odeio não estar no circuito."

Eu sorri, não consegui me segurar. Não resisti em provocá-la ainda mais.

"Bem, eu tenho minha própria teoria pessoal de que quanto menos você sabe, mais a sua curiosidade garante que você fique comigo."

Ela suspirou impaciente.

"Isso é ridículo. Quando o inferno que as coisas ficaram tão fora de controle? Quando é que vocês começam a se tornar os cérebros? Eu sou a maluca com os planos impossíveis. Eu devo ser o general aqui. Agora eu estou sendo apenas um soldado".

Eu tive vontade de dar uma gargalhada. Imagine se Rose um dia fosse general de alguma coisa... Eu estava prestes a continuar a provocação, quando peguei movimento suspeito no espelho retrovisor. Toda aquela diversão passou. Eu ainda não tinha certeza que estávamos realmente sendo seguidos. Então acelerei de modo que as árvores ao longo da estrada se tornaram apenas borrões. Rose me deu um olhar indagador.

"O que há de errado?" perguntou ela.

"Estamos sendo seguidos" expliquei "Eu não achava que isso iria acontecer tão cedo."

"Você tem certeza?"

Sim, agora tinha certeza. Agora era quase como se eu pudesse ver um guardião da Corte ao volante... Eu xinguei, esperando que Rose não entendesse as palavras em russo, e cruzei para a pista ao lado, sem dar sinal. Rose segurou no painel como seus olhos em choque, e os carros a nossa volta buzinaram nervosamente. Os nossos perseguidores repetiram o movimento. Eu desviei até uma saída, na esperança de que haveria uma estrada ainda mais movimentada para despistá-los e Rose se encolheu na cadeira.

"A Corte nos alcançou muito rápido. Deve ter alguém vigiando as interestaduais". Falei.

"Talvez devêssemos ter tomado a estrada secundária." Rose respondeu.

Eu balancei minha cabeça sem tirar os olhos da estrada.

"Muito lenta, nada disso teria sido um problema, quando mudássemos de carro, mas eles nos encontraram muito cedo. Nós vamos ter que conseguir um novo aqui. Esta é a maior cidade antes da fronteira de Maryland."

"Qual é exatamente o seu plano para adquirir um carro novo?" Rose perguntou.

Eu entendi porque ela estava ansiosa. Eu realmente não tinha um plano e ela parecia saber disso. Eu evitei a pergunta dela, pois tinha algo muito mais importante para lhe falar.

"Ouça com cuidado. É muito, muito importante que você faça exatamente o que eu digo. Sem improvisos, sem discussões. Existem guardiões naquele carro. E agora, eles já alertaram todos os outros guardiões que existirem por aqui, talvez até a polícia humana".

"Se polícia nos capturasse, não iria criar um problema?"

"Os Alquimistas resolveriam isso e nos levariam de voltar para os Morois." Eu podia ver a preocupação no rosto dela, enquanto nos aproximávamos da cidade. Eu tinha que trazer a confiança dela de volta, eu sabia que ela ainda confiava em mim. Ela tinha que confiar, isso não podia ter acabado tão rápido.

"Não importa o que você acha de toda a gente fazendo escolhas em seu lugar, não importa o quanto você está infeliz com essa situação, você sabe, eu conheço você, e você sabe que nunca falhei quando nossas vidas estavam em jogo. Você confiou em mim no passado. Confie em mim agora."

E Deus, eu esperava que ela confiasse em mim. Eu esperava que ela não levasse em conta aquela batalha na caverna, onde eu fui transformado em um Strigoi. Ali eu tinha falhado apenas comigo mesmo. Se ela não confiasse em mim, ela provavelmente iria usar isso como desculpa para fugir. Talvez ela fosse capturada, quem sabe o que aconteceria então? De repente percebi que eu também precisaria confiar nela agora.

"Tudo bem. Vou fazer o que você diz. Basta você lembrar de não falar por cima comigo. Eu não sou mais a sua aluna. Sou igual a você agora.". Ela falou de forma autoritária.

Eu fiquei surpreso. Por que aquilo agora? Eu não a tratava como igual? Aquilo me surpreendeu.

"Você sempre foi meu igual, Roza."

O apelido escapou, Rose sabia que era um apelido que eu só usava quando me sentia muito afeiçoado a ela. Ela não teve tempo de responder, antes eu disse "Lá. Você vê aquele Cinema?" Eu apontei para as luzes à nossa frente, a sinalização era Westland Cinema.

“Sim".

"É o nosso ponto de encontro.” Ela parecia nervosa por termos que nos dividir e eu também. "Se eu não estiver lá em meia hora, ligue para este número e vá sem mim." Entreguei-lhe o pedaço de papel com o número de telefone de uma Alquimista.

"O que quer dizer se você não - ah!" Eu realizei uma manobra brusca tentando desviar dos perseguidores. Rose cravou os dedos no painel do carro. O movimento perigoso tinha sido rápido demais para eles, e eles passam direto. Isso nos deu mais tempo. Avistei um shopping em frente e entrei. Eu vi uma vaga no estacionamento e parei. Pulei para fora do carro rapidamente e segui para entrada do shopping. Rose quase teve que correr para conseguir me acompanhar.

É aqui que nos separamos", eu anunciei. "Ande rapidamente, mas não corra quando você estiver lá dentro, procure não atrair a atenção das pessoas, se misture entre elas. E depois tente sair perto de um grupo de humanos e siga em direção ao cinema. Vá!"

Eu a empurrei para a escada rolante e segui pelo piso térreo.

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Mensagem por shadowangel Sex Jun 10, 2011 7:07 pm

CAPÍTULO 06


Eu não podia contar a Rose, mas minha intenção principal não era roubar um carro. Eu não precisaria me separar dela para fazer isso, aliás, seria bem mais seguro se ela permanecesse comigo durante o processo. Na verdade, eu queria atrair os guardiões até mim e deixar Rose seguir com Sydney. Eles não iriam capturar Rose, eles iriam matar Rose. Eu era apenas um ex-Strigoi, do qual eles não sabiam nada, não sabiam do que eu era capaz. Eles me levariam de volta a Corte, me encheriam de perguntas e iriam me manter preso novamente. Nada além disso aconteceria. O que aconteceria comigo não importava. Isso também era parte do plano que tínhamos traçado. Claro, só seria executado na pior das hipóteses.

Andei pelo shopping observando cuidadosamente as pessoas. Não tinha nenhum guardião ali. Entrei em uma loja e andei aleatoriamente pelos cabides de roupa, sempre olhando lá fora. Foi quando eu vi um dhampir passando. Ele não era tão alto como eu, mas sua postura denunciava que era um guardião. Sai da loja, andando calmamente atrás dele. Percebi, então, que ele não era tão atento, caso contrário, teria percebido que alguém o seguia. Apertei o passo e esbarrei propositalmente nele. Foi quando ele me viu e eu olhei ameaçadoramente para ele. Ele pareceu me reconhecer de imediato, provavelmente, tinha visto alguma fotografia. Saí em direção ao estacionamento. Eu não queria começar uma briga ali.

Ele veio atrás de mim e eu esperava que ele tivesse alertado os outros que poderiam estar com ele. Eu senti que seria uma briga fácil, ele não me pareceu muito inteligente. Foi atraído para uma armadilha e nem se deu conta disso. A primeira coisa que ele fez ao chegar ao estacionamento foi sacar a arma. Jogo sujo, como Rose diria. Mas eu era mais rápido do que ele. Com um único chute, a arma voou longe e ele não teve outra opção além de partir para briga. Quer dizer, ele não teve tempo sequer de pensar, eu dei outro chute, agora no estômago e logo ele estava no chão. Peguei a sua cabeça e bati violentamente contra o asfalto. Ele apagou. Empurrei ele para perto de uma lixeira. Esperei pelos outros, que não vieram. Eu achava que tinha visto pelo menos dois guardiões dentro do carro que nos perseguiu. Eu realmente esperava que o outro não tivesse ido encontrar Rose.

Sem mais guardiões, fui tentar conseguir um novo carro. Andei pelo estacionamento procurando um carro comum, popular, sem alarme, foi quando avistei um Honda Accord. Eu conhecia a mecânica dos carros da Honda, então decidi que aquele seria o nosso novo carro. Olhei em volta e não tinha ninguém. Aquele lado do estacionamento não era muito movimentado. Com a minha estaca forcei a fechadura que, depois de alguns movimentos, abriu. Eu puxei a memória, tentando lembrar de como fazer uma ligação direta nos carros. Era uma coisa que eu havia aprendido a fazer algum tempo atrás. Puxei alguns fios do painel, fazendo uma ligação direta. O motor deu partida. Saí lentamente, para não levantar suspeitas.

Dei uma volta e passei por frente do cinema. Nada de Rose. Ela não estava lá. Logo a angustia começou a tomar conta de mim. Ela teria fugido? Ou o outro guardião a teria capturado? Não, isso não, Rose era muito boa para se deixar vencer assim. ‘Ela está vindo, Dimitri’ eu repetia para mim mesmo. Resolvi dar mais uma volta pelos arredores, na esperança de vê-la no caminho. Nada. Voltei ao cinema.

Olhei ao redor, tentando vê-la, meu coração estava disparado. Não pela situação, mas eu estava com medo de que ela não viesse, se ela quisesse mesmo fugir, aquele seria o momento ideal para isso. Mas não. Ela estava lá, dessa vez. Fiquei aliviado quando a vi. Ela estava em pé perto da saída, olhando nervosamente em volta. Ela estava segurando as mãos olhando todo carro que passava.

"Rose!" chamei, acenando para ela. Ela entrou rapidamente no carro e bateu a porta. Eu acelerei, esperando sair dali o mais rápido possível. Teríamos de chegar logo ao nosso destino e trocar de carro.Eu dirigi um pouco acima do limite de velocidade, mas tentando evitar os radares. Todo o tempo, eu verificava se estávamos sendo seguidos. Não. Nada ainda. Rose pareceu perceber a minha tensão, e não fez perguntas de imediato.

Finalmente, Rose perguntou "Há alguém atrás de nós?"

"Eles não conhecem este carro. Levará um tempo para descobrir em qual estamos"

Ela olhou para baixo, para o lugar onde deveriam estar as chaves do carro.

"Você fez uma ligação direta neste carro? Você roubou este carro?" Ela parecia indignada por eu ter cometido um pequeno crime.

"Você tem um interessante senso de moral. Explodir prisões, está tudo bem. Mas roubar um carro lhe soa totalmente indignado." Ela suspirou, vencida, e relaxou no assento.

"Eu estou mais surpresa do que indignada. Eu tive medo... bem, por um momento eu achei que você não vinha. Que eles tinham lhe pego ou algo assim."

Primeiro, achei engraçado ela ficar surpresa por eu roubar um carro. Depois de tudo o que eu já tinha feito, era um sinal que ela ainda tinha uma imagem boa de mim. Segundo, nós éramos mesmo muito parecidos. Eu estava preocupado que ela não viesse e ela estava preocupada que eu não viesse. O pior é que esse era o nosso menor problema, diante de todo contexto.

"Não. A maior parte do meu tempo foi gasto fugindo e tentando encontrar um carro adequado." Eu tive que mentir. Não ia dizer a Rose o que havia se passado. Houve silêncio por alguns minutos, e eu esperei por ela para quebrá-lo. Eu sabia que ela faria, Rose não lidava muito bem com o silêncio.

"Não vai perguntar o que aconteceu comigo?"

“Não precisa. Você está aqui. Isso é o que conta." Naquela hora era só isso que contava para mim. Que ela tinha confiado e tinha voltado, não tinha fugido. Era um grande alívio.

"Eu entrei em uma briga."

“Eu sei. A manga da sua blusa está rasgada." Ela olhou para a blusa. Ela não tinha percebido, mas a primeira coisa que eu tinha feito, quando a vi, foi checar se ela estava bem, analisando cada parte dela, então, vi logo que a blusa estava rasgada.

“Você não quer saber nada sobre a luta?"

“Eu já sei. Você dominou o seu inimigo. Você fez isso rápido e você fez bem. Porque você é muito boa." Eu estava falando de Rose mas bem que podia estar falando de mim, minha luta com o guardião tinha sido exatamente dessa forma.

Ela sorriu.

“Tudo bem. Então, o que acontece agora, General? Você não acha que eles terão os relatórios de verificação de veículos roubados e vão buscar o nosso pelo número da placa?"

"Provavelmente. Mas até lá, vamos ter um carro novo, um que eles não terão pistas de qual é." Ela juntou as sombrancelhas.

"Como você pretende conseguir isto?”

"Nós encontraremos alguém, em poucas horas."

“Dane-se. Eu realmente odeio ser a última a saber de tudo." Ela ficou irritada de novo.

Com essas palavras Rose se fechou durante o percurso. Mais uma vez ela estava irritada por não conhecer o plano. Não falamos muito durante as próximas horas de nossa jornada, Rose não queria conversa e eu não me incomodava com o silêncio. Quando finalmente chegamos no nosso destino, passei pelo centro da cidade procurando o nosso ponto de encontro.Encontrei o McDonalds que eu procurava. Rose se iluminou.

"Eu não suponho que seja uma parada para comida". Rose falou

"Este é o local onde pegamos nosso próximo veículo."

Eu circulei o estacionamento, procurando entre os carros e as poucas pessoas que ali estavam, para encontrar o que eu queria. Encontrei uma SUV com uma garota loira que estava de costas para nós, que, pela aparência, presumi que era a quem eu estava procurando. Sydney, a Alquimista que nós encontraríamos. Rose pareceu reconhecê-la, e seus olhos se arregalaram. Eu parei o carro perto dela e saímos ao seu encontro.

"Sydney?" Rose perguntou, chocada.

"Olá, Rose," disse Sidney, estendendo um saco de McDonalds, sorrindo secamente. "Pensei que você estaria com fome."
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Dom Jun 12, 2011 9:30 am

CAPÍTULO 07
Sydney era uma Alquimista que tinha sido enviada para vigiar os atos de Rose na Sibéria. As anotações que recebi de Abe diziam que Rose matou muitos Strigois enquanto estava lá e isso tinha chamado a atenção das autoridades policiais. Foi assim que os Alquimistas enviaram Sydney para consertar tudo e garantir que Rose ficaria sob controle. Mas Sydney também tinha uma dívida antiga e grande com Abe, que também procurava por Rose, o que acabou “unindo o útil ao agradável” para Abe. Mas eu também percebi que ela sentia, da maneira dela, uma amizade por Rose. Eu já tinha estado com alguns Alquimistas antes e sabia bem qual tratamento eles davam aos vampiros e meio vampiros. Sydney lidava com Rose como se ela fosse humana. Diferente comigo. Ela sempre tinha um medo no olhar, quando eu falava.

Nós entramos no carro, que tinha placa de um Estado diferente do qual estávamos. Tinha sido parte do plano de Abe. Eu tinha que admitir que Abe era mesmo muito engenhoso. Nenhum guardião pensaria em seguir um carro com placa da Louisiana. Rose sempre tinha algo a dizer.

"Que diabos! Essa fuga ousada está sendo patrocinada pela Honda?"

Ninguém respondeu. Então ela tentou outra pergunta: "Será que estamos indo para New Orleans?"

“Não" respondeu Sydney. "Nós estamos indo para West Virginia." Rose me deu um olhar penetrante.

“Eu assumo por ‘West Virginia’, que você realmente queira dizer ‘Hawaii’, ou algum lugar igualmente emocionante." Sydney franziu a testa.

“Honestamente, eu acho que é melhor evitar a empolgação, por hora. West Virginia é realmente muito bonita."

"Por que você está nos ajudando?" Rose perguntou e Sydney fez uma careta.

“O que você acha?"

“Abe” Rose respondeu prontamente.

“Estou começando a me perguntar se Nova Orleans vale tudo isso", suspirou Rose.

Sydney ficou em silêncio e eu tentei manter meu rosto calmo. Sydney parecia estar muito incomodada com a minha presença. A impressão que eu tinha era que ela podia jogar água benta em mim a qualquer momento.

“Tudo bem. Então por que estamos indo para West Virginia?" Rose estava começando um novo interrogatório. Sydney estava prestes a explicar, mas eu conhecia Rose muito bem. Se ela soubesse o que estávamos fazendo, ela não concordaria e iria encontrar alguma maneira de fugir.

“Ainda não", eu interrompi. Eu não podia arriscar tudo que já fizemos. Sidney olhou para mim pelo espelho retrovisor, abaixando as sobrancelhas sobre seus olhos.

“Eu estou tão cansada disso!" Rose explodiu. Isso chocou Sydney, mas eu já estava preparado, o humor de Rose estava variando muito e eu suspeitava que o espírito de Lissa tinha algo a ver com isso.

“Nós estamos na estrada por seis horas agora, e eu ainda não sei todos os detalhes. Sei que temos que ficar longe dos guardiões, mas porque tem que ser West Virginia? Vamos montar lá nossa base de operação? Um lugar remoto onde não tem água encanada?"

Sidney deu um suspiro exasperado. Você realmente sabe alguma coisa sobre West Virginia?”Sydney perguntou calmamente, mas Rose, naturalmente, a ignorou.

“Você sabe que eu sou inocente? Eu realmente não fiz nada. Dizem que eu matei a rainha, mas-" Sydney cortou.

“Eu sei. Eu já ouvi de tudo. Todos os alquimistas sabem sobre você e ele. Vocês dois estão no topo da nossa lista dos mais procurados."

Essa era uma informação quente. Eu não tinha tido nenhuma notícia da Corte desde que saímos e Rose nunca falava nada do que ela via pelos olhos de Lissa. Quer dizer que nós éramos os mais procurados? Isso era ao mesmo tempo estranho e engraçado. Um silêncio tomou conta do carro e eu sabia que Rose logo teria um impulso de começar pelo menos uma pequena conversa para quebrá-lo. Sydney continuava tensa e eu sabia que era por causa de mim, pois ela já tinha se acostumado com Rose. Eu sabia que eu tinha uma imagem forte e que era muito intimidante, então eu tentei aparecer o mais calmo e descontraído possível, para que aquele medo que ela sentia fosse, aos poucos, se dissipando.

"Eu não fiz isso” Rose quebrou o silêncio, continuado no assunto anterior, mas Sydney ainda estava cética. Era como se ela soubesse que Rose seria capaz de cometer um crime desses.

"Você deveria comer. Sua comida está esfriando. Nós temos um pouco mais de três horas pela frente e não pretendemos parar, exceto para abastecer." Sydney encerrou o assunto, demonstrando que não estava gostando da conversa.

Com isso, Rose rasgou o saco de comida. O cheiro de queijo derretido e batatas fritas flutuaram no ar. Há muito tempo eu não sentia um cheiro tão bom. Eu lembrei que não tinha comido nada hoje e senti meu estomago roncar. Parecendo que tinha acabado de ler meus pensamentos, Rose me entregou um cheeseburger.

"Você quer um? Precisa manter suas forças."

Peguei hesitante, comer ainda era uma coisa que eu estava me acostumando a fazer novamente. Claro que eu sentia fome, mas sempre comia pouco e devagar, meu corpo ainda estava se adaptando. Meu conflito por ter sido restaurado não era apenas psicológico, era físico também. Abri o embrulho no meu colo e lá tinha um sanduíche que parecia ótimo. Ela também me deu algumas batatas fritas, que eu considerava um milagre, pois, do jeito que Rose é faminta, toda comida para ela é pouca.

Nos meus pés estavam duas sacolas. Eu peguei a mais próxima de mim.

"Eu acho que isto é para você" eu falei entregando a Rose.

“Shorts, camisetas e um vestido. Eu não posso lutar com isso. Preciso de jeans."

Eu tinha que concordar com Rose que aquelas roupas não eram muito práticas. Jeans seriam mais apropriados, mesmo que ela não fosse lutar, e se tudo corresse bem, ela não riria, mas nós estávamos no meio de uma fuga, ela tinha que estar vestida da maneira mais prática possível.

“É assim que você me agradece?", de Sydney sorriu. "Tudo aconteceu muito rápido, Foi tudo que eu consegui juntar."

Enquanto isso, eu abri minha própria sacola: jeans, camisetas e, oh meu Deus, não acredito, tinha um sobretudo para mim! Senti meu rosto iluminar. Eu adorava esse tipo de casaco que ia até o joelho. Não só por lembrar os casacos usados pelos personagens dos meus livros, mas também por que eu me sentia confortável neles. Talvez pela minha altura, um casaco comprido me caia muito bem.

"Um sobretudo?" Rose exclamou "Você conseguiu para ele um sobretudo, mas você não poderia conseguir para mim uma calça jeans?" Eu quase ri da sua indignação. Parecia uma criança que tinha ganho um brinquedo inferior.

“Abe disse que era essencial." Sempre Abe pensando em tudo.

"Além disso, se tudo correr como planejado, você não vai precisar lutar."

Desistindo de argumentar, Rose ficou em silêncio. Até ela se cansava de sua própria insistência, de vez em quando. Logo depois, seu rosto ficou em branco. Sydney me lançou um olhar preocupado.

“O que está acontecendo com ela? Parece que está em transe” Sydney perguntou.

"Ela está na cabeça de Lissa," eu expliquei.

“Como?” Ela perguntou completamente antônita.

“Rose tem um Laço que a une a Lissa. Esse Laço, dentre outras coisas, lhe permite o acesso completo a sua mente, ela pode ver o que Lissa ver, incluisive. Então ela não está realmente aqui..."

“Vocês são umas aberrações”. Sydney falou se focando na estrada.

Eu me perguntava o que Rose estava vendo, mas ela nunca partilhava isso comigo. Era como se ela quisesse preservar a intimidade de Lissa.

Sydney ligou o rádio e descansei minha cabeça no encosto do banco e fiquei observando Rose. Agora, eu podia fazer isso sem que ela percebesse. Era muito tranqüilizador olhar para ela.

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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Dom Jun 12, 2011 8:07 pm

CAPÍTULO 08

Quando finalmente chegamos em West Virginia já era de madrugada. Estávamos em um vilarejo minúsculo, pouco acessível. Eu duvidava que constasse em algum mapa.

Nós nos registramos no hotel com nomes falsos, dados por Sydney. Eu percebi que ela tinha pedido dois quartos. Um para ela sozinha, e outro para Rose e eu. O lugar era muito simples, sem luxo, e também não era exemplo de limpeza.

“Nós não vamos ficar todos juntos?" Rose perguntou, olhando para a porta com cautela.

"Ei, caras, se vocês forem pegos, eu não quero estar por perto", disse Sidney. "Eu ainda estarei no quarto ao lado. Nos falaremos de manhã."

“Vamos dividir um quarto?" Rose falou mudando seu olhar para mim.

Eu entendia a preocupação de Rose. Ela não queria ficar sozinha comigo e tinha inúmeras razões para isso, que iam desde a mágoa até a impossibilidade de fugir. Meu coração estava acelerado. Ficar em um quarto com Rose era muito arriscado, mas seria muito mais arriscado se ela ficasse em um quarto sozinha ou com Sydney. Eu tentei manter minha mente focada e não demonstrar que isso significaria algo para mim. Sydney deu de ombros.

“Acho que vocês podem se defender um do outro".

Ela saiu para seu próprio quarto e nos deixou ali no corredor. Entramos e eu tranquei a porta. Sentei em uma cadeira de madeira, no canto do quarto e olhei tudo com cuidado. Senti meu corpo relaxar. Eu estava exausto, o dia tinha sido longo, com muita ação e a viagem muito cansativa, mas eu ainda podia agüentar algumas horas de vigília. Rose sentou na ponta da cama.

"E agora?" ela perguntou.

"Agora, vamos esperar", respondi, eu me sentia calmo, aliviado de termos finalmente chegado ao nosso destino. Apesar de não saber como suportaria ficar ali sem fazer nada.

"Pelo quê?"

"Por Lissa e os outros limparem seu nome e descobrirem quem matou a rainha.” Ela continuou a me observar, obviamente, esperando algo mais. Eu não falei mais nada. Parecia que toda aquela conversa ia começar de novo e eu estava bastante cansado para isso. Alguns segundos se passaram e eu podia ver sua inquietação. Eu realmente entendia a inquietação dela. Eu mesmo não sabia como eu iria agüentar ficar ali somente de guarda, fora de ação.

"O que vamos fazer? Como é que vamos ajudá-los?"

"Já falei para você: você não pode procurar pistas na Corte. Você precisa ficar longe. Você precisa ficar segura..."

Ela abriu os braços. "O que é isso? Onde você quer chegar me trancando? Eu pensei... eu pensei que havia alguma coisa aqui. Algo para ajudar."

Eu tentei manter a calma, embora soubesse que ela estava muito incomodada. Quem sabia quanto tempo teríamos de ficar neste lugar horrível e fora de ação? Eu não podia demonstrar para ela que, para mim, aquilo também era um incomodo. Eu também queria ajudar na Corte, mas eu tinha consciência que eu não poderia fazer nada lá. Então essa ajuda de agora também era válida. Eu tinha que mostrar isso a ela.

"Já está ajudando. Sydney e Abe pesquisaram ​​este lugar e decidiram que era escondido o suficiente para evitar que eles lhe encontrem." Ela deu um pulo e avançou na minha direção.

"Ok, camarada. Há um problema sério aqui com a sua lógica. Vocês continuam agindo como se me manter fora do caminho ajudasse."

"O que é um problema sério é a gente repetir essa conversa mais e mais. A resposta de quem assassinou Tatiana está na Corte e é onde estão seus amigos. Eles vão descobrir isso." Eu estava muito cansado de tudo, e também estava cansado da insistência de Rose. Já estava decidido, ela iria ficar fora de cena e pronto.

"Entramos em uma perseguição em alta velocidade, cruzando as linhas dos estados para acabarmos em uma porcaria de motel! Quanto tempo você está pensando em ficar ‘fora de circulação’, escondido aqui?"

Cruzei os braços e fechei ainda mais o meu semblante.

"O quanto for preciso. Nós temos recursos para ficar aqui por tempo indeterminado."

"Acho que tenho trocados suficiente no bolso para ficar aqui por tempo indeterminado! Mas isso não vai acontecer. Tenho que fazer alguma coisa. Eu não vou simplesmente sentar e esperar."

"Sobreviver não é tão fácil quanto você pensa” Eu sabia que isso ia soar como uma ‘merda zen’ como Rose falava, mas não me importei.

"Oh Deus. Você está andando muito com Abe, não é? Sabe, quando você era um Strigoi, você me disse para ficar longe dele. Talvez você devesse seguir o seu próprio conselho."

Eu vacilei. A minha memória da vida como Strigoi voltou e de repente lembrei de quando a mantive presa na Sibéria. Eu tinha dito isso, mas eu estava falando como Strigoi. Talvez até para dhampirs e morois fosse melhor manter distância de Abe. Mas em relação a Rose, ele estava sendo surpreendente. Ele estava sendo um bom pai. Novamente o conflito me invadiu. Tudo que eu tinha feito com ela, quando era um Strigoi, voltou a memória e bateu de frente com os sentimentos que também estavam ali. Novamente eu me senti péssimo.Novamente senti que não era digno de amá-la.

Toda a raiva de repente caiu de seu rosto e se transformou em remorso.

"Sinto muito. Eu não quis dizer"

“Não vamos mais discutir sobre isso. Se Lissa diz você que vai ficar aqui, então nós vamos ficar aqui." Eu tinha que me focar na minha desculpa original. Eu não podia deixar que o meu conflito interno ficasse visível para ela.

“É por isso que você está fazendo isso? Porque Lissa disse para você fazer?"

“Claro que sim. Eu jurei que iria a servir e ajudar." Eu me senti um idiota falando isso, mas seria o melhor a dizer naquele momento. Jamais poderia me expor para ela novamente. Aquilo pareceu irritá-la.

“Esqueça!" Rose levantou. "Eu não vou ficar aqui."

Ela deveria me conhecer melhor, tentar sair assim, descaradamente... Ela chegou à porta e tentou abrir, eu me levantei num passo e a bloqueei antes que ela conseguisse. Apertei-a contra a parede e ela se debatia, tentando se libertar. Até quando Rose iria durar com esse jogo de gato e rato inútil? Ela precisaria de muito mais para fugir de mim.

“Você vai ficar aqui, quer você goste ou não."

Abri um pouco a minha guarda e em seguida ela me deu uma joelhada no estômago. Meus olhos se arregalaram quando a dor bateu e soltei os seus punhos. Mas eu era treinado para suportar a dor, me recuperando rapidamente, estendi a mão e a atirei contra a cama, de barriga para baixo, prendendo-a com o peso do meu corpo.

"Pare com isso. Seja razoável, ao menos uma vez. Você não pode passar por mim." Falei no seu ouvido, mas ela continuou lutando.

“Eu não sou a única que tem que ser razoável. É você que está preso em uma promessa nobre que não faz sentido. E eu sei que você detesta ficar fora de ação mais do que eu. Ajude-me. Ajude-me a encontrar o assassino e fazer algo útil."

Minha promessa não fazia sentido? De fato, agora parecia não fazer. O que ela falava era verdade, eu me sentia exatamente assim. Ela me conhecia bem, tinha que admitir.

“Eu não gosto de ficar parado, mas eu também não gosto de me meter em situações impossíveis."

“Situações impossíveis são nossa especialidade."

Apesar de ser uma situação de luta, o contato físico com ela era difícil de ignorar. Nós estávamos tão próximos um do outro e eu estava excitado com essa aproximação. Era difícil manter a concentração. Aproveitando um segundo de vacilo, ela se virou e rolou pela cama, mas eu a prendi novamente. Eu ignorei o meu sentido e continuei lutando para segurá-la.

“Um dia. Você não pode esperar nem um dia?"

“Talvez se tivéssemos ido para um bom hotel. Com tv a cabo." Ela provocou.

“Essa não é hora para piadas, Rose." Ela estava tentando me distrair.

“Então deixe-me fazer algo. Qualquer coisa".

“Eu não posso"

Eu sabia que minha voz estava soando cansada e ela iria perceber. Eu também sempre me sentia mal por negar algo a ela. Preparei-me para outro ataque, um golpe, um empurrão. Mas não, ela parou e simplesmente estudou o meu rosto. Eu estava preparado para qualquer reação típica de Rose. Mas eu não acho que nada poderia ter me preparado para o que aconteceu em seguida. Inesperadamente, ela me beijou.

Foi da mesma forma como sempre tinha sido, quando estávamos na Academia. Aquele mesmo sentimento de que nós estávamos conectados um com o outro. Eu sentia meu corpo todo querendo Rose, era uma batalha perdida. Eu não podia resistir e a beijei de volta. Eu estava perdendo o meu controle sobre ela e não estava conseguindo raciocinar direito. Eu só conseguia pensar no que estava acontecendo naquele momento. Não tinha mais resistência contra ela. E foi aí que senti o seu punho golpeando meu queixo. Fiquei tão chocado que eu esqueci de lutar. Foi um golpe duro, principalmente, pela forma que ela usou para me distrair. Um beijo. Eu não sabia o que tinha me pego mais de surpresa.

Enquanto isso, Rose me empurrou e eu caí no chão, ainda desnorteado. Tentei alcançá-la mas ela foi mais rápida e fechou a porta atrás dela. Tentando não cair, abri novamente a porta, e esbarrei direto no carro de limpeza. Eu ainda tive tempo de vê-la descer correndo pelas escadas no final do corredor. Gritei um palavrão em russo, sem pensar e empurrei o carro para fora do meu caminho, para o lado oposto do corredor. O atendente no balcão gritou para que eu parasse, mas eu me desviei dele, concentrando-me apenas em capturar Rose.

Sai do hotel correndo e não havia mais sinais de Rose. Olhei para frente e vi uma estrada que dava para a cidade e uma floresta. Por onde ela tinha seguido? “Você sabe a resposta, Dimitri” falei para mim mesmo.

Em um impulso, corri na direção da floresta.

Não havia como ela fugir de mim, sem que eu a alcançasse.

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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Seg Jun 13, 2011 6:29 pm

CAPÍTULO 09

Eu estava seguindo minha intuição. Eu tive que pensar rápido antes que ela se afastasse muito. Se eu fosse Rose, para onde eu iria? Ponderando sobre essa decisão, eu cheguei à conclusão de que Rose iria seguir a para cidade. Mas Rose sabia que eu iria pensar que ela iria para lá, por isso disparei para a floresta. Eu estava contando com a sorte, mas não tinha escolha.

Estava muito escuro e eu não conseguia ver quase nada. Corri, sabendo que meu passos eram mais rápidos que os dela. Mas, logo me dei conta de algo. Mesmo pressentindo que ela estava na floresta, eu não tinha ideia para qual lado ela tinha ido. Resolvi ser o mais racional possível. A única maneira de uma pessoa se guiar, numa floresta daquela, seria pelas estrelas. Eu não estava bem certo se Rose tinha esses conhecimentos de direção, mas eu iria arriscar. Olhei para o céu e localizei a constelação Ursa Maior, que indicava o caminho para o Norte, que não parecia muito promissor, mas não tinha outra direção a seguir.

Fiquei atento ao todo som que vinha, na esperança de algo me guiar a Rose, mas ao meu redor só conseguia ouvir insetos. Continuei correndo e olhando tudo em volta, me perguntando o que ela poderia estar planejando. Logo percebi que correr na ia ajudar. Certamente ela iria ouvir meus passos esmagando as folhas e galhos secos que estavam no chão. Comecei a andar lentamente, me focando nas sombras das árvores.

Enquanto caminhava, eu não conseguia parar de pensar sobre o beijo. Eu me sentia péssimo. Péssimo por ter fraquejado daquele jeito. Péssimo por ter ficado tão vulnerável. E péssimo por ela ter me feito de idiota. Naquele momento, eu estava me entregando a ela, enquanto ela conseguiu manter o seu foco de fugir de mim. Apesar de ser uma persistência inútil dela, ela estava determinada a cumprir e não deixou que nada abalasse isso, diferente de mim. Era horrível a minha voz interior me castigando. Tentei tirar isso da minha cabeça, mas eu simplesmente não conseguia.

A última vez que tinha a beijado, eu era um Strigoi. Eu tremia só de pensar sobre aqueles tempos, e não era algo que eu podia considerar como experiências de vida, não era como se tivessem feito parte da minha vida. Aqueles momentos que passei com Rose foram fora da realidade. Eu não tinha sentimentos por ela, aliás, eu não tinha sentimentos por nada, mas o mesmo tempo a queria de forma incontrolável, mais do que qualquer outra coisa. Era como se eu precisasse dela para continuar existindo.Talvez essa fosse a maneira de um Strigoi gostar. E havia um conflito em mim. Eu a queria como aliada e sabia que ela, como Strigoi, seria invencível, mas ao mesmo tempo eu a queria viva, talvez por isso eu nunca consegui matá-la ou transformá-la. Algo em mim não conseguia. Várias vezes eu estava obstinado a terminar com ela, mas quando a encontrava, algo mais forte surgia. Se eu a matasse ou a transformasse, eu não teria mais seu sangue, seu cheiro, sua pele, sua vida. Ela tinha se tornando um vício, sem o qual eu não conseguiria viver. Acho que essa é a explicação mais próxima de como eu me sentia em relação a ela.

Como eu disse a Rose, tudo ao meu redor parecia mais vivo, ser um Strigoi tinha alguma vantagem. Com os sentidos muito apurados, tudo era bem intenso. O cheio das coisas, o toque, tudo. Mas a resposta de Rose, naquele dia, foi muito sábia: “sim, mas você está morto”. Eu realmente estava morto. Hoje eu sei perfeitamente disso. Somente morto eu poderia não amá-la.

O tempo anterior a esse tinha sido uma semana antes do aniversário de Rose, no final de março. Foi quando nos amamos pela primeira e única vez, mais ou menos quatro meses atrás. Hoje eu sei que um tempo não pode ser comparado ao outro. Estar vivo é bem diferente.

Mas, até esse beijo de hoje, eu não tinha tanta certeza de que eu a tinha perdido, mas agora eu tinha certeza. Ela reagiu friamente, me atacando. Ela colocou em prática a lição dada aos guardiões: usar qualquer coisa ao seu alcance como arma. Ela agora estava realmente com Adrian. Agora eu sabia que ela não iria desperdiçar a sua vida comigo.

Se o seu nome fosse limpo, o que eu acredito que vai acontecer em breve, ela poderá, eventualmente, ser perdoada e voltar a ser uma guardiã, talvez Adrian pudesse requisitá-la para sua proteção. Ele tinha demonstrado que era capaz de fazer qualquer coisa por ela. Eu não tinha mais o direito de pensar nela deste jeito. Eu não podia mais a querer deste jeito. Isso era uma coisa que eu teria que trabalhar bastante em mim.

De repente, eu vi uma figura. Rapidamente, me encostei numa árvore, com medo que ela me visse. Era Rose, ela estava de costas. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Silenciosamente, cheguei um pouco mais perto, para ter uma visão melhor. Seu rosto estava completamente em branco e os olhos fixos. Ela provavelmente estava na cabeça de Lissa. Aquilo a deixou vulnerável, qualquer Strigoi a teria atacado sem problemas. Respirei fundo e silenciosamente. Dei um passo para trás e corri em direção a ela.

Eu me arremessei em cima dela e ela bateu no chão. Ela soltou um gemido.

"Oomph!" e eu a seguei contra a terra. Eu podia sentir o cheiro das folhas no chão. Falei baixinho em seu ouvido.

"Você deveria ter se escondido na cidade. Teria sido o último lugar que eu procuraria. Ao invés disso eu sabia exatamente para onde você iria" eu murmurei. Foi quase engraçado a forma como eu estava incerto e agora eu estava agido todo confiante.

"Tanto faz. Não pense que é esperto", ela murmurou, entre os dentes. Ela estava presa, sem conseguir lutar. "Você fez um palpite de sorte, isso é tudo."

Mas uma vez, lá estava ela me desvendando. Ela me conhecia muito bem. Sim, eu tinha tido um palpite de sorte, mas eu não ia dizer isso a ela.

"Eu não preciso de sorte, Roza. Eu sempre vou te encontrar. Então, realmente, cabe a você dizer o quão difícil essa situação pode ser. Podemos fazer isso o tempo todo ou você pode ser razoável e apenas ficar comigo e Sydney. "

"Não é só ser razoável! É um desperdício." Eu poderia ver sua razão, mas eu continuei. Eu não ia deixá-la fugir novamente.

"Quantas vezes eu tenho que explicar a lógica por trás do que estamos fazendo?"

"Até que você desista." Eu não tinha dúvidas de que ela iria continuar tentando. Ela tentou me empurrar, mas o meu tamanho e força subjugaram a ela. Então a levantei e a dominei, prendendo seus braços atrás das costas. Eu tinha vencido. Eu comecei a arrastá-la de volta para o hotel. Percebi que não tínhamos nos afastado tanto. Na verdade ela tinha andado em círculos, o que não deixou de ser engraçado. Quando passamos por uma árvore, que tinha grandes raízes, ela cravou os pés nelas, nos fazendo parar abruptamente. Percebi que isso seria uma incessante luta, Rose parecia uma criança birrenta. Então, segurei com mais força.

"Eu estou colocando você e Sydney em risco, se metendo em encrenca comigo. Eu posso cuidar de mim mesma, então me deixe ir!"

"Rose," eu comecei. "Você não pode me vencer."

"Como está o seu rosto?" ela perguntou ironicamente. Havia doído muito, na verdade, mais internamente do que externamente. Eu continuei a arrastá-la e ela fez uma careta no escuro.

"Eu estou apenas há alguns segundos de jogar você por cima do meu ombro." Eu ameacei, sabendo que Rose acharia isso uma humilhação. Talvez isso a deixasse quieta por alguns minutos.

"Eu gostaria de vê-lo tentar." Rose falou. Parecia que minha ameaça não tinha funcionado, resolvi mudar de estratégia. Eu sabia que força bruta não funcionava com Rose, ela sempre iria lutar até o fim.

"Como você acha que Lissa se sentiria se você morresse? Você pode imaginar o que aconteceria com ela se lhe perdesse?" Eu tinha ouvido histórias sobre os usuários espírito que tinham ficado loucos quando perderam seus parceiros de laço.

"Tenha um pouco de fé, camarada. Eu não vou morrer. Vou ficar viva." Não era que eu estava esperando. Rose era realmente impossível. Eu já estava quase sem métodos de persuasão.

"Há outras maneiras de ajudá-la de qualquer loucura que você está pensando." Falei aleatoriamente.

De repente, ela relaxou em meus braços. Eu tropecei, pego em surpresa.

"O que há de errado?" Era estranho, mesmo para Rose, espontaneamente se render assim. Ela olhou para a floresta e, naquele momento, eu não sabia o que esperar.

"Você está certo", ela falou baixo.

"Certo sobre ...?" Eu não tinha idéia o que estava acontecendo com ela, não sabia o que tinha feito ela mudar tão rapidamente de ideia. Será que ela realmente tinha mudado de ideia? Será que ela não estava tentando me dar outra volta?

"Correr de volta para Corte não vai ajudar Lissa."

Continuei segurando, eu ainda estava cauteloso com o que viria dela.

"Eu vou voltar para o hotel com você, e eu não vou sair correndo para a Corte. Mas eu não vou ficar sentada, sem fazer nada. Vou fazer algo para Lissa, e você e Sydney vão ter que me ajudar."

Bem, lá íamos nós de novo.

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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Ter Jun 14, 2011 11:56 am

CAPÍTULO 10



Quando saímos da floresta pudemos ver de longe as luzes vermelhas e azuis dos carros da polícia humana. Aquilo não era bom, não poderíamos mais usar aquele esconderijo.

"A cidade inteira acordou" Disse Rose com surpresa.

"Você tinha que dizer alguma coisa para o recepcionista, não é?" Eu suspirei.

"Eu pensei que ia lhe atrapalhar."

Me atrapalhar? O que aquele recepcionista iria fazer? Ele não podia sequer ficar em pé direito. Nós olhamos ao redor e nos escondemos ao lado de um edifício para ver melhor o que estava acontecendo.

"Isso vai nos atrasar agora." Quando olhei em volta, notei algo de útil. "O carro de Sydney, não está mais lá. Pelo menos isso é bom."

“É? Nós perdemos a nossa carona!"

"Ela não vai nos deixar, mas ela foi inteligente o suficiente para sair antes que a polícia viesse bater à sua porta."

Sydney não podia nos abandonar. Ela já tinha se envolvido e não podia mais voltar atrás. Eu olhei em volta e vi a estrada que dava para fora da cidade, ela só podia ter seguido por ali.

"Vamos lá. Ela tem que estar perto e há uma boa chance da polícia começar a procurar pelos arredores, já que eles pensam que existe uma garota indefesa sendo perseguida."

Ela sorriu para o meu uso da palavra indefesa. Se tinha alguém nesse mundo que não era indefesa, esse alguém era Rose.

Nós começamos a caminhar para fora da cidade. Rose ficou em silêncio durante toda a caminhada, que durou uns quinze minutos ou algo assim. Por fim, vimos um CR-V fora da estrada. Rose mansamente bateu na janela. Sydney deu um salto dentro do carro. A janela abriu e ela nos deu um olhar incrédulo.

"O que você fez?" exclamou. "Não se preocupe. Não se incomode. Basta entrar"

Obedecemos prontamente. Entramos no carro e viajamos a alguns quilômetros por uma estrada mal iluminada, todos nós ficamos em silêncio. Confesso que eu estava curioso para saber onde ela estava nos levando. Finalmente, Sydney desligou o motor e virou-se para enfrentar Rose.

"Você fugiu, não foi?"

"Sim, mas eu fiz isso porque" Rose começou a dar desculpas. Essa era a razão por ela estar tão quieta e por ter concordado em voltar, estava planejando algo, sem dúvida. Sydney levantou a mão e a interrompeu.

"Não, não. Ainda não. Eu queria que você tivesse feito sua fuga ousada, sem chamar atenção das autoridades."

"Eu também", me intrometi, tentando mostrar o quão chateado eu realmente estava e também para dar apoio a Sydney. Rose fez uma careta.

“Ei, eu voltei, não foi?" ela se defendeu. Eu arqueei minhas sobrancelhas. Eu não diria que 'voltou' fosse a palavra certa. Talvez fosse melhor ‘arrastada de volta’. "E agora eu sei o que nós temos que fazer para ajudar a Lissa."

"O que temos que fazer", disse Sidney, "é encontrar um lugar seguro para ficar."

"Basta voltar à civilização e pegar um hotel. Um com serviço de quarto. Nós podemos fazer dele a nossa base de operações, enquanto trabalhamos no próximo plano."

"Nós pesquisamos especificamente aquela cidade! Não podemos ir para algum lugar aleatório, pelo menos não nas proximidades. Duvido que tenham anotado a placa do carro, mas eles poderiam mandar um aviso procurando este modelo de carro. Se eles têm nossas descrições, podem acionar a polícia estadual, e depois os alquimistas",

Sydney parecia ser uma garota bem tranqüila e serena, mas agora ela estava ficando nervosa. Parecia que Rose tinha conseguido tirá-la do sério. Eu sabia que ela estava muito preocupada. E se a gente não sobrevivesse a isso? Novamente, senti vontade de dar apoio a ela. Eu coloquei minha mão em seu braço.

"Calma", murmurei, tentando acalmá-la, com cuidado para não deixá-la assustada. "Sabemos que nada disso vai acontecer. Por que você não apenas chama Abe?"

"É exatamente isso que eu quero. Para dizer que ela estragou todo plano em menos de 24 horas." Ela falou de forma mal humorada.

"Bem", Rose começou, pela segunda vez, "se isso lhe faz sentir melhor, o plano está prestes a mudar, de qualquer maneira"

"Fiquem quietos! Vocês dois. Eu preciso pensar."

Eu e Rose trocamos olhares. Parecíamos crianças levando uma bronca da professora. Rose parecia atônita em ver a educada e delicada Sidney gritando com alguém.

Eu estava ficando mais curioso com o que Rose estava planejando. Ele nunca brincou quando o assunto era ajudar a Lissa, ela não iria inventar nada relacionado a isso agora. Silenciosamente, eu desejava que ela revelasse o seu novo plano. Sydney acendeu a luz e puxou um mapa. Ela franziu a testa por um momento, suspirou dramaticamente, em seguida, apagou a luz. Colocou no GPS Altswood, West Virginia e ligou o carro. Rose, sempre curiosa, perguntou: "O que tem em Altswood?"

"Nada", respondeu Sydney. "Mas é o local remoto mais próximo de onde estamos que o GPS pode encontrar."

Honestamente, eu estava tão curioso quanto Rose para saber para onde Sydney nos levaria. Eu também estava ansioso para saber o que Rose estava planejando. Eu confiava em Rose e estava disposto a ajudá-la. Eu não poderia suportar a tensão por mais tempo, por isso, aproveitei a oportunidade e me voltei para Rose.

"Então, o que está acontecendo com Lissa?" Eu perguntei. "Qual é o seu grande plano?" Olhei para Sydney. "Rose diz que há algo importante que temos de fazer."

"Então comece a falar", ela murmurou. Rose respirou, firmou-se, em seguida, revelou o que sabia.

"Então, ela, hum, Lissa tem um irmão ou irmã. E eu acho que devemos encontrá-lo."

Raramente eu era pego de surpresa. Mas dessa vez minha mente ficou em branco. Sydney suspirou com esta nova informação, e eu estava atordoado. Lissa tinha um irmão? Isso não fazia sentido. Era de fato surpreendente. Eu ainda estava recuperando os sentidos, quando Rose abriu um papel explicando que, tinha sido supostamente escrito por Tatiana, a falecida Rainha Moroi, e leu em voz alta. Eu estendi a minha mão e ela me entregou o bilhete. Analisei com calma. Era escrito numa bela caligrafia, mas nada indicava que era da Rainha.

"Você não tem como provar que Tatiana escreveu este bilhete," eu apontei, tentando ser racional.

"Os Alquimistas não tem registros de um outro Dragomir", acrescentou Sidney.

"Eu realmente não vejo por que o fantasma de Tatiana iria querer me enganar", argumentou Rose. "E os Alquimistas não são oniscientes. O bilhete diz que este é um segredo muito bem guardado dos Morois, faz todo sentido que seja guardado dos alquimistas também".

"Você disse antes que nem sempre fica claro que os fantasmas querem dizer" Eu lembrei das experiências passadas. Embora, ela sempre estivesse certa. "Talvez você tenha interpretado mal o que ela quis dizer." Eu tinha que ponderar os pontos, para saber se Rose estava sendo coerente.

"Eu não sei ... Acho que ela escreveu este bilhete. Meu instinto diz que sim. Você sabe que eu tive razão antes. Pode confiar em mim?"

Seus olhos se estreitaram e foi o suficiente para eu saber que ela estava certa. Seu instinto estava sempre certo. Sempre havia um lado meu que seguiria Rose por onde ela fosse, que acreditaria nela incondicionalmente, mesmo meu lado racional me dizendo que não tínhamos evidencias suficientes para seguir com aquele plano. Eu balancei a cabeça lentamente.

"Mas se nós vamos buscar esse irmão secreto, estaremos indo contra as ordens de Lissa ficar em um lugar escondido." Eu falei, tentando trazer a razão de volta para mim mesmo, pois já tinha decidido a ajudar a Rose. Era mais um plano maluco dela, mas eu não podia evitar de lhe seguir, eu queria estar em ação, de alguma forma.

"Você acredita neste bilhete?" Sydney exclamou. "Você está pensando em ouvir isso?" Raiva iluminou brevemente o rosto de Rose, e ela rapidamente se conteve. Eu me maravilhei dela conseguir fazer isso.

"Tecnicamente, sim," Rose disse. "Mas se nós pudéssemos realmente provar que Lissa não é a última de sua família, isso iria ajudar muito a ela. Não podemos ignorar a possibilidade, e se você conseguir me manter fora de problemas, enquanto fazemos isso então este desvio não vai importar."

"Ok", eu suspirei, concordando com ela. Ela estava traçando suas idéias. Então era isso. Nós estávamos indo encontrar o irmão de Lissa eu já tinha decidido a seguí-la. "Mas por onde vamos começar? Você não tem outras pistas, além de um bilhete misterioso." Aquilo estava me revigorando. Era tudo como antes, eu e Rose funcionávamos muito bem, quando trabalhávamos juntos.

"Obviamente, isto é um segredo. Um grande. Um que alguém quis tentar encobrir já que eles tentam roubar registros sobre o assunto para manter os Dragomirs fora do poder."

"Ei, ei. Sou eu que defino as regras e tomo as decisões" Sydney falou. "Talvez quebrar as ordens de Lissa não seja grande coisa para vocês, mas eu estarei indo contra Abe. Ele pode não ser tão favorável."

"Eu vou usar minha estratégias de filha. Além disso, o velhote ama segredos. Ele entraria nisso, acredite em mim. E você já encontrou a maior pista de todas. Quero dizer, se Eric estava dando dinheiro para alguma pessoa anônima, então por que não seria para sua amante secreta e seu filho? "

"Anônimo é a palavra chave. Se sua teoria estiver certa, é uma espécie pulo no escuro, ainda não temos idéia de quem é esta pessoa. Os documentos roubados não dizem nada."

"Você tem acesso a cópias dos documentos roubados? Ou você poderia investigar o banco para o qual ele estava enviando dinheiro?"

"Você realmente não tem idéia de como a pesquisa de registros funciona, não é? Não é assim tão fácil. Pode demorar um pouco."

"Bem... então eu acho que é bom estarmos indo para um lugar seguro, certo?"

"Seguro..." Sydney abanou a cabeça. "Bem, vamos ver. Espero que eu não esteja fazendo algo idiota."

A conversa terminou ali, e suas palavras ficaram no ar. Eu olhei pela janela da frente de forma silenciosa pensando como tudo estava mudando de direção e como eu estava tendo uma nova motivação para minha vida, quando voltei, o rosto de Rose estava em branco. Ela estava na cabeça de Lissa, novamente. Olhei para suas feições perfeitas: seus lindos olhos castanhos, cabelos, sua pele dourada e todo o contorno do seu rosto. Voltei minha atenção para a estrada e me perdi pensando em tudo isso.

Quando paramos, Sydney abriu o notebook e eu me virei e vi que Rose ainda estava vendo o que se passava na Corte. Eu adoraria saber o que estava acontecendo.

“Rose", murmurei, quebrando o ar suavemente. Seus olhos se abriram, como se ela acordasse de um transe. “Tudo bem, lá atrás?" Ela assentiu com a cabeça, mas eu me perguntava o que ela estava escondendo de mim. Ela era muito segura nesse ponto, nunca comentava nada.

“Onde estamos?" Ela perguntou, olhando para fora da janela.

"Altswood"

"Faz a nossa última cidade soar como Nova York."

Realmente, parecia um local muito remoto. Seguimos por uma estrada cheia de árvores e sem energia. Sydney dirigiu muito devagar por um caminho pequeno e desnivelado. Aquilo estava ficando cada vez mais misterioso.

"Estamos em um acampamento?" Rose perguntou, sempre curiosa.

"Você é tão bom quanto eles dizem que você é?" Sydney me questionou, para minha surpresa.

"O quê?" Eu perguntei, perplexo.

“Lutando. Todos falam que você é perigoso. É verdade? Você é tão bom assim?" Oh.

Isso era lisonjeiro. Mas não deixei de me sentir constrangido.

“Muito bom". Eu não queria parecer vaidoso, mas Rose não parecia pensar que era suficiente.

“Bastante bom", Rose zombou.

"Espero que seja o suficiente", murmurou Sydney. Ela estava muito ansiosa e eu muito intrigado. Teríamos que lutar? Para onde estávamos indo?

"Você não vai perguntar sobre mim?" Rose perguntou de forma faceira.

“Eu já sei que você é perigosa. Eu já vi isso."

“Por que paramos?"

“Porque nós temos que ir a pé agora." Ela apontou para dentro da floresta. “Ali”

“Espere" Eu falei, indo para frente de Sydney e imediatamente Rose e eu entramos no modo de guarda. Eu liderei o caminho, com Rose na retaguarda. Sidney não era Moroi, mas ela precisava de proteção. Eu preparei minha estaca, pronto para qualquer perigo em potencial.

"Onde estamos indo?" Rose perguntou.

"Para as pessoas que, eu garanto, não irão lhe entregar," Sydney disse severamente.

De repente, uma luz forte acedeu. Nós estávamos cercados por vampiros.
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Ter Jun 14, 2011 7:38 pm

CAPÍTULO 11
Instantaneamente, peguei minha estaca e fui para perto de Sydney. Olhei bem para aqueles vampiros. Eles eram Morois, felizmente, mas isso não impedia que eles fossem uma ameaça. No entanto, eu não tinha dúvidas de que Rose e eu seriamos capazes de derrotá-los. Também pude ver que havia dhampirs entre eles. Quem eram essas pessoas que nos cercavam?

Um Moroi avançou com uma estaca de prata arcaica em sua mão. Ele olhou para mim e para Rose e então se dirigiu para Sydney. Eu, prontamente parti para cima dele o mais rapidamente possível. Rose também. Fomos retidos, não só pelos outros, mas pela própria Sidney.

"Espere" disse Sydney. Um dos homens, com uma barba mal feita, que parecia ser uma espécie de líder, segurou seu queixo. Ele virou a cabeça dela para o lado da tatuagem e o rosto dele se iluminou.

"Garota do Lírio" ele pareceu satisfeito o suficiente para soltá-la. Eu, imediatamente, fui para o seu lado. O homem voltou sua atenção para mim e Rose.

"Eles estão aqui para se juntar a nós?" Ele perguntou a Sydney, obviamente falando de mim e Rose.

"Precisamos de abrigo" explicou Sidney, passando a mão pela garganta. "Eles estão sendo perseguidos pelos Tainted".

Tainted? O que era isso? Olhei para Rose que parecia mais confusa do que eu. Minha mente começou a tentar entender tudo. Por isso fiquei calado, somente observando e tentando não parecer perdido.

"Vocês são espiões dos Tainted" uma Moroi murmurou.

"A Rainha Tainted está morta. Acham que ela fez isso." Sydney assentiu com a cabeça para Rose. O homem de barba sorriu e me pegou de surpresa. Que graça havia nisso?

"E assim, outro usurpador assume. Já existe um novo?" ele perguntou.

"Não. Eles terão eleições em breve e farão a escolha" Sydney respondeu.

"Qual outra maneira de se escolher um novo rei ou a rainha?" Rose juntou as sobrancelhas.

"Da maneira certa" alguém atrás de mim respondeu. "A maneira como costumava ser, há muito tempo. Uma batalha até a morte."

Eu olhei para Rose e ela estava com um olhar de espanto. Aquilo tudo era novo para ela. Era para mim também, mas tentei manter a serenidade. De fato, o costume antigo era uma batalha, mas os tempos tinham mudado e os Morois evoluíram junto com a sociedade. O homem barbudo virou-se e seguiu por um caminho e eu supus que nós tínhamos que acompanhar. Rose ainda estava calada.

Depois de uma caminhada, chegamos em descampado com uma grande fogueira no centro. As pessoas estavam reunidas em volta dela, conversando entre si, havia pequenas casas espalhadas por todos os arredores. Elas iam até a floresta, fazendo-me pensar o quão grande essa civilização realmente era. Do outro lado de nós, só havia montanhas. Depois, eu vi seres humanos. Eles estavam conversando com os Morois. Isso me chocou. Há séculos os vampiros não se relacionam com humanos. Isso era considerado um grande tabu. Eu era bem conservador e guardava bem os costumes da nossa gente. Não podia acreditar que existia uma espécie de civilização como esta. Era realmente chocante. Rose e Sydney falavam baixo uma com a outra e eu me esforcei para ouvir o que elas diziam. Aquele povo se chamava Keepers?

"Por que eles estão aqui, Raymond?” Uma mulher humana, se dirigiu ao homem de barba, que eu supus que se chamava Raymond. "Eles estão se juntando a nós?"

"Não" respondeu ele, balançando a cabeça. "Os Tainted estão atrás deles por terem matado a rainha."

Rose estava prestes a protestar, mas Sydney lhe deu uma cotovelada. Olhei para os outros que pareciam satisfeitos por sermos assassinos de rainha, e isto me deixava ainda mais intrigado.

"Nós estamos dando-lhes refúgio. Embora vocês estejam convidados a se juntar a nós e viver aqui. Temos espaço nas cavernas."

Olhei para as montanhas e vi que ali tinham cavernas. Eu não podia imaginar Rose vivendo numa caverna. Ela reclamaria por não ter TV a cabo e água encanada pelo o resto de sua vida.

"Nós só precisamos ficar aqui..." Sydney começou, "Por uns dois dias, provavelmente." Sydney falou estas últimas palavras olhando fixamente para Rose, claramente lhe enviando uma mensagem para ficar quieta.

"Você pode ficar com minha família. Até mesmo você." Ele disse isso para Sydney, e percebi que eles não gostavam muito dos Alquimistas.

"Obrigada. Ficaremos gratos por passar a noite em sua casa" Sydney estava visivelmente incomodada com aquilo tudo. Se ela não gostava de vampiros, quem dirá dessa mistura toda de humanos com vampiros? Ela parecia que estava diante de um grande sacrilégio.

“Já chega." a mulher humana ordenou "Está ficando tarde e eu tenho certeza que nossos hospedes estão famintos." Nós andamos até sua casa e a mulher se apresentou como Sarah.

"Você nos trouxe algo?" Ela perguntou a Sydney.

"Não" respondeu Sydney "Eu estou aqui apenas para acompanhá-los."

"Uma tarefa importante."

“Quanto tempo se passou desde que o meu povo trouxe-lhe alguma coisa?"

"Poucos meses”

Sydney franziu a testa e eu me perguntei o que ela deveria ter trazido. Comida? Dinheiro? Esse povo era mantido pelos Alquimistas? Com que finalidade? Finalmente chegamos a casa, que estava escura e então, Sarah acendeu algumas tochas. Não havia eletricidade. Se Rose tinha detestado o hotel por não ter serviço de quarto, imagine o que ela acharia de falta de energia...

“Você pode dormir no quarto das meninas" disse Sarah a Rose, acenando para uma das três portas.

"Você é empregada de Raymond?" Rose perguntou.

“Eu sou sua esposa" ela respondeu sorrindo

“Oh". Foi tudo o que Rose conseguiu dizer.

Que mancada! Rose ficou vermelha e eu resisti ao impulso de levar a minha mão para o rosto, em exaspero. O que eu faço com Rose? Sim, tudo era estranho. Sim, eu também não estava entendendo nada. Mas eu estava tentando lidar o mais naturalmente possível com tudo aquilo. Falando sério, Rose não podia ter contido sua curiosidade por um momento?

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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Qua Jun 15, 2011 7:24 pm

CAPÍTULO 12
Houve comoção na porta e me virei para ver Raymond entrar com duas crianças e duas pessoas. As duas crianças se chamavam Phil e Molly. A outra era uma mulher Moroi chamada Paulette. E o outro era um dhampir, Joshua, filho de Raymond e Sarah. Isso mesmo. Filho de um Moroi com uma humana. Coisa que não vemos há muito tempo.

“Estou colocando-os no seu quarto, o resto de vocês pode compartilhar o sótão." Sarah falou para Paulette.

Eu olhei para o sótão, calculando os números. Como ia caber tanta gente lá em cima?

"Nós não queremos atrapalhar" disse eu, falando pela primeira vez, eu estava incomodado por tirá-los de seus lugares.

"Nós vamos ficar bem em qualquer lugar." Rose assentiu.

“Não se preocupe com isso" Joshua sorriu para Rose. Logo, tive uma sensação ruim de ciúme. Eu não estava gostando do jeito dele com Rose. O que havia de errado comigo? Eu estava sentindo ciúmes de Rose com um garoto selvagem daquele? Eu me senti péssimo. "Nós não nos importamos. Angeline não se importará." Johua continuou falando se dirigindo a Rose.

"Quem?" Rose perguntou.

"Minha irmã" Eu me esforcei para minha expressão não me denunciar. Cinco deles lá em cima?

"Obrigada" acrescentou Sidney graciosamente. “Nós apreciamos isso. E nós realmente não vamos ficar muito tempo."

“Isso é muito ruim." Disse Joshua. Eu lutei para me manter imparcial, mas aquele garoto realmente me incomodou.

“Pare de flertar, Joshua" criticou Sarah. Eu também achava melhor que ele parasse com aquilo…

"Você três querem algo para comer antes de dormir? Eu posso esquentar um ensopado. Nós temos alguns pães feitos por Paulette".

“Não há necessidade" Rose respondeu apressadamente "Nós ficaremos bem com o pão." Eu não estava entendendo Rose. Ela vivia faminta e nunca recusava comida. Agora estava cheia de cautela. Talvez ela estivesse sendo apenas educada, presumi. Não estava querendo dar trabalho a eles, assim eu achava.

“Eu também" acrescentei, querendo ser o mais prático possível e não causar mais incomodo para eles. Comemos o pão no nosso quarto. Estava ótimo e havia bastante, felizmente. Eu não tinha percebido como eu estava com fome. Ainda mastigando um pedaço de pão, Rose acariciou uma colcha de retalhos que cobria a cama.

"Isso me lembra de alguns dos desenhos que eu vi na Rússia" ela murmurou.

Parecia mesmo, mas as formas eram mais requintadas. Eu olhei para a colcha e achei engraçado de Rose guardar um detalhe tão pequeno daquela viagem para Rússia.

"Similar" eu considerei. "Mas não é bem a mesma coisa."

"É a evolução cultural", explicou Sidney. "Padrões tradicionais da Rússia se fundiram com o artesanato americano, formando uma colcha de retalhos". Ela certamente sabia do que estava falando.

“Hum, bom saber" Rose resmungou. Em seguida, ela olhou para a porta semi aberta e finalmente fez Sydney a pergunta que eu também gostaria de fazer.

"Você está pronta para explicar o que diabos são essas pessoas?"

"Os Keepers".

“Sim, eu sei disso. E nós somos o Tainted. Soa melhor do que Strigoi."

"Não, os Strigois são os ‘Lost’. Você é Tainted porque você se juntou ao mundo moderno e deixou para trás as tradições dessa civilização bagunçada de vocês."

“Ei, nós não usamos macacões e banjos."

"Rose" eu avisei, olhando para a porta. "E, além disso, só vi uma pessoa de macacão” Eu estava com medo que ela cometesse outra mancada como a de Sarah.

“Se isso faz você se sentir melhor, eu acho que vocês são melhores", disse Sidney. "Vendo humanos envolvidos com tudo isso... É nojento. Sem ofensas."

“Tudo bem", respondeu Rose."Acredite em mim, eu me sinto da mesma maneira. Eu não posso aceitar... Eu não posso aceitar que eles vivam assim."

“Eu prefiro a maneira como vocês se relacionam somente com sua própria espécie. Exceto..."

"Exceto o quê?"

“Mesmo que vocês não se casem com humanos, vocês ainda interagem com eles e vivem em suas cidades. Esses caras não."

“Como os Alquimistas preferem," eu adivinhei. "Você não aprova de costumes desse grupo, mas você gosta tê-los convenientemente escondidos, fora da sociedade."

“Quanto mais os vampiros ficarem afastados, escondidos na floresta, melhor, mesmo que seja um estilo de vida maluco, como o deles, mas os mantém afastados das outras pessoas."

“Através de meios hostis?" Rose perguntou.

“Esperemos que não demasiado hostil."

“Eles lhe deixaram ficar" eu também estava tentando entender tudo, embora estivesse me contendo nas perguntas, afinal, Rose já estava fazendo um interrogatório, mas tinha algo que me chamou a atenção. "Eles sabem o que são os alquimistas? Por que Sarah perguntou sobre você trazendo coisas?"

“Porque é isso que fazemos. De vez em quando visitamos grupos como estes, trazendo alimentos para todos e remédios para os humanos. Uma coisa é certa: Sarah deve estar esperando a visita de algum Alquimista. Seria azar o nosso de estar aqui quando isso acontecesse." Agora eu estava entendendo a preocupação de Sydney. Seria péssimo se isso acontecesse. Estaríamos perdidos.

“Espere. Você disse que ‘grupos como este’. Quantas dessa coisa têm lá fora? " Rose se virou para mim. "Isto não é como os alquimistas, não é? Algo só alguns de vocês sabem e escondem do resto de nós?" Eu balancei minha cabeça, negando.

“Eu estou tão surpreso com tudo isso, quanto você" eu confessei.

"Alguns de seus líderes, provavelmente, sabem vagamente sobre os Keepers.” explicou Sidney "Mas não há detalhes, nem a localização deles. Esses caras se escondem muito bem e podem se mudar a qualquer momento. Eles ficam longe de seu povo. Eles não gostam de seu povo."

"É por isso que eles não vão nos entregar." Rose concluiu. "E por que estão tão felizes por eu ter matado Tatiana. Agradeço por isso, de qualquer forma."

"Eles irão nos proteger, à sua maneira." Ela cobriu um bocejo com a mão e percebi que, para um ser humano, ela estava acordada há muito tempo. "Mas por agora, estou exausta. Eu não vou ser capaz de seguir qualquer dos seus planos loucos, ou de enfrentar Abe, se eu não dormir um pouco."

Eu olhei para Rose, pensando que não poderíamos simplesmente deitar e dormir. Alguém tinha que vigiar.

“Turnos?" Rose perguntou, se virando e olhando incisivamente para mim, enquanto Sydney se cobria com um dos cobertores. Eu concordei.

“Você primeiro e eu vou-"

A porta se abriu e nós imediatamente entramos em guarda. Uma garota dhampir, que parecia ter uns quinze anos, olhava para nós.

“Então" ela nos cumprimentou secamente "estes são os grandes heróis que pegaram o meu quarto?"

"Angeline?" Rose perguntou timidamente.

"Sim" ela nos examinou com um olhar severo. Primeiro ela olhou para Rose e logo depois, para mim. Eu não quis parecer intimidante, então olhei para baixo.

"Eu não acredito nisso. Vocês são muito mansos"

Mansos? Eu não nos chamaria de mansos. Ela realmente não sabia do que estava falando. Ela não podia imaginar o quão perigosos e letais nós éramos. Eu deixei Rose assumir, ela sempre fazia isso.

“As aparências enganam" ela murmurou.

"Sim. Elas enganam". Ela foi até a cômoda. "É melhor não desarrumar a minha cama. Eu não ligo para o que você faz com a de Paulette."

"Paulette é sua irmã?" Rose e suas perguntas indiscretas...

"Claro que não." Ela bateu a porta e ficamos olhando para ela fixamente.

“Paulette é, provavelmente... eh, eu não sei. Amante de Raymond", explicou Sidney. "Concubina".

"O quê?" Rose exclamou. Parecia que hoje era o dia de nós quebrarmos todos os nossos tabus. Uma humana como esposa de um Moroi e uma Moroi como sua amante, todos vivendo juntos, era realmente chocante. "Vivendo com a sua família?"

“Não me peçam para explicar isso. Eu não quero saber mais do que preciso sobre os seus caminhos tortos." Sydney falou colocando um ponto final no assunto.



“Desculpe o mau jeito de Angeline." Sarah logo veio pedir desculpas e eu lhe assegurei que estávamos bem, depois que ela saiu, nós organizamos os nossos turnos. Rose caiu na cama e rapidamente adormeceu. Eu fiquei de guarda, observando sua doce expressão enquanto ela dormia
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Mensagem por shadowangel Qua Jun 15, 2011 10:06 pm

CAPÍTULO 13
Eu fiz a checagem do quarto, como sempre fazia quando era um guardião, procurando por entradas e saídas. Ali, no quarto, tinha uma porta e uma janela. Então me foquei nestes pontos. Qualquer ameaça, certamente viria dali.

O tempo foi passando e não resisti em observar Rose, mais uma vez. Ela dormia suavemente, seu cabelo estava espalhado pelo travesseiro e seu rosto era sereno. Isso deixava o seu semblante doce... E logo algo se agitou dentro de mim. Ela era tudo que eu queria e tudo o que eu não poderia ter.

Continuei observando, e a impressão que eu tinha era que eu poderia olhar para ela a minha vida inteira e não me cansaria. De repente, seu rosto se endureceu e eu me perguntei se ela estava sonhando. Além disso, sua posição se tornou rígida e permaneceu assim por muito tempo. Será que ela estava tendo um sonho do espírito? Provavelmente, ela agora estava com Adrian. Esse pensamento me aterrorizou. Eu repetia para mim que não havia nada demais, que isso era a ordem natural das coisas agora, mas eu não conseguia deixar de sentir a perda que me invadia. Porque as nossas vidas tinham seguido por este caminho?

Eu passei o resto da noite ali, alternando entre observar o quarto e admirar Rose. Sydney dormiu como uma pedra, não se mexendo. Eu estava ficando esgotado agora. Quando eu acordei Rose para o seu turno, ela ficou alerta instantaneamente, então eu me deitei na cama, agradecido, e fechei os olhos. Eu adormeci em poucos segundos. Felizmente, consegui descansar um pouco naquela noite, sem sobressaltos, sem pesadelos. De repente, algo tocou em meu ombro e eu rapidamente despertei em alerta, olhando tudo em volta. Rose estava sorrindo para mim, seu rosto era uma boa visão para se ter ao acordar.

“Calma" ela murmurou. "Só estou lhe acordando. Parece que os nossos amigos já levantaram."

“Que horas são?" Sydney murmurou acordando também.

“Não tenho certeza, provavelmente já passa do meio dia. Talvez três? Quatro?"

“Da tarde? Merda, vocês e seus horários profanos." Ela falou sentando bruscamente.

“Você acabou de dizer 'merda'? Não é contra as regras dos Alquimistas?"

“Às vezes é necessário. Eu acho que precisamos de um plano."

“Nós temos um. Encontrar o irmão de Lissa." Rose começou.

“Eu nunca concordei inteiramente com isso. E vocês ficam achando que eu posso magicamente encontrar todas as respostas como um hacker de um filme."

“Bem, pelo menos é um lugar para- Merda, seu laptop não funciona aqui."

“Eu tenho um modem via satélite, mas é com a bateria que temos que nos preocupar. Preciso de uma cafeteria ou algo assim."

"Eu acho que vi uma em uma caverna perto da estrada" brincou Rose. Eu sorri. Eu ainda estava meio que dormindo, embora parecesse alerta, só ouvindo elas falem. Toda mulher fala muito de manhã!

“Tem haver alguma cidade perto de onde eu possa usar meu laptop."

“Mas provavelmente não é uma boa idéia aparecer com esse carro em qualquer lugar do Estado" eu indiquei, falando pela primeira vez. "Só pelo caso de alguém no motel ter anotado o número da placa."

“Eu sei. Eu também pensei nisso."

Houve uma batida na porta e todos nós nos viramos para ver Sarah sorrindo para nós.

"Ah, que bom" disse ela. "Vocês estão acordados. Estamos servindo o café da manhã, se quiserem se juntar a nós."

A palavra café da manhã soava bem. O cheiro de comida invadia toda casa. Nós fomos para a sala principal, onde todo mundo estava ocupado, fazendo alguma coisa. Raymond cozinhava o bacon. Ele sorriu quando entramos.

"Bom dia" ele nos cumprimentou "Eu espero que vocês estejam com fome."

“Vocês acham que isso é bacon de verdade?" sussurrou Rose "Como vamos saber que não é um esquilo ou algo assim."

Isso só podia vir de Rose mesmo... Agora eu sabia por que ontem à noite ela estava tão cautelosa com a comida. Ela deveria estar questionando, mentalmente, a procedência dos alimentos consumidos por essa gente. E eu pensando que ela estava sendo educada, sem querer incomodar.

“Parece de verdade para mim" eu respondi, sentindo o cheio ótimo.

“Eu diria isso também" acrescentou Sidney. "Embora eu garanto que é de seus próprios porcos e não de uma mercearia". Um olhar estranho passou pelo rosto de Rose e eu sorri.

“Eu adoro ver o que preocupa você. Strigois? Não. Alimentos duvidosos? Sim". Rose era mesmo surpreendente e engraçada.

"O que tem sobre Strigoi?" Angeline perguntou, entrando na sala com Joshua, segurando uma cesta de amoras e algumas crianças.

“Só falávamos sobre alguns Strigois que Rose matou" eu acobertei Rose suavemente, antes que ela falasse alguma coisa sobre a comida. Os olhos azuis de Joshua se arregalaram.

"Você matou os Lost?" ele gaguejou "Er-Strigois? Quantos?" Rose encolheu os ombros.

“Eu realmente não sei mais" respondeu ela. Definitivamente tinha sido uma grande quantidade, não era vaidade dela dizer que perdeu as contas. Eu me sentia muito orgulhoso por ela.

"Você não usa as marcas?" Raymond perguntou. "Eu não achava que o os Tainted as tinham abandonado".

“As marcas - Oh. Sim, nossas tatuagens?" Ela virou-se, levantando o cabelo e revelando seu pescoço, em toda a sua glória. Eu não tinha visto como estava, depois que voltei a ser dhampir. Eu mesmo fiquei impressionado. As tatuagens cobriam, quase que completamente, a sua nuca. Era incrível. Eu nunca tinha visto tantas marcas juntas. Ela provavelmente recebeu quando voltou da Rússia. Os Alquimistas devem ter reportado aos guardiões cada Strigoi que ela matou. Joshua tocou o pescoço dela e ela virou-se, defensivamente.

"Desculpe" ele falou. "Eu nunca tinha visto uma dessas. Apenas as marcas molnija. As marcas que contam quantos Strigoi matamos... Você tem um monte."

"A marca em forma de S é exclusivo para eles" explicou Raymond. "A outra é a Zvezda".

"O quê?" Rose perguntou, perplexa.

"A marca de batalha” eu expliquei, com um nó na garganta. Ela tinha duas. Uma provavelmente pela batalha de quando tomei Lissa como refém naquele armazém. A outra, ela certamente tinha recebido depois do ataque a Academia. Eu não tinha uma pois consideraram que eu tinha sido morto na batalha. Aquela marca era a lembrança de quando nossas vidas se separaram, qunado nossos sonhos foram destruídos, quando tudo acabou. "Muitas pessoas não a chamam mais de Zvezda. Significa estrela." Acrescentei.

"Huh. Faz sentido." Rose falou, pensativa.

“Agora eu entendo como você poderia ter matado a rainha Tainted" Joshua falou admirado.

“Provavelmente são falsas" Angeline falou. O olhar alarmado no rosto de Sidney me contou que estávamos pensando a mesma coisa. Rose iria explodir com isso.

"Não são!" Rose exclamou. "Eu ganhei quando Strigoi atacaram a nossa escola. E então vieram muitos outros depois disso."

"A marca não pode ser tão incomum" eu interrompi, tentando desviar a conversa e distrair Rose. "O seu povo deve ter grandes lutas com Strigois, de vez em quando."

"Não mesmo" Joshua respondeu, seus olhos vidrados em Rose "A maioria de nós nunca lutou com um ou mesmo viu os Losts. Eles realmente não nos incomodam."

“Por que não?" Rose fez a pergunta óbvia.

“Porque nós lutamos contra" Raymond respondeu.

Eu não achei essa resposta convincente. Os guardiões também lutam contra e, certamente, de forma melhor que esses Keepers. Os dhampirs são preparados desde crianças, em Academias, para lutar contra Strigois, e, no entanto, eles atacam e muito. Eu formulei minha própria teoria que nem mesmo os Strigois sabiam da existência dessa gente. Eu fui um líder entre eles e jamais ouvi falar disso.

Café da manhã foi servido e todos nós comemos juntos. A conversa continuou quando Sydney falou de repente.

“Nós precisamos de alguns suprimentos. Onde é a cidade mais próxima que tenha uma cafeteria... ou qualquer outro restaurante?"

"Bem" Paulette começou."Rubysville é um pouco mais de uma hora ao norte. Mas nós temos a abundância de comida aqui para você."

“Não se trata de comida. Vocês estão sendo ótimos" acrescentou Rose rapidamente. "Uma hora não é tão longe, certo?"

"Existe alguma maneira... existe alguma maneira nós pegarmos um de seus carros emprestado? Eu vou..." Sydney fez uma pausa "Vou deixar as chaves do meu até voltarmos."

“Você tem um bom carro" disse Raymond, arqueando uma sobrancelha.

“Quanto menos conduzi-lo por aqui, melhor." Syndey falou, finalizando o assunto.

Partimos logo depois, em uma velha caminhonete. Joshua nos levou até ela. Ele foi pelo caminho falando com Rose sobre sua caverna. Isso mesmo, caverna. Ele estava preparando uma, para viver nela. Ele também estava abertamente flertando com Rose e aquilo me incomodava. Eu fiquei pensando sobre como Rose despertava a atenção dos rapazes tão facilmente. Ela era linda, era verdade, mas ela tinha um carisma natural que fazia com que todas as atenções se voltassem para ela. Joshua parecia estar fascinado por ela. Eu tentei manter meu rosto em branco e minha mente distante disso, mas não consegui. Fiquei pensado nisso o tempo todo. Quando estávamos no carro, depois de viajar por quase dez minutos, não me contive em falar, mesmo sabendo que soaria estranho, justo eu, falar com ela sobre sua vida amorosa.

"Você não deveria encorajá-lo dessa maneira."

"Huh?"

"Joshua. Você estava flertando com ele.”

"Eu não estava! Nós estávamos só conversando." Ela falou, um pouco irritada. Ela não se incomodou em esconder que não havia gostado da minha intromissão, mas eu não me importei. Eu estava, de fato, me comportando como um namorado possessivo e ciumento, mas foi mais forte do que eu.

"Você não está com Adrian?" Eu tentei manter afastada a esperança de que ela falasse 'Não'. Eu estava sentindo meu estômago revirar de ciúme, eu realmente não estava me reconhecendo. Eu estava com ciúme de um garoto, que ficaria para trás dentro de poucos dias? Acho que estes dois dias que estivemos próximos trouxeram de volta também todo aquele senso de responsabilidade que eu tinha por ela e, inevitavelmente, fixou ainda mais o que eu já sentia.

"Sim!" Ela olhou diretamente para mim e eu evitei olhar para ela, me fixando na estrada. "E é por isso que eu não estava flertando. Como você pode pensar nisso? Joshua não gosta de mim desse jeito."

Claro. Será mesmo que ela não tinha percebido isso? Me senti agradecido quando Sydney me apoiou.

"Na verdade, ele gosta" Rose se virou para ela.

"Como você sabe? Será que ele lhe passou um bilhete durante o café da manhã ou algo assim?" Rose falou com seu típico sarcasmo.

"Não. Mas você e Dimitri são como deuses no acampamento."

“Nós somos impuros. Tainted".

“Não, você é uma assassina de Rainha e de Strigois. Tudo está sendo calmo e hospitaleiro, mas aquelas pessoas são selvagens. É muito importante ser capaz de lutar. E, considerando como mal vestidos a maioria deles são, vocês são, bem ... digamos que são as coisas mais quentes que apareceu por lá, ultimamente. "

"Você não é quente?"

“É irrelevante. Alquimistas não estão sequer no radar deles. Nós não lutamos. Eles acham que somos fracos."

"A família de Raymond é bem bonita."

Eu fiz um som de desaprovação que revelou meus pensamentos e todo meu incomodo. Ela realmente estava incentivando Joshua. Como Rose ainda conseguia ter cabeça para isso?

“Yeah. Porque eles são provavelmente a família mais importante da cidade. Comem melhor, provavelmente não tem que trabalhar no sol por muito tempo. Esse tipo de coisa faz a diferença."



Encontramos uma cafeteria e Sydney começou com seus negócios de Alquimista. Eu e Rose sentamos ao seu lado, mas percebi que a garçonete nos olhava de forma estranha, assustada. Pensei que ela podia guardar as nossas fisionomias, se passássemos muito tempo ali, e eventualmente poderia mencionar isso, caso algum guardião a interrogasse, então decidi que seria uma boa idéia dar uma volta pela cidade e Rose se juntou a mim.




Notas finais do capítulo
*Nos livros somente são mencionadas 03 cerimônias que Rose recebe tatuagens: Quando ela mata os dois Strigois em Frostbite, quando ela recebe a marca da batalha em Shadow Kiss e quando ela recebe a marca da promessa em Spirit Bound. Mas eu imagineu que ela passou por várias outras cerimônias e recebeu muitas outras tatuagens, já que sua nuca deixa todo mundo impressionado pelo n de tatuagens. E, além do mais, existe uma lacuna de tempo entre alguns dos livros.

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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Qui Jun 16, 2011 9:04 pm

CAPÍTULO 14
Nós andamos pela cidade, que estava calma. Poucas pessoas passavam pelas ruas. Era uma cidade pacata. Eu levantava meu rosto em direção ao sol, sentindo ele queimar a minha pele. O que para muitas pessoas era um incomodo, para mim havia se tornado um prazer. Sair ao sol era uma coisa simples, mas era como se aquilo reforçasse que eu não era mais um monstro. Rose caminhava silenciosamente ao meu lado, até que ela soltou um pensamento.

“Ou em qualquer lugar"

"Hmm?"

“Eu estava pensando que se os guardiões nos encontrarem. Nunca percebi o quanto que eu queria fazer e ver. De repente, tudo está em jogo, não é? Ok, vamos supor que meu nome não seja limpo e nunca encontremos o verdadeiro assassino. Qual é o próximo melhor cenário? Sempre correndo, sempre se escondendo dos guardiões. Essa será minha vida. Por tudo que eu sei, eu vou ter que ir viver com os Keepers”.

“Não vai chegar a esse ponto. Abe e Sydney vão lhe ajudar a encontrar algum lugar seguro." Falei, tentando animá-la. O tom dela era melancólico, algo difícil de vir de Rose.

“Existe algum lugar seguro? De verdade? Adrian disse que os guardiões ​​estão aumentando seus esforços para nos encontrar. Eles provavelmente têm os alquimistas e autoridades humanas nos procurando também. Não importa onde formos, nós vamos correr o risco de sermos achados. Então vamos ter que seguir em frente. Vai ser assim para sempre." Percebi que eu estava certo. Ontem à noite ela estava realmente sonhando com Adrian.

“Você vai estar viva. Isso é o que importa. Aproveite o que você tem, cada pequeno detalhe de onde você estiver. Não se foque onde você não está."

Eu falei isso soltando um desejo meu de que ela se focasse em nós dois e naqueles momentos que estávamos passando juntos e não em Adrian e na Corte, mas felizmente, ela não entendeu dessa forma. Lá estava eu com aquele sentimento novamente. Não sei como eu ainda conseguia pensar nisso, enquanto estávamos correndo tanto perigo de sermos capturados. Eu não podia admitir para ela, mas ela poderia estar certa. Tinha uma possibilidade de nunca encontrarmos o verdadeiro assassino e ela ter que passar a vida se escondendo, mas mesmo assim, o importante seria que ela estaria viva. Em todo caso, em qualquer situação em que você estiver, não é bom pensar no que não se pode fazer ou onde não se pode estar. Eu lhe dei o conselho que eu mesmo estava tentando seguir. Deixar para trás o passado e viver plenamente a vida. Ela olhou para o céu, pensativa.

“É. Suponho que não deveria me lamentar sobre os lugares que eu sonho conhecer mas nunca vou conseguir ver. Eu deveria ficar agradecida por conseguir ver qualquer coisa. E por não estar vivendo em uma caverna."

Minhas palavras de ânimo não estavam surtindo muito efeito, então, tive uma idéia. Olhei para ela com um sorriso, apesar da tristeza de Rose, eu estava me sentindo bem leve, como há muito tempo eu não me sentia.

“Onde você quer ir?" Eu perguntei.

"O que, agora?" Ela falou olhando para soverteria.

"Não. No mundo"

"Sydney vai ficar muito brava se a levarmos para Istambul ou algo assim." Eu ri. Istambul era a terra natal de Abe. Achei curioso por ela pensar em ir justamente para lá.

"Não era o que eu tinha em mente. Vamos." Fomos em direção a uma pequena biblioteca que eu havia notado, quando chegamos a cidade.

"Ei, ei. Uma das poucas vantagens de se formar é evitar lugares como este."

"Provavelmente tem ar condicionado" eu apelei para o conforto, olhando para os seus braços ligeiramente queimados do sol e sua roupa molhada de suor.

"Vamos" ela ordenou.

Eu era bem familiarizado com bibliotecas, eu gostava bastante de ler e sempre que podia, freqüentava uma. Caminhamos até a seção de viagens, esperando por algo interessante. Havia uns dez livros, a maioria sobre West Virginia. Franzi a testa. Eu procurei um livro, com muitas figuras e poucos textos, assim Rose não acharia monótono.

“Não era bem o que eu esperava.” Passei os olhos pela prateleira e retirei o livro 100 melhores lugares para visitar no mundo. Parecia razoável para o que eu queria. Sentamos no chão e eu lhe entreguei o livro. Ela levantou uma sobrancelha, com um olhar intrigado.

“De jeito nenhum, camarada. Eu sei que os livros são uma viagem para imaginação, mas eu não acho que eu estou disposta para isso hoje."

"Basta pegar. Feche os olhos e abra uma página de forma aleatória". Eu falei num tom sério. Ela fez o que eu disse e abriu a uma página.

"Mitchell, Dakota do Sul? De todos os lugares do mundo, que faz ela no top 100?" Eu sorri novamente. Rose sempre era divertida e eu gostava muito de estar com ela. Isso era um momento raro de tranqüilidade, algo que eu pensei que não fosse ter nunca mais.

"Leia"

"Localizado a 90 minutos de Sioux Falls, Mitchell é o lar do ‘Corn Palace’. Palácio do milho?" Ela olhou para mim, incrédula. Eu olhei para a foto do Palácio de Milho.

"Eu imagino que deve ser feito de palha de milho." Falei.

"Eu também. Eu visitar um dia. Aposto que eles têm grandes cúpulas."

"E eu aposto que os guardiões não nos procurariam por lá."

Eu falei imaginado se haveria um lugar para vivermos sem sermos incomodados. Ela riu com a idéia louca de viver no Palácio de Milho e foi a minha vez. Nós nos alternamos, lendo sobre os lugares e olhando para as belas fotos. Estávamos muito descontraídos, era como se o mundo lá fora e todos os nossos problemas não existissem mais. Rimos tanto, que a bibliotecária veio nos chamar a atenção. Olhei rapidamente para o lado e os nossos braços e pernas estavam se tocando. Eu estava tão ciente do contato físico que doeu dentro de mim. Eu queria que aquela paz durasse para sempre e aquele momento não acabasse nunca.

"Florença, na Itália" ela leu. "Sydney queria ir para lá. Ela queria estudar lá, na verdade. Se Abe conseguisse isso, eu acho que ela lhe serviria por toda a vida."

"Ela é muito obediente. Eu não a conheço bem, mas tenho certeza que Abe sabe algo sobre ela."

"Ele a trouxe da Rússia, de volta para os EUA"

"Tem que ser mais do que isso. Alquimistas são leais à sua ordem. Eles não gostam de nós. Eles se escondem, eles são treinados para isso, cada minuto que ela passa com os Keepres é uma agonia. Para ela nos ajudar e trair seus superiores deve ser por algum motivo sério. Mas é irrelevante agora. Ela está nos ajudando, e é que o que importa... e provavelmente agora devemos voltar até ela." Falei percebendo que havíamos passado muito tempo ali e já estava ficando tarde.

“Mais um" falou Rose. Justo ela que não gostava de ler. Nossa, que progresso! Parecia que ela tinha gostado da brincadeira com os livros. Ela entregou o livro para mim e eu abri em uma página aleatória.

"São Petersburgo" admirei as torres e cúpulas hipnotizantes, as cores contrastantes. Eu amava São Petersburgo. Era quase como estar em casa. Algo doeu no meu peito. Era um lugar para onde eu não poderia mais voltar.

“Ei" disse Rose, me acotovelando "Você deve aproveitar o local onde estiver, lembra? Não o local onde você não pode ir."

"Como você ficou tão sábia?" Eu a provoquei, disfarçando a meus sentimentos.

"Tive um bom professor." Ela sorriu para mim e eu não pude deixar de sorrir de volta. "É por isso que você fugiu comigo? Para conhecer o mundo?"

Fiquei surpreso. A mesma pergunta de sempre.

Ela fez essa pergunta várias vezes para mim desde que saímos da Corte, e parecia adivinhar a hora de fazer. Sempre quando eu sentia as coisas mudando dentro de mim ela perguntava ‘porque você fugiu comigo?’. Era como se ela pudesse ver a mudança ocorrendo. Era como se, dentro dela, ela soubesse a resposta e quisesse ouvir de mim mesmo. Como eu poderia responder com sinceridade a esta pergunta?

"Você não precisa de mim para ser sábia, Rose. Você está se saindo bem sozinha. Sim, este foi um dos motivos. Talvez eu tivesse sido recebido de volta, mas havia o risco de não ser. Depois... depois de ter sido um Strigoi" eu me esforcei para que as palavras saíssem de forma firme e não ficassem presas na língua "eu ganhei uma nova apreciação pela vida. Demorou um pouco. Eu ainda não estou lá. Estamos conversamos sobre focar o presente, não o futuro, mas é o meu passado que me assombra. Existem rostos. Mas quanto mais eu vejo o mundo da morte, mais eu quero abraçar a vida. O cheiro dos livros, o perfume que você usa. A forma como o sol entra pela janela. Mesmo o gosto do café da manhã com os Keepers. " Eu senti que estava me abrindo para Rose. Mas, naquele momento, não quis me conter. Era bom estar com ela assim, mesmo que fosse só amizade. Eu percebi isso também. Ela não era só a mulher que eu amava, mas era uma amiga, uma companheira, uma pessoa a quem eu podia confiar meus medos, meus traumas. Uma pessoa que me entendia.

"Você é um poeta, agora."

"Não, só estou começando a perceber a verdade. Eu respeito a lei e a forma como nossa sociedade funciona, mas não havia nenhuma maneira de perder a minha vida em uma prisão, depois de encontrá-la novamente. Eu queria fugir também. É por isso que eu lhe ajudei. Isso e -" eu me dei um freio. Lembrei que ela estava tocando sua vida com Adrian e achei que ela estava ficando bem sem mim. Ela também não estava mais demonstrando que ainda gostava de mim, durante toda essa fuga ela sequer tocou nesse assunto, e eu assumi que era melhor assim. Tinha sido rápido, ela tinha superado o que sentia por mim. Eu não tinha o direito de continuar com essa conversa.

“O quê?" Rose me olhou daquela forma que ela sempre fazia quando tentava me desvendar.

Eu sentei, sem olhar para ela e mantendo meu rosto vazio. "Isso não importa. Vamos voltar até Sydney e ver se ela descobriu algo... apesar de, eu odeio dizer isso, mas eu acho improvável."

"Eu sei. Provavelmente ela desistiu e começou a jogar Campo Minado." Rose soltou uma piada, tentando manter o tom casual.

Na volta para a cafeteria, paramos para comprar um soverte. Rose parecia uma criança lutando contra o soverte de chocolate que derretia. Quando chegamos, Sydney estava lá, no mesmo lugar,com a comida intocada.

“Como é que-" Rose começou. "Ei, você está jogando Campo Minado! Você deveria estar procurando uma conexão com a amante de Eric". Sydney virou a tela na direção oposta a Rose, sem deixar ela ver o que tinha ali.

“Eu já encontrei" respondeu ela com um ar de eficiente. Eu e Rose nos olhamos com ar de surpresa. Nós estávamos no caminho certo. "Mas eu não sei será útil."

"Qualquer coisa é útil. O que você achou?"

“Depois de rastrear os registros e operações bancárias, e me deixe dizer que não foi nada divertido, finalmente encontrei uma pequena informação. A conta bancária agora é nova. Ela foi transferida de outra conta bancária, há cerca de cinco anos. A conta antiga é secreta, está em nome de Jane Doe, mas tinha referências de um parente próximo, no caso algo acontecer com o titular da conta."

"Algum nome de verdade?" Rose perguntou de forma ofegante.

Sydney assentiu "Sonya Karp”.
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Sex Jun 17, 2011 7:25 pm

CAPÍTULO 15

Eu senti meu corpo estremecer. Eu sabia quem era Sonya Karp, aliás, todo mundo da Academia St. Vladmir sabia. Era uma professora que enlouqueceu e se tornou um Strigoi por escolha própria. Isso mesmo. Ela era um Strigoi agora. Olhei para Rose, que estava atônita. Qual ligação ela teria nesse caso? Será que era ela a amante do Eric Dragomir?

“Acho que você sabe quem é" Sydney falou com um sorriso típico dela.

“Claro" Rose exclamou "Ela foi minha professora. Ela enlouqueceu e virou um Strigoi."

"Eu sei" Sydney assentiu.

"Ela não é..." Rose falou com cuidado "Ela não é a amante do pai de Lissa, é?" Ela tinha pensado a mesma coisa que eu.

“Provavelmente não. A conta foi aberta vários anos antes de ela ser acrescentada como beneficiária, que foi logo quando ela fez dezoito anos. Então, se estamos supondo que a conta foi criada na época em que o bebê nasceu, ela ainda era muito jovem. Sonya é provavelmente uma parente."

“Você pode conseguir registros sobre sua família? Se não tiver, algum Moroi tem. Quem era próximo a Sonya? Ela tinha alguma irmã?" Perguntei. Todo aquele plano maluco de Rose estava tomando um sentindo, se tornando concreto, mais uma vez ela estava certa em suas intuições. Tudo parecia bem racional agora e fui ficando ansioso por mais detalhes.

"Não." Sydney abanou a cabeça "Isso seria uma escolha óbvia, no entanto. Infelizmente, ela tem outros familiares, toneladas deles. Seus pais vieram de famílias gigantes, então ela tem muitos primos. Mesmo algumas de suas tias não estão na idade certa."

"Nós podemos pesquisar, certo?" Rose perguntou, ficando ainda mais excitada com as informações. Sydney deu de ombros.

“Há um monte deles. Quero dizer, sim, podemos. Vai levar muito tempo para encontrar a história de vida de todos e, mesmo assim, especialmente se ela estiver escondida o suficiente. Nós teremos muita dificuldade em descobrir se algumas delas é essa mulher que estamos procurando. Ou mesmo se algum deles sabe quem ela é."

Minha mente começou a trabalhar a mil. Como poderíamos estar tão perto e tão distante ao mesmo tempo? Como iríamos obter essa informação? De repente, toda conversa que tive com Rose no caminho da biblioteca voltou a minha mente. Ela comentou que Adrian disse que os guardiões estavam juntando esforços para capturá-la. Eles podiam estar mais perto do que imaginávamos. E se não conseguíssemos provar a sua inocência? O que seria de Rose? Não. Não podíamos perder essa chance de ajudar a Lissa e, conseqüentemente, a Rose. Só havia uma forma rápida de encontrar esse irmão ou irmã de Lissa. Era por meio da própria Sonya Karp. Tínhamos que encontrá-la.

"Uma pessoa sabe quem é Jane Doe" murmurei.

Elas olharam para mim.

"Sonya Karp” eu falei calmamente, ainda arrumando as minhas ideias. Rose jogou as mãos para cima.

“Sim, mas não podemos falar com ela. Ela é uma causa perdida. Mikhail Tanner passou mais de um ano caçando e não a encontrou. Se ele não conseguiu, nós também não conseguiremos.”

Eu me virei e olhei para janela. O dia estava terminando e o céu estava lindo lá fora. A beleza de pequenas coisas era algo que eu estava aprendendo a observar novamente. Eu sabia como encontrar um Strigoi. Qualquer um. Era um mundo que eu queria me manter distante dele, mas agora cabia a mim ajudar nisso. Era um mundo terrível de morte e crueldade. Era um passado do qual eu não conseguia me livrar, que voltava para mim a toda hora. Mas decidi que eu não podia ser egoísta e pensar somente em mim naquela hora. Eu tinha que ajudar Rose, caso contrário ela tentaria sozinha e se colocaria em risco. Eu suspirei e olhei de volta para elas. Eu não podia me colocar na frente de Lissa. Eu não podia colocar meus medos na frente do que quer que fosse. Eu tinha que fazer isso.

"Isso é porque ele não tinha as conexões certas"

“Mikhail era o namorado dela. Ele tinha mais conexões do que ninguém"

Dessa vez, Rose não acompanhou a minha linha de raciocínio. Acho que ela realmente tinha deixado para trás os meus dias como Strigoi. Era como se ela não lembrasse que eu tinha sido um. Ao menos, isso era um bom sinal. Eu tinha como descobrir onde Sonya Karp estava, mas precisava resgatar minha vida como Strigoi. Era isso que eu ia fazer. Estava decidido.

"Será que você pode me emprestar o seu telefone?" Perguntei a Sydney. Ela assentiu com a cabeça e me entregou. Eu olhei para ele, pensando no que faria a seguir. Saí da cafeteria, respirando pesadamente, ainda tentando reunir forças para fazer isso que eu estava pretendendo. Eu disquei um número que eu conhecia bem, apertando os olhos. Era o número de um Strigoi que trabalhava para mim. Ele era bastante fiel, ou bem, até onde um Strigoi podia ser, a mim, quando eu era líder deles. Na verdade, ele tinha me visto em ação várias vezes e sabia que comigo não se podia brincar. Senti que Rose e Sydney vieram atrás de mim. Meu coração estava acelerado, quando uma voz atendeu do outro lado.

"Boris?"

“Sim, quem está falando?" ele respondeu em russo.

“Sou eu, Dimitri" Eu tentei fazer um tom de voz, o mais fria e controlada possível. Eu resgatei minha antiga vida como Strigoi e coloquei toda crueldade que pude na conversa.

“Dimitri? Di-Dimitri B-Belikov? Ah, Claro... olá...Como vai? Você não dá notícias há um bom tempo” Ele gaguejou, obviamente surpreso e atemorizado por ouvir minha voz.

“Claro que sou eu! Eu não tenho tempo para jogar conversa fora com você" Eu falei de forma rápida e feroz. Eu quase podia vê-lo tremer no outro lado da linha. “Você é um irresponsável, Boris! Eu me afasto por uns dias e tudo sai do controle! Você não é capaz de manter nada em ordem!” Eu tinha que parecer o mesmo, que dominava tudo. Eu estava montando um verdadeiro império e realizando uma espécie de revolução entre os Strigois. Mas eles eram muito desunidos e se desorganizavam facilmente. Provavelmente muitas das coisas que eu havia conquistado já estavam perdidas. Quando ele respondeu, sua voz era cautelosa.

“Sim... bem... está tudo bem por aqui. Er, todos seus negócios estão seguros e protegidos, apenas esperando você voltar e retomá-los.” Era óbvio que ele estava mentindo. Nenhum daqueles negócios que eu mantinha estava em ordem. “Você os abandonou, eu ouvi dizer que você tinha morrido numa batalha nos EUA.”

Eu elevei a minha voz com fúria “O QUE? Eu jamais morreria de uma forma estúpida! Você acha que eu seria derrotado de uma forma ridícula dessas? Quem você está pensando que eu sou? Você acha que eu sou um idiota como você? Eu sou invencível, você ainda não se deu conta disso?”

"Bem, talvez você devesse vir aqui, e comprovar isto que está dizendo, essa foi a notícia que correu por aqui.”

"NÃO ME DESAFIE, BORIS! EU PAREÇO MORTO?" Eu gritei colocando ainda mais raiva na voz "NÃO PENSE QUE VOCÊ PODE ME DIZER O QUE FAZER! É VOCÊ QUE FAZ O QUE EU DIGO!”

Pareceu que funcionou, pois quando ele falou novamente, sua voz tremia "Perdão, Belikov. Não foi isso que eu quis dizer, talvez eu tenha me expressado mal...Não estou lhe desafiando... Eu faço tudo, qualquer coisa que você disser. Sempre farei tudo que você mandar."

“Muito bem, eu preciso que você consiga algo urgentemente. Eu preciso encontrar uma pessoa chamada Sonya Karp, eu sei que você conhece muitas pessoas em Montana, o local onde ela foi vista pela última vez."

"Sonya Karp? Eu não conheço ninguém com esse nome."

“EU NÃO ESTOU PERGUNTANDO SE VOCÊ CONHECE! EU ESTOU MANDANDO VOCÊ ENCONTRÁ-LA! EU NÃO TENHO TEMPO PARA DESCULPAS, BORIS! EU PRECISO SABER ONDE ESTÁ SONYA KARP. SE VOCÊ NÃO TIVER RESPOSTAS ATÉ AMANHÃ À NOITE, EU VOU LHE ENCONTRAR, LHE PARTIR EM PEDAÇOS E DEPOIS, VOU LHE DEIXAR NO SOL ATÉ MORRER. EU ACABO COM VOCÊ, ESTÁ OUVINDO? ACABO PESSOALMENTE COM VOCÊ E VAI DOER, MUITO". Eu elevei a minha voz para ele saber que eu não estava brincando. Não era um pedido. Era uma ordem. “SERÁ QUE EU FUI POUCO CLARO?”

"N-Não, B-Belikov, eu entendi tudo perfeitamente. C-Claro que eu vou ter as respostas para você."

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Mensagem por shadowangel Sáb Jun 18, 2011 4:12 pm

CAPÍTULO 16

Desliguei o telefone e devolvi a Sydney. Vi que Rose me olhava de forma aterrorizada e preocupada. Sentindo o peso de todo aquele abalo emocional, me apoiei na parede lutando contra os sentimentos que tomavam conta de mim. Olhei para o céu e tentei respirar fundo.Toda aquela sensação de quando eu era um Strigoi tinha voltado. Aquela necessidade de dominar tudo, aquela sede por sangue, aquele prazer mórbido pelo sofrimento alheio, aquela ganância por poder. As memórias daquele período passaram na minha frente como um filme. Os rostos das pessoas inocentes que matei, a sensação de sentir a vida delas se esvaindo nos meus braços. Eu ainda podia sentir o sangue de todas elas na minha boca, eu ainda podia ouvir seus gemidos de agonia e dor. A diferença era que aquilo, que antes me dava um prazer indescritível, hoje estava me afundando num buraco negro de sofrimento. Eu jamais poderia ser perdoado por tudo que fiz. Eu nunca seria digno de perdão.

Lembrando que Rose e Sydney ainda estavam ali, me observando e esperando uma resposta, tentei me recompor, mas minhas emoções ardiam dentro de mim. Reunindo todo auto controle que eu podia, acalmei meu rosto, olhei para elas e expliquei resumidamente o que eu pretendia com aquela conversa.

"Eu mandei alguém perguntar sobre ela. Pode não funcionar. Strigois dificilmente mantém um banco de dados. Mas, ocasionalmente, mantém o olho um no outro, mesmo que apenas para sua própria auto-preservação. Nós vamos descobrir logo se houver alguma pista."

"Eu... Nossa. Obrigada" Rose se atrapalhou com as palavras. Ela não devia me agradecer por nada. Tudo que eu fizesse por ela jamais compensaria todo mal que eu lhe causei.

"Devemos voltar para os Keepers... a menos que você ache que aqui tem algum lugar seguro para ficar" Falei para Sydney, ainda tentando me manter controlado.

"Eu prefiro ficar fora da civilização" Sydney respondeu "Além do mais, eu quero as chaves do meu carro de volta."

Eu dirigi de volta, sem dar uma palavra sequer, tentando me concentrar na estrada em vez dos meus sentimentos. Mas eu não estava conseguindo. Eles ainda estavam ali, vivos e queimando dentro de mim. Tudo que eu queria era chegar logo, me trancar no quarto e ficar um pouco sozinho, mas a viagem de volta pareceu demorar dez vezes mais do que a de ida.

Quando finalmente chegamos ao acampamento, a fogueira de sempre estava lá, e duas pessoas nos aguardavam. Um Moroi e um Humano. Nós voltamos para a casa de Raymond e eu senti a necessidade urgente de me deitar. Joshua deu um salto quando entramos. Seus olhos se iluminaram quando ele viu Rose. E, logo, outro conflito me invadiu, como se eu não já tivesse preocupação suficiente, ainda tinha esse ciúme cego que eu estava sentindo por Rose.

"Rose! Você voltou! Estava começando a me preocupar... Quero dizer, não que alguma coisa pudesse acontecer com você, não com suas habilidades, mas que você tivesse ido embora"

"Não sem o nosso carro" Sidney falou rapidamente. Ela pegou as suas chaves na mesa e deixou as da caminhonete. Nós recusamos a comida oferecida por Sarah, pois havíamos feito um lanche quando paramos para abastecer.

"Bem" começou Sarah "se vocês não vão comer, então podem se juntar aos outros na fogueira. Jess McHale vai cantar esta noite, se eles a fizerem beber o suficiente, e bêbada ou sóbria, ela tem a melhor voz que já ouvi.”

Eu preferiria ficar dentro da casa, mas Sydney decidiu que iria, então eu tinha que ir com ela, meu instinto de guardião jamais permitiria que eu ficasse deitado, mergulhado em sofrimento, enquanto havia uma pessoa precisando de proteção.

"Você quer conhecer minha caverna?” Joshua perguntou a Rose “Ainda tem um pouco de luz do sol, assim você terá uma visão melhor do que se usarmos uma tocha.”

Eu não resisti e olhei desaprovadoramente para ela, na esperança dela lembrar da conversa que tivemos na ida para a cidade. Eu não gostava de ver Rose com aquele garoto. Na verdade, eu não gostava de ver Rose com outro cara, quem quer que fosse ele. Mas ela, como se tivesse me desafiando, falou de forma incisiva, como se estivesse mandando a mensagem que eu não tinha mais nada a ver com a vida dela.

"Claro, eu adoraria"

Eu olhei para ela, com o coração pesado, enquanto ela se afastava. Sydney e eu fomos para a fogueira onde a reunião estavam apenas começando. Éramos definitivamente as pessoas mais desanimadas de lá, uma alquimista tímida e apavorada e um guardião fechado, cheio de traumas.

Todos estavam reunidos, bebendo, rindo e conversando sobre coisas que eles costumavam fazer. Sydney e eu assistíamos tudo educadamente, sorrindo e batendo palmas, quando necessário. Jess McHale realmente era uma boa cantora, mas eu só conseguia pensar em Rose que não voltava daquela caverna. O que será que estava acontecendo? Porque ela demorava tanto? Finalmente, vi Rose e Johua se aproximando. Notei imediatamente algo em seu pulso. Ela realmente estava flertando com ele e pior, estava o encorajando. Decidi manter meu rosto ilegível, tentando mascarar meu ciúme ridículo.

Rose começou a caminhar em nossa direção, atraindo vários olhares. Não sei se o motivo era sua beleza ou aquela sua atitude com Joshua. Foi quando notei Angeline andando sorrateiramente atrás dela. Aproveitando o elemento surpresa, Angeline virou o punho no rosto de Rose, dando um golpe certeiro em seu rosto.

Logo, os anos de treinamento de Rose se mostraram. Ela saiu da linha de ataque de Angeline e se posicionou defensivamente, com os punhos fechados e olhos atentos, seu corpo todo pronto para o combate.

"Ok" Angeline rangiu "É hora de descobrir se você realmente é boa."

Lembrando das palavras de Sydney de que aquele povo era selvagem e que nós devíamos sempre estar prontos para lutar, me coloquei em pé, pronto para ajudar Rose na briga, mas logo um grupo que estava perto de mim me disse algo que me fez parar.

“Parado! Você não deve interferir em nada agora.”

“Por que não?” Perguntei

“Angeline está lutando com ela por causa de Joshua. É o nosso costume, ela tem que lutar provar para família que é boa o suficiente para ele. Depois, é aí que você entra. Você terá que lutar contra Joshua, fazendo o papel de um parente dela, isso se você tomar partido. Só assim o noivado será confirmado”. Um homem Moroi me explicou resumidamente e eu contive meu impulso de dar uma gargalhada. Claro. Se um rei ou rainha era escolhido com uma batalha, um casamento deveria seguir a mesma lógica. Se não fosse pela história do noivado, eu não acharia nada mau lutar contra Joshua. Ele estava mesmo merecendo uma boa sova.

Angeline começou a provocar Rose, mas ela se conteve em atacar, tentando entender o que estava acontecendo. Eu vi que Rose olhou para mim algumas vezes, como se pedisse ajuda, mas eu me limitei a cruzar os braços. Não pude deixar de sorrir daquela situação onde ela se meteu. Eu bem que tinha avisado para ela não levar aquela história adiante. Bem feito para ela!

Rose estava muito cautelosa, claramente querendo evitar a briga. Eu acreditava que Rose venceria facilmente. Elas ficaram naquela dança provocativa por um tempo até que Angeline bateu no seu joelho, a fazendo tropeçar, e começou a empurrá-la mais. Aquilo acendeu uma faísca dentro de Rose que a fez entrar na briga, partindo ofensivamente, fazendo a platéia vibrar. Rose acertou alguns golpes e levou outros, até que conseguiu se colocar em posição dominante. Quando a luta parecia terminada, Angeline puxou Rose pelo cabelo, a tirando do combate. Mas Rose tinha muito mais técnica do que ela e logo conseguiu prender Angeline novamente. Rose tinha vencido.

"Tudo bem" Angeline suspirou vencida "Eu acho que está tudo bem. Vá em frente.”

"Hã? O que está tudo bem?" Rose falou ofegante.

"Está tudo bem se você se casar com meu irmão."


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Mensagem por shadowangel Dom Jun 19, 2011 1:58 pm

CAPÍTULO 17


“Não é engraçado!" Rose exclamou.

"Você está certa" concordou Sydney sorrindo "Não é engraçado. É hilário!"

Estávamos de volta ao nosso quarto. Eu me encostei na parede, de braços cruzados, ainda rindo de tudo isso. Rose ainda estava irritada com o seu 'noivado' com Joshua. Para ser honesto, era um costume estranho, mas era sua culpa ter sido colocada neste tipo de situação.

"Parem com isso!" Ela falou apertando o maxilar, onde Angeline tinha dado um soco.

"Eu lhe disse para não incentivá-lo" eu falei, fazendo um ar de sabe tudo.

"Tanto faz. Você não podia adivinhar que isso ia acontecer. Você simplesmente não queria que eu-" Ela se interrompeu.

O quê que eu não queria? O que ela estava pensando? Ela sempre foi capaz de adivinhar meus pensamentos, mas neste caso não precisaria adivinhar nada. Eu tive crises explícitas de ciúmes. Justo eu que era tão bom em esconder meus sentimentos. Ela se virou para Sydney.

“Você conhecia este costume?"

"Não" ela admitiu "Mas eu não estou surpresa. Eu disse que eles eram selvagens. Problemas comuns são resolvidos com lutas como essa."

"É estúpido... Apesar dela não ser tão ruim. Sem técnica, mas não é ruim. São todos brigões? Os humanos e Morois?"

"Esse é o meu entendimento."

"E é por isso que Strigoi não os incomodam" Rose murmurou, sentindo as contusões.

Aquelas palavras dela me fizeram lembrar da conversa que eu havia tido com Boris. E fez toda a minha diversão desaparecer. Eu olhei pela janela, pensando em tudo que ainda tinha que enfrentar.

"Eu deveria falar com Boris novamente e ver o que ele conseguiu. Não vai demorar muito. Nós todos não precisamos ir." Virei para Sydney. “Eu poderia levar o seu carro, já que só precisamos nos afastar um pouco" Ela encolheu os ombros e peguei as chaves.

"Você deveria ir também" Rose disse a ela rapidamente "Eu preciso checar Lissa. Geralmente consigo vigiar o que acontece ao meu redor enquanto faço isso, mas seria melhor que você estivesse longe, especialmente se algum Alquimista aparecer”.

“Eu duvido que eles venham à noite, mas realmente não quero ficar por aqui, se você vai ficar encarando o espaço."

Ela não precisava vir comigo. Eu não queria que Sydney ouvisse o que eu ia falar. Eu me sentiria melhor se tivesse sozinho, assim eu poderia me recompor sem assustar ninguém. Eu também não me sentia bem em deixar Rose lá sozinha. Ela pensava que podia vigiar e checar Lissa o mesmo tempo, mas eu sabia que não podia. Várias vezes ela foi pega de surpresa por estar na cabeça de Lissa. Mas vi que era inútil protestar contra Sydney. Ela já tinha decidido vir comigo e ela não era uma pessoa na qual eu tinha influência, como Rose. Mas, entre Sydney e Rose, achei que era melhor que Sydney me acompanhasse. Rose deveria ter memórias horríveis minhas como Strigoi e eu não queria que ela revivesse aqueles momentos.

Partimos deixando Rose sentada sozinha no quarto. Nós dirigimos por aproximadamente dez minutos, quando paramos. Eu verifiquei o sinal do telefone. Sentindo novamente o peso daquela tarefa, saí do carro, respirei fundo e disquei o número. Boris atendeu, em russo, no outro lado da linha.

"Alô?"

"Boris? Sou eu, Dimitri" Eu estava falando em russo.

"Oh, sim, olá. Eu ainda não sei onde está Sonya Karp, você me deu até amanhã à noite, ainda não estamos lá e-"

“Você não sabe?” Falei no tom mais sinistro que pude.

"Er, não, mas eu-"

"COMO VOCÊ NÃO SABE? NÃO BRINQUE COMIGO BORIS! EU DISSE A VOCÊ QUE ESSA INFORMAÇÃO ERA URGENTE, EU VOU LHE CAÇAR E ACABAR PESSOALMENTE COM VOCÊ! COMO VOCÊ OUSA A ME DESOBEDECER E NÃO FAZER O QUE EU MANDO? NÃO EXISTE MANEIRA DE EU NÃO LHE ENCONTRAR E VOCÊ SABE DISSO!” eu coloquei toda fúria que pude reunir dentro de mim na voz, meu coração estava disparado de raiva e minha vista turva, meu corpo todo tremia com aquelas emoções que eu estava deixando sair. Eu realmente sentia ódio por ele. Eu odiava todos os Strigois, se eu pudesse, exterminaria todos eles.

"Não, não, por favor, me ouça, só um momento-" A voz dele ela aterrorizada.

“O QUE FAZ VOCÊ PENSAR QUE PODE ME DIZER O QUE FAZER? BORIS, VOCÊ ESTÁ ESTRAPOLANDO TODOS OS LIMITES, ESTOU PERDENDO A PACIÊNCIA COM VOCÊ! VOCÊ ESQUECEU DE QUEM SOU EU? EM TÃO POUCO TEMPO?”

"De forma alguma, Belikov... Eu jamais pensei isso de você... Eu só estava dizendo que eu conheço alguém que sabe onde Sonya Karp está, mais ainda não consegui falar com ele."

"Quem?" Eu ainda estava me recobrando, minhas emoções tinham sido tão fortes, que eu nem percebi que eu tinha misturado inglês com russo. Eu esperava que Sidney não se ficasse muito assustada comigo.

"Seu nome é Donovan. Eu acho que você conhece. Ele vive em Lexington, Kentucky."

"Kentucky? Eu disse que ela foi vista em Montana! Boris, se você está tentando me enganar, eu nem sei do que eu sou capaz! A morte vai ser muito pouco para você! Eu vou lhe torturar por muito tempo, vou lhe deixar sem sangue, vou lhe partir inteiro!"

“De jeito nenhum, Belikov, jamais tentaria lhe enganar. Eu sei perfeitamente do que você é capaz, eu não seria louco de fazer algo que lhe desagradasse” Ele estava completamente em pânico.

“Eu estou realmente sem paciência para toda essa conversa cheia de desculpas e justificativas, Boris! Fale logo o que você sabe!”

“Eu liguei para todo mundo que eu podia, honestamente, eu liguei. Donovan, foi a pessoa mais próxima que pude encontrar. Ele é dono de um studio de tatuagem. Às vezes, ele se alimenta de clientes, às vezes ele realmente faz tatuagens. Ele conhece essa Sonya Karp, ela cultiva algumas ‘ervas’ para ele. Eu vou conseguir falar com ele e lhe retorno com o lugar exato de onde ela está e-"

“Eu mesmo vou encontrar com ele e ter essas informações, já que um inútil como você não consegue!"

"V-Você v-vai p-pessoalmente?” Sua voz ficou mais aterrorizada, se isso ainda era possível.

"Sim. E é melhor que ele tenha a informação correta. Para o bem dele e para o seu.”

"E-Ele t-terá." Boris gaguejou.

“Assim eu espero. Porque se não ele não tiver, é você quem vai pagar. Você vai se arrepender de um dia ter existido.”

“S-Sim, B-Belikov. Ele vai ter a informação que você quer."

Eu desliguei o telefone, me apoiando no carro. Olhei para o céu. Minhas pernas estavam fracas e acabei desabando no chão. Sydney ficou ali, me olhando, sem saber o que fazer. Tentei me recobrar, mas desta vez, estava sendo muito difícil. Eu comecei novamente a ver os rostos das pessoas que eu havia matado. Eu comecei a lembrar de todas as coisas sujas que eu fazia, os negócios torpes com os quais eu lidava, coisas que destruíam a vida de tantas pessoas, direta e indiretamente. As palavras de Boris ecoavam pelos meus ouvidos ‘Eu sei perfeitamente do que você é capaz’. De fato, eu era capaz de coisas horríveis, ele não estava apavorado à toa. Por que a minha vida tinha seguido aquele caminho? Por que aquilo tinha acontecido comigo? Porque aquele Strigoi me transformou? Porque ele simplesmente não me matou? Eu tentei buscar algo bom dentro de mim e só conseguia pensar em Rose. Era por ela que estava fazendo tudo isso. Era a única maneira de eu me sentir um pouco melhor. Pensar que estava ajudando a Rose era um escape para tudo isso. Depois de um tempo, Sydney se arriscou falar comigo.

“Será que podemos voltar agora?"

Assenti com a cabeça e levantei em silêncio. Voltamos para o acampamento, sem dar uma palavra sequer no carro.
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Mensagem por shadowangel Dom Jun 19, 2011 2:01 pm

CAPÍTULO 18


Quando chegamos ao acampamento, fomos direto ao quarto e Rose ainda estava lá, sentada num canto, imóvel. Como eu disse, ela realmente ficava vulnerável quando observava Lissa, tanto que ela nem viu quando entramos. Qualquer pessoa poderia ter a atacado facilmente. Toquei seu braço levemente. Não houve resposta.

“Rose” chamei seu nome suavemente, mas ela ainda não respondeu. Sydney fez um ar de preocupação.

“Rose?” falei de forma mais incisiva. Ela piscou rapidamente, como se despertasse de um transe e olhou para nós.

“Ei" ela respondeu. "Vocês voltaram. Ligaram para o Strigoi?" Eu tentei manter meu tom de negócios.

"Sim. Eu consegui falar com Boris."

Sydney fechou seus braços em volta de si mesma, numa típica atitude de auto proteção. De repente, me dei conta de que deve ter sido péssimo para ela ter ouvido aquela conversa.

"Conversa maluca. Uma parte foi em Inglês. Foi mais assustadora do que a anterior" disse ela e tive a impressão de ver Rose estremecer.

"Mas você descobriu alguma coisa?" Rose perguntou, tentando manter o tom casual.

"Boris me deu o nome de um Strigoi que conhece Sonya e provavelmente sabe onde ela está. Na verdade, é alguém que eu conheço. Mas telefonemas não adiantam muito com Strigois. Não há maneira de contatá-lo, exceto pessoalmente. Boris só tinha a localização dele."

"Onde ele está?" ela perguntou de forma excitada.

"Lexington, Kentucky."

“Ah, pelo amor de Deus. Porque não as Bahamas? Ou o Palácio de Milho?"

Eu me esforcei para que meu pequeno sorriso não se transformasse num grande sorriso. A nossa escapada para biblioteca, agora era apenas uma doce lembrança. Ela tinha gostado mesmo do Palácio de Milho... Só mesmo Rose para me fazer sorrir depois daquela conversa monstruosa. Concentrei na nossa próxima missão.

“Se sairmos agora, podemos chegar antes de amanhecer" Falei e Rose olhou em volta.

"Escolha difícil. Deixar tudo isso por eletricidade e água encanada?” Ela ironizou.

“E sem propostas de casamento" Sydney se divertiu.

"E nós provavelmente teremos de lutar com Strigois" eu disse e Rose se levantou imediatamente.

"Quando podemos ir?"

Deixar os Keepers foi custoso, eles geralmente não eram muito hospitaleiros, mas nós éramos uma espécie de celebridade para eles. No caso de Rose, o interesse era maior, afinal, ela tinha entrado numa luta de noivado. Com relação a mim, eu percebi que as mulheres começaram a flertar abertamente, depois que perceberam que Rose não estava comigo. Justo eu que não conseguia pensar em romances depois de ser um Strigoi. Eu mal conseguia afastar os sentimentos por Rose, como poderia me envolver com outra garota? Tentei agir de forma indiferente com elas, porém educada.

Sydney prometeu que os alquimistas viriam com mais suprimentos, em breve. Eu percebi, de longe, Rose conversando algo com Angeline que pareceu pedir algo, mas tinha ficado muito chateada em receber um ‘não’ como resposta.

Já na estrada, eu tentei convencer Sydney a me deixar dirigir, mas ela estava irredutível. Ela digitou o endereço de Donovan no GPS e seguimos. O percurso seria de seis horas. Considerando que não aconteceria nada mais dentro do carro, Rose e eu concordamos que poderíamos dormir um pouco, já que precisaríamos de energia para o que viria. Rose tentou dormir, mas como eu, parecia ansiosa demais para isso. Logo, notei o olhar vazio em seu rosto, um olhar que indicava que ela estava na cabeça de Lissa.

Tentei relaxar. Eu nunca iria dormir se não tentasse. De repente, eu fui arremessado na escuridão de um pesadelo.

Eu andava pela rua, numa área residencial. Era noite, tarde da madrugada, mas eu via tudo como a claridade de um dia de sol. Eu era um Strigoi. Eu sentia o cheiro forte vindo de dentro das casas. Cheiro de humanos. Foi quando um cheiro particular despertou os meus sentidos. A sensação de desejo foi tomando conta de mim, eu precisava ter o sangue daquela pessoa. Andei rapidamente, até que encontrei o que queria. Por uma janela vi uma mãe que acalentava seu filho, um bebê que chorava. Era esse o cheiro que eu sentia. O cheiro do bebê. A mulher colocou um termômetro nele e logo depois tirou com uma expressão preocupada. Ela resolveu sair eu me coloquei em frente a casa. Quando ela me viu, de longe, na calçada, falou “Senhor, você pode me ajudar a conseguir um táxi? Meu filho está doente, preciso levá-lo ao hospital”. Numa fração de segundos, eu estava do lado dela quando falei ironicamente “Claro que posso lhe ajudar”. Avancei em seu pescoço, ela lutou por uns instantes mas, logo depois, sua expressão passou para alucinada e rapidamente, ela estava morta, sem sangue. Ainda com sede, peguei o bebê, que ainda chorava, no carrinho. Sorri e disse “Sempre deixo o melhor para o fim”.

Acordei com um sobressalto. O suor escorria pela minha testa, não era um sonho, era uma lembrança do que havia de fato acontecido. Minha respiração estava pesada e senti as lágrimas saírem involuntariamente dos meus olhos. Como eu fui capaz de fazer uma coisa terrível daquelas? O pior é que tinha feito várias coisas piores que esta. Tentei me recompor, me conscientizando da presença de Sydney. Respirei fundo, fechando os olhos.

"Tudo bem?" Sydney perguntou com uma voz baixa, me olhando pelo espelho retrovisor.

"Sim" eu falei forçando uma voz firme e enxugando as lágrimas.

Ela não perguntou mais nada e eu fixei meus olhos na janela, olhando a estrada. “Isso é passado” eu repetia para mim mesmo “Foi só um pesadelo”. Eu continuava dizendo mentalmente, tentando controlar minhas emoções.

Olhei para Rose, era algo que sempre me acalmava, e vi que ela ainda assistia o que se passava com Lissa. O que será que se passava na Corte? Rose bem que podia me deixar um pouco a par do que estava acontecendo... Verifiquei o GPS. Faltava pouco tempo para chegarmos. Foi quando Sydney deu uma freada brusca no carro e tirou Rose do seu transe.

“Desculpe. Aquele idiota me cortou” Sydney falou.

Rose respirou fundo, tentando controlar uma raiva que iluminou o seu rosto. Eu desconfiava que aquela escuridão do espírito tinha algo a ver com isso. Uma simples freada de carro não era motivo para se irritar tanto. Estávamos chegando numa área residencial. Ela olhou em volta e perguntou onde estávamos.

“Na periferia de Lexington” Sydney respondeu
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Seg Jun 20, 2011 8:39 pm

CAPÍTULO 19

Nós paramos para abastecer, Sydney colocou o endereço de Donovan no GPS e vimos que estávamos há oito quilômetros de distância.

"Não é uma boa parte da cidade, pelo que ouvi" eu disse a elas "Donovan tem um studio de tatuagem que abre apenas à noite. Alguns Strigois trabalham com ele. Eles preferem bêbados e festeiros... o tipo de pessoas que podem facilmente desaparecer. O tipo que os Strigois amam."

"Parece que a polícia acabaria percebendo que toda vez que alguém vai fazer uma tatuagem, desaparece" salientou Rose. Eu sorri, mesmo sem querer. Rose sempre tinha uma tirada inteligente e eu estava tentando me manter calmo.

“Bem, o 'engraçado' é que eles não matam a todos que chegam. Eles realmente fazem tatuagens em alguns deles e os deixam ir. Eles contrabandeiam drogas ali também."

“Com certeza, você sabe muito." Rose falou.

“Era parte do meu negócio saber muito, e Strigois tem que manter um teto sobre suas cabeças também. Eu conheci Donovan há um tempo e conseguia a maior parte disto direto da fonte. Eu só não sabia exatamente onde ele trabalhava até agora.”

Donovan era um Strigoi muito antigo e dominante nessa região. Ele tinha muitos negócios por aqui e usava o studio de tatuagens como fachada. Certa vez eu tive que encontrá-lo para mostrar a ele quem mandava. Quando eu comecei a ascender no mundo deles, ele mandou algumas ameaças para mim. Então, quando eu vim da Rússia para América, caçando Rose, mandei um ‘recadinho’ para ele me encontrar. Foi uma briga feia, da qual eu não gosto de lembrar, ele ainda tinha sorte de estar vivo. Ele era antigo e muito forte, mas eu era um dhampir muito bem treinado. Toda minha técnica de guardião tinha sido potencializada quando fui transformado num Strigoi, me deixando altamente letal. Eu consegui vencer a luta, mas não o matei, afinal, cada região precisa ter alguém no comando e, além do mais, o deixando vivo, ele adquiriu uma dívida comigo. Mas, o importante é que ele agora sabe exatamente quem sou eu e sabe do que eu sou capaz.

"Ok, então agora que temos a informação sobre ele. O que fazemos?"

Durante a viagem eu fiquei articulando mentalmente uma maneira de atrair Donovan. Era um plano frágil e perigoso, mas nós tínhamos poucos recursos.

“O atraímos. Vamos enviar para ele um ‘cliente’ com uma mensagem dizendo que eu preciso encontrá-lo. Eu não sou o tipo de pessoa que ele pode ignorar, bem, que ele pudesse ignorar - esquece". Eu não queria explicar qual relação tinha com ele e nem contar que depois da nossa briga, ele se viu meio que obrigado a se tornar uma espécie de sócio em alguns negócios meus. "Uma vez que ele estiver do lado de fora, vamos pegá-lo no lugar que nós escolhermos."

"Eu posso fazer isso." Rose falou prontamente.

"Não, você não pode."

“Por que não?" Sua voz era defensiva.

“Porque eles saberão que você é uma dhampir no instante em que lhe verem. Eles provavelmente sentirão o seu cheiro primeiro. Strigois não têm dhampirs trabalhando para eles, somente humanos." Houve um lampejo de compreensão no rosto de Rose. E logo um silêncio desconfortante invadiu o carro. Olhamos para Sydney.

"Não!" Sydney exclamou "Eu não posso fazer isso!" Eu balancei a cabeça, tentando desesperadamente pensar em outras opções, mas não me vinha nada.

“Eu também não gosto disso, mas não temos outras opções. Se ele achar que você trabalha para mim, ele não vai lhe machucar." Eu tentei falar isso com muita segurança para que ela acreditasse em mim, mas eu senti que não estava funcionando. De fato, Donovan não era louco de invadir meu território. E humanos trabalhando para mim era como se fosse um território meu, já que os Strigois os consideram como objeto. Apesar de desorganizados, até Strigois tem algumas regras de sobrevivência.

"Sim? E o que acontece se ele não acreditar em mim?"

“Eu não acho que ele irá se recusar. Ele provavelmente virá com você para checar as coisas, para ver se você está mentindo e saber se terá que lhe matar." Essas palavras não surtiram muito efeito para encorajá-la.

“Você não pode mandá-la" disse Rose "Eles irão saber que ela é um alquimista. Um desses nunca trabalharia para um Strigoi."

Droga. Eu não tinha pensado em Sydney como uma Alquimista. Somente como uma humana. Agora eu não sabia o que fazer. Com aquela tatuagem no rosto, ela não poderia sequer passar na frente da loja de Donovan. Minha mente estava trabalhando, tentando criar um novo plano, quando Sydney falou.

“Quando paramos no posto de gasolina, eu vi que eles tinham uma prateleira de maquiagens. Nós poderíamos cobrir a maior parte da minha tatuagem com pó".

Maquiagem. Como não tinha pensado nisso. Claro que eu não ia pensar nisso. Eu era bem prático, não entendia nada dessas coisas de mulher. Nunca lembrava que existia maquiagem, nem se quer notava quando uma mulher usava uma. A única vez que pensai em maquiagem na minha vida foi quando comprei um gloss para dar de presente a Rose, mas mesmo assim, foi mais pela intenção de vê-la feliz do que por achar que ela precisasse deste recurso para ficar bonita. Ela já era linda naturalmente. Voltamos até o posto e compramos o único estojo de maquiagem que tinha na loja de conveniência. Rose fez um bom trabalho, conseguindo cobrir magicamente a tatuagem de Sydney, enquanto eu assistia quieto. Eu realmente não entendia nada daquilo, mas aos meus olhos, tinha ficado bom.

Nós seguimos até Donovan e eu apertava meus dentes com a tensão que tomava conta de mim. Demos algumas voltas pela redondeza, tentando encontrar um local adequado para o encontro. A cidade estava praticamente deserta, uma vez que não era um horário para humanos estarem na rua. Encontramos uma passagem deserta um entre dois prédios, um beco atrás do studio de tatuagens, que eu assumi que seria um bom local para o que pretendíamos. Virei para Sydney e expliquei a ela como os humanos agiam perto dos Strigois e como ela deveria se portar para parecer convincente.

"Você tem que fazer um olhar de admiração. Os seres humanos que servem Strigois os adoram e estão ansiosos para agradar. Como eles vivem cercados de Strigois, eles não são mais assustados ou apavorados. Ainda têm um pouco de medo, é claro, mas não tanto como você demonstra agora." Ela engoliu em seco, com um olhar apavorado.

"Eu realmente não consigo evitar." Eu senti meu estômago revirar por estar colocando Sydney nessa situação, mas não tínhamos escolha. Cada um de nós teria que lutar contra o nosso medo. Mais cedo, eu tinha enfrentado os meus traumas. Agora, era a vez dela. Fazia parte da vida. Rose lhe deu um abraço rápido, que, surpreendentemente, ela correspondeu.

"Você pode fazer isso" Rose falou de forma amistosa "Você é forte e eles estão com muito medo de Dimitri, certo?"

Sydney respirou fundo várias vezes, chamando toda força que podia reunir dentro de si mesma. Nós ainda lhe demos algumas palavras de encorajamento, até que ela saiu e seguiu em direção ao prédio.

Eu virei para Rose, que olhava para mim, com olhos pesarosos. Ela realmente gostava de Sydney.

"Podemos estar mandando ela para a sua morte."

"Eu sei, mas não podemos fazer nada agora. É melhor tomarmos nossas posições."

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Mensagem por Convidad Ter Jun 21, 2011 12:40 pm

Olá ! Gostaria de te parabenizar por esta FIC está fantástica, entro todos os dias para acompanhar. Então tenha certeza que você tem pelo menos uma leitora fiel. Não vejo a hora de chegar a parte da luta com os Strigois e entender o porque o Dimitri elogiou os cabelos da Rose, depois da parte que eles ficam juntos na barraca foragidos da polícia, enfim tem tanta coisa ainda para rolar.... Very Happy

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Mensagem por shadowangel Ter Jun 21, 2011 7:08 pm

Gabby escreveu:Olá ! Gostaria de te parabenizar por esta FIC está fantástica, entro todos os dias para acompanhar. Então tenha certeza que você tem pelo menos uma leitora fiel. Não vejo a hora de chegar a parte da luta com os Strigois e entender o porque o Dimitri elogiou os cabelos da Rose, depois da parte que eles ficam juntos na barraca foragidos da polícia, enfim tem tanta coisa ainda para rolar.... Very Happy


Obrigada! Continue acompanhando... Também aceito sugestões!
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