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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

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Mensagem por shadowangel Ter Jul 05, 2011 7:21 am

CAPÍTULO 35
Eu fiquei observando Rose, sentindo o pânico tomar conta de mim. Ela tinha conseguido se recuperar de outras vezes, mas agora, tudo parecia pior.

Ela colocou o colar dado por Sonya e logo sua expressão se tornou serena. Quando ela falou novamente, suas palavras foram bem mais coerentes.

“Isto é um talismã de cura” Rose sussurrou.

“Eu não sabia se ia funcionar com a mente. Eu não acho que será uma cura permanente... Mas entre ele e seus instintos... tudo vai ficar bem por um tempo” Sonya falou para ela.

Rose ficou pensativa por alguns momentos e olhou para o corpo de Victor.

“O quê foi que eu fiz?” ela sussurrou. Jill a envolveu com um abraço.

“O que você precisava fazer” eu respondi, sabendo que aquelas palavras não adiantariam muito. Ela tinha culpa na voz.

Nós resolvemos sair dali. Tínhamos que nos livrar do corpo de Victor. Seria mais fácil se ele fosse um Strigoi, era só deixar ao sol até virar pó. Corpos Morois eram muito mais difíceis de esconder. Mas eu e Sonya tínhamos um passado como Strigoi. E até Strigois têm algumas regras básicas de sobrevivência. Uma delas era manter nossa existência em segredo, não deixando corpos espalhados por onde passávamos. Então tínhamos algumas maneiras infalíveis de esconder corpos, de forma que fizessem com que as pessoas constassem apenas nas listas de ‘desaparecidas’ e não na lista de vítimas de um ‘assassino em série’.

Colocamos Rose no carro, o mais distante possível de Victor. Fomos para um lugar ermo, que havia um desfiladeiro com um lago no final. Colocamos o corpo de Victor envolvido na barraca que tínhamos comprado, amarramos com grandes pedras e o lançamos penhasco abaixo.

Quando voltamos ao carro, não falamos a Rose o que tínhamos feito. Apenas alegamos que o problema estava resolvido.

Tomamos a estrada novamente, agora em direção à Corte. Resolvemos que seria mais prudente que Sonya levasse Jill, uma vez que eu e Rose ainda éramos bastante procurados. Jill queria ligar para seus pais para dizer que estava bem, mas achei isso muito arriscado. Os guardiões podiam ter grampeado os telefones dos Mastranos, ou pior, John já tinha se mostrado que não merecia confiança. Ele podia nos entregar novamente. Sonya acalmou Jill dizendo que tentaria contato com Emily por meio de sonhos.

E Rose... ela estava me preocupando profundamente. Ela estava calada, com um olhar perdido, e sua expressão era como se ela tivesse sentindo uma imensa dor. Apesar dela ainda usar o colar que Sonya encantou, ela ainda tinha um ar alheio a tudo. A todo tempo eu checava como ela estava, pelo canto do meu olho. Até que eu vi que ela estava na cabeça de Lissa.

Resolvi que era tempo de Sonya me dizer o que de fato estava acontecendo com ela.

“Sonya, como funciona essa escuridão do espírito? Eu já conhecia os acessos de raiva dela, mas nunca imaginei que tudo isso pudesse afetar a sua sanidade mental” perguntei com a voz baixa.

“É o espírito. Ela está absorvendo bastante escuridão do espírito de Lissa. Isso trás muito alívio para Lissa mas pode ter conseqüências terríveis para Rose. Eu pude ver toda essa escuridão nela. Eu a avisei que ela era como um barril de pólvora, bastava uma faísca para que tudo isso explodisse.”

“E essa faísca foi a provocação de Victor” eu pensei alto.

“Sim... não era algo que ela pudesse controlar ou impedir. Eu fico surpresa de que ela tenha suportado tanto por tanto tempo. O espírito é um elemento muito poderoso, nós sabemos muito pouco sobre ele. Ele pode levar seus usuários a fazer coisas inimagináveis. Boas e ruins. Rose é uma shadow kissed e sofre com isso tanto quanto um usuário”

Com essas palavras ela ficou silenciosa e pensativa. O carro caiu num profundo silêncio. Quando entramos no perímetro de uma cidade, Sonya sugeriu que encontrássemos um hotel para descansarmos um pouco. Eu concordei com ela que seria bom, Rose havia passado por um abalo mental muito forte.

“O que está acontecendo?” Rose perguntou, voltando da mente de Lissa, enquanto eu parava o carro.

“Estamos parando. Você precisa descansar” falei.

“Não, eu não preciso. Precisamos continuar indo para a Corte. Precisamos colocar Jill lá, há tempo para as eleições.”

Eu olhei para Rose de uma forma que ela conhecia bem “Você estava com Lissa agora. As eleições já estão acontecendo?”

“Não” ela falou hesitante.

“Então você vai descansar”.

Aquele descontrole dela voltou. Ela explodiu.

“Eu estou bem!" Ela gritou e eu tentei acalmá-la, até que Sonya retornou. Ela tinha ido tentar conseguir um quarto, isso era uma tarefa difícil, pois não tínhamos cartão de crédito, restando a Sonya usar a compulsão. Entramos no hotel e fomos para o nosso quarto. Rose ainda estava nervosa, quando paramos em frente a porta.

“Deixe que eu converso com ela sozinho. Eu posso lidar com isso” murmurei para Sonya.

“Tome cuidado. Ela está frágil” Sonya falou preocupada.

“Caras! Eu estou bem!” Rose exclamou. Sua expressão não era nada normal. Ela não estava bem. Qualquer um podia ver que não estava.

Nós tínhamos quartos interligados, então Sonya levou Jill para o quarto do lado e nós ficamos com o outro. Eu abri a porta e a deixei passar, observando cada gesto dela. Rose entrou e sentou na ponta da cama.

“Nós podemos pedir serviço de quarto?” ela perguntou.

Realmente, eu não sabia como começar. Eu olhava para ela, sentindo meu coração apertado. Ela estava muito diferente daquela garota que estava prestes a me interrogar, enquanto esperávamos Victor aparecer naquele estacionamento. Agora, ela estava agitada, com os olhos percorrendo tudo de forma rápida, respirando forte. Eu queria encontrar as palavras certas, mas nada me vinha. Como eu poderia lidar com uma instabilidade emocional daquelas, se eu mesmo não podia lidar com a minha? Mesmo assim, puxei uma cadeira e sentei à sua frente.

“Precisamos conversar sobre o que aconteceu com Victor” falei cuidadosamente. Talvez, se ela começasse a desabafar, pudesse se sentir mais aliviada.

“Não há nada para conversar” ela respondeu friamente.

Mas logo depois, sua expressão ficou sombria e o seu olhar negro. E vi, lentamente, o descontrole tomando conta dela novamente. Parecia que Rose estava andando em uma corda bamba. Eu não estava sabendo como conduzir isto. Eu nunca pude imaginar que a mágica do espírito tivesse um lado tão negro como esse.

“Eu realmente sou a assassina que todos dizem. Não importa que tenha sido com Victor. Eu o matei a sangue frio”

“Aquilo não foi sangue frio” falei tentando chamar a razão para ela, mas foi inútil.

“O inferno que não foi!” Rose gritou, com as lágrimas saindo descontroladamente dos seus olhos. “O plano era segurar ele e Robert. Segurar. Victor não era uma ameaça para mim, ele era um homem velho, pelo amor de Deus!”

Ela estava muito descompensada, mas eu assumi que era melhor que ela soltasse tudo que estava dentro de si. Não havia motivos para que eu a reprimisse, então, apenas mantive a minha calma, tentando ponderar os fatos, de forma que ela conseguisse enxergar que não era tão culpada assim.

“Ele parecia uma ameaça. Ele estava usando magia contra você”

Ela colocou as mãos no rosto, sacudindo fortemente. “Isso não ia me matar. Provavelmente ele só conseguiria manter sua mágica por pouco tempo. Eu poderia ter esperado tudo acabar e ter escapado. Droga, eu escapei! Mas, em vez de capturá-lo, eu o soquei contra uma parede de concreto. Ele não era páreo para mim. Era um homem velho! Eu matei um homem velho. Sim, talvez ele fosse um velho manipulador e corrupto, mas eu não o queria morto. Eu o queria preso novamente. Eu queria que ele passasse o resto de seus dias na prisão, pagando pelos seus crimes. Vivo, Dimitri!”

Eu a observava, enquanto ela dizia estas palavras, sabendo que esse sentimento que ela tinha, reconhecendo seus atos, demonstravam que ela não era fria como estava se considerando. Ela estava se culpando, eu podia ver que ela não ia se perdoar. Rose não era uma assassina fria. Ela agiu movida por uma força maior que ela, que ela não podia controlar. Não era o seu instinto natural.

“Não havia honra no que eu fiz com ele” suas palavras, desta vez, eram quase inaudíveis.

“Sonya disse que não foi sua culpa. Ela disse que foi um efeito colateral do espírito” eu falei gentilmente.

“Foi...” Ela olhou para o nada, com os pensamentos perdidos. “Eu nunca entendi o que Lissa experimentava em seus piores momentos, até então. Eu só olhei para Victor... e vi nele tudo de mal no mundo. Um mal que eu tinha que parar. Ele era mal, mas não merecia isso. Ele nunca terá outra chance”

“Você não está ouvindo, Rose. Não foi sua culpa. O espírito é uma mágica poderosa que nós não conhecemos bem. E o seu lado sombrio... bem, nós sabemos que ele é capaz de coisas terríveis. Coisas que não podem ser controladas."

Ela olhou diretamente para mim, pela primeira vez desde que começamos esta conversa.

“Eu deveria ter sido mais forte. Eu deveria ter sido mais forte. Eu fui fraca”

Um grande remorso passou por mim. Eu tinha colocado essa cobrança na cabeça dela. Eu passei meses a fio, lá na Academia, cobrando que ela fosse forte, imbatível, exigindo o máximo dela. Raramente eu passava para ela lições sobre perdas e derrotas. O resultado era esse.

“Você não é invencível. Ninguém espera que seja” falei, sabendo que era tarde demais para dar essa lição a ela.

“Eu espero. O que eu fiz... foi imperdoável” ela falou, engolindo um soluço.


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Mensagem por shadowangel Qua Jul 06, 2011 9:17 am

CAPÍTULO 36
Aquilo me surpreendeu. Rose estava se cobrando demais. Ela não podia se julgar invencível. Todos nós seremos derrotados algum dia. Eu experimentei isso várias vezes. E em seu caso, era algo praticamente inevitável.

“Isso... isso é loucura, Rose. Você não pode se punir por algo sobre o qual não tinha controle”

“É? Então porque você ainda-“

Ela se interrompeu e eu sabia o porque. Eu estava dando a ela um conselho que eu mesmo não seguia. Eu também me culpei por um longo tempo por tudo que eu fiz quando era um Strigoi, mas agora eu entendia que não era nada que eu pudesse ter evitado. E agora, não era nada que eu podia mudar.

“Quando? Quando mudou? Quando você percebeu que podia continuar vivendo, mesmo com toda aquela culpa?”

Eu olhei para ela, e as lembranças destes últimos dias passaram pela minha mente. Tudo aconteceu tão lentamente em tão pouco tempo. Chegava a ser uma contradição. Cada dia era um pouco que, no futuro, tinha efeitos gigantescos dentro de mim.

“Eu não tenho certeza. Aos poucos, na verdade. Quando Abe e Lissa vieram até mim para lhe libertar, eu estava disposto a fazer isso porque ela havia me pedido. Mas, quanto mais eu pensava nisso, mais isso se tornava pessoal. Eu não conseguia suportar a idéia de você estar trancada em uma cela, isolada do mundo. Não era o certo. Ninguém deveria viver assim, então me ocorreu que era assim que eu estava vivendo - e por escolha própria. Eu estava me isolando do mundo com culpa e autopenitência. Eu tive uma nova chance de viver e estava jogando isso fora.”

Rose me ouvia atentamente. Eu sabia que não era uma hora apropriada para falar com ela sobre todo esse sentimentalismo que me oprimia, que ela ainda estava com toda aquela tristeza a sufocando, mas também sabia que aquela era a conversa que nos devíamos ter tido há algum tempo. Eu não podia mais adiar, não com a nossa vida sendo vivia no limite, desse jeito. Eu queria falar aquilo e se ela estava ouvindo, eu não tinha motivos para me impedir. Isso iria expor todos os meus sentimentos, mas ajudaria a Rose enxergar o que eu não enxerguei, quando fui restaurado.

“Você me ouviu falar sobre isso antes. Sobre o meu objetivo de apreciar os pequenos detalhes da vida. E quanto mais nós continuávamos essa nossa jornada, mais eu lembrava de quem eu era. Não só um lutador. Lutar é fácil. O motivo que nos leva a lutar é que importa, e no beco, naquela noite com Donovan...” senti um calafrio passar por mim “Aquele foi o momento em que eu podia ter cruzado a linha da razão e ter me tornado alguém que luta só pelo prazer da matança. Mas você me trouxe de volta. Você me salvou... da mesma forma com que Lissa me salvou com a estaca. Ali eu soube que deixar minha vida de Strigoi para trás era lutar para ser o que eles não são. Eu tinha que abraçar o quê eles rejeitam: beleza, amor, honra.”

Apesar da tristeza dela ainda ser latente, havia algo na sua expressão que mostrava que algo estava mudando dentro dela. Tive a impressão de ver um pequeno brilho de alegria em seus olhos. E eu, senti que podia confiar nela plenamente.

“Então você deveria entender. Você disse honra. Isso importa. Nós dois sabemos que importa. Eu perdi a minha. Eu perdi naquele estacionamento, quando matei um inocente”.

“Eu matei centenas deles. Pessoas muito mais inocentes que Victor Dashkov” falei sem rodeios.

“Não é a mesma coisa! Você não podia evitar! Porque ficamos repetindo a mesma coisa de novo e de novo?” ela exclamou, com a instabilidade retornando a sua voz.

“Porque elas não estão entrando na sua cabeça! Você também não podia evitar!” falei, sentindo minha paciência se esvair. “Sinta culpa, lamente isso, mas siga em frente. Não deixe isso lhe destruir. Perdoe-se a si mesma.”

Rose se levantou com um rompante e avançou em minha direção se colocando a poucos centímetros do meu rosto. Eu permaneci sentado e fiquei imóvel, tanto pelas palavras que saíram dela, quanto pela proximidade daquele gesto.

“Eu me perdoar? É isso que você me sugere? Você, de todas as pessoas?”

Eu só consegui acenar com a cabeça.

“Então me diga. Você diz que venceu a culpa, decidiu aproveitar a culpa e tudo mais, mas você conseguiu, no seu coração, realmente se perdoar? Eu lhe disse, um tempo atrás, que eu lhe perdoei por tudo que você fez na Sibéria, mas e quanto a você? Você fez isso?”

“Eu só disse-“ela me interrompeu, impedindo que eu dissesse que eu estava falando isso por que queria o seu bem.

“Não. Não é a mesma coisa. Você está me dizendo para eu me perdoar e seguir em frente, mas você mesmo não faz isso. Você é um hipócrita, camarada. Somos ambos culpados ou ambos inocentes. Escolha”.

O que ela estava falando era a pura verdade. Tudo isso era hipocrisia minha. Eu não tinha autoridade para falar aquelas coisas para ela. Eu não podia dar conselhos que eu mesmo não estava disposto a seguir, que eu não conseguia seguir. Mesmo assim, eu senti que não podia deixar que ela me intimidasse. Então, me levantei e a olhei do topo da minha altura.

“Não é assim tão simples”

Apesar da sua pouca altura, Rose não se sentiu intimidada com a minha postura. Antes, cruzou os braços e tomou uma posição desafiante. Eu me preparei para um novo rompante dela, que não veio. Ao contrário, ela falou algo que eu ainda não tinha percebido.

“É assim tão simples. Somos a mesma coisa. Até Sonya diz que somos. Nós dois sempre fomos a mesma coisa e estamos agindo da mesma maneira estúpida agora. Nós nos colocamos em um padrão mais alto do que os outros.”

“Eu-Sonya? O que ela tem a ver com isso?” falei franzindo o cenho. Eu não entendi porque ela colocou Sonya no meio da nossa conversa. Pareceu totalmente fora de contexto.

“Ela disse que as nossas auras combinam. Ela disse que nós nos iluminamos quando estamos perto um do outro. Ela disse que isso significa que você ainda me ama e que estamos em sintonia e...” Rose suspirou e começou a andar pelo quarto pensativa “Eu não sei. Eu não devia ter mencionado isso. Não devíamos acreditar nessa história de auras quando vem de uma usuária de magia que já é meio louca.”

Rose caminhou em direção à janela e encostou sua cabeça no vidro. Eu permaneci calado. Sem conseguir acreditar no que eu tinha acabado de ouvir.

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Mensagem por Convidad Qua Jul 06, 2011 9:31 am

posta mais por favor! eu lhe imploro![/b]

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Mensagem por Jully Qua Jul 06, 2011 12:53 pm

Estou morta de ansiedade para ler o próximo capitulo.......

Acho que não vou aguentar até amanhã!!!!!!!
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Mensagem por shadowangel Qua Jul 06, 2011 11:06 pm

Meninas, não se apavorem!!! Seguem mais um cap que pra mim é uma das melhores partes de toda a série... bjs
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Mensagem por shadowangel Qua Jul 06, 2011 11:07 pm

CAPÍTULO 37


Rose falou aquelas palavras com tanta simplicidade que eu demorei a associar tudo. Se eu me iluminava porque a amava, ela se iluminava por que me amava também. Ela estava, como eu, trancando tudo dentro dela. No final das contas, ela tinha razão. Nós éramos iguais e agíamos da mesma maneira. Tudo estava tão claro. Tão óbvio.

Ela ficou parada na janela, olhando a cidade que se movimentava lá fora e ficou pensativa por alguns minutos.

“Se eu deixar isso me parar” ela murmurou “se eu não fizer nada... então será o mal maior. Eu estaria apenas sobrevivendo. Continuaria a lutar e proteger os outros”.

“Do que você está falando?” perguntei sem saber ao certo onde ela queria chegar. Eu ainda estava sob efeito da revelação que ela tinha feito, não conseguindo mais conter tudo dentro de mim.

“Eu estou dizendo... que eu me perdôo. Isso não deixa tudo perfeito, mas é um começo. Quem sabe? Talvez aquela explosão toda lá no estacionamento fez sair parte da escuridão que Sonya diz estar na minha aura. Cética como eu estou, eu tenho que dar a ela alguma credibilidade. Ela estava certa sobre o limite, sobre o que ela falou que tudo que eu precisava era uma faísca”.

Sonya estava certa sobre tudo sim. Certe sobre Rose, que estava vivendo num limite e explodiu por guardar tudo dentro dela. E certa em relação a mim. Eu ainda amava Rose mais do que tudo. E agora eu sabia que ela me amava, mas de alguma forma nos perdemos um do outro. Eu não podia cometer o mesmo erro que ela e guardar tudo dentro de mim, isso iria me destruir. Esse amor que eu tinha por ela podia ser mais destrutivo para mim do que aquela escuridão do espírito que ela guardava. Rose ainda estava de costas para mim, olhando pela janela.

“Ela também estava certa sobre outra coisa” falei, sentindo minha voz sair trêmula, tudo estava se agitando dentro de mim, os meus sentidos estavam fora de controle. Ela deve ter percebido isso, pois ela virou imediatamente, assim que falei.

“O que seria isso?”

“Que eu ainda amo você”.

Aquelas palavras saíram de forma simples e espontânea, nem de longe refletindo a grande pressão que elas faziam dentro de mim. Eu só conseguia olhar para Rose, como se assim eu pudesse transmitir para ela tudo que se passava em meu interior. Seu rosto estava iluminado e ela sorria suavemente. Eu vi nela aquela companheira que sempre me entendia.

“Desde... desde quando?” ela perguntou, tropeçando nas palavras.

“Desde sempre”.

Não existia outra resposta para essa pergunta. Eu sempre a amei e por mais que eu negasse, não havia como não amar. Era parte de mim. Também não era algo do qual eu tinha o domínio. Eu não tinha mais o direito de esconder isso dela. Mesmo que nunca mais ficássemos juntos novamente.

“Eu neguei quando fui restaurado. Eu não tinha espaço para nada em meu coração, exceto culpa. Eu me sentia especialmente culpado por você, pelo que eu fiz, e a afastei de mim. Eu ergui uma parede para manter você distante. Funcionou por um tempo, mas meu coração começou a aceitar outras emoções. Então tudo voltou. Tudo que eu sentia por você, isso nunca me abandonou. Só estava escondido, até que eu estivesse pronto. E de novo... o beco foi o ponto de mudança. Eu olhei para você... vi sua bondade, sua esperança, sua fé. São essas coisas que lhe fazem tão bonita. Tão, tão bonita.”

“Então, não era o meu cabelo?” era uma atitude típica de Rose, fazer uma piada para esconder seu nervosismo.

“Não. Seu cabelo também é bonito. Tudo em você. A primeira vez que nós nos encontramos, você estava incrível, e inexplicavelmente, a cada dia você foi se tornando melhor. Você sempre teve uma energia pura e crua, e agora você controla isto. Você é a mulher mais incrível que eu já encontrei, e eu estou feliz por ter tido você como o amor da minha vida. Eu me arrependo por ter perdido isso.”

Eu pensei naquela garota que eu capturei em Portland e como ela tinha se tornado uma mulher bem diante dos meus olhos. Ela tinha amadurecido em pouco tempo e hoje eu só podia admirar isso, e mais nada. Como eu queria poder ter Rose de volta. Como eu queria...

“Eu daria qualquer coisa - qualquer coisa – no mundo para voltar e mudar a história. Para ter corrido para os seus braços depois que Lissa me trouxe de volta. Para seguir a vida com você. Mas agora é muito tarde, é claro, mas eu aceito isso.”

“Por que... Por que é muito tarde?” ela perguntou suavemente. Senti a tristeza tomar conta de mim.

“Por causa de Adrian. Porque você seguiu em frente. Não, escute-“ falei interrompendo um protesto dela “Você estava certa em fazer isso, depois da forma como lhe tratei. E, mais que qualquer coisa, eu quero que você seja feliz, depois de limparmos o seu nome e fizermos Jill ser reconhecida. Você mesma disse que Adrian lhe faz feliz, que você o ama.”

“Mas... você acabou de dizer que me ama. Que você quer ficar comigo” ela falou visivelmente afetada com aquelas minhas palavras, pouco se importando com Adrian.

“E eu disse a você: eu não vou perseguir a namorada de outro homem. Você quer falar em honra? Aí está na sua mais pura forma.”

Ela caminhou lentamente em direção a mim. Cada passo que ela dava eu sentia meu corpo ficar cada vez mais tenso e o controle fugir de mim. Ela me olhou dentro dos olhos por um longo tempo, ergueu as mãos e colocou no meu peito, onde o meu coração batia disparado. Eu segurei os seus pulsos, numa tentativa frustrada de afastá-la de mim. Eu não conseguia. O amor e o desejo que eu tinha por ela era mais forte do que qualquer senso de honra que eu pudesse ter.

“Você devia ter me contado. Você devia ter me contado há muito tempo. Eu amo você. Eu nunca deixei de amar você. Você tem que saber disso”

Eu senti que minha respiração estava forte e meu coração não cabia mais dentro de mim. Eu estava diante de Rose dizendo que me amava, que nunca deixou de me amar, apesar tudo, tudo que aconteceu. Aquelas palavras dela era a melhor coisa que eu já tinha ouvido na vida. Ela já tinha me dado várias provas de amor, mas ouvir isso dela era incrível.

O conflito tomava conta de mim eu queria ceder aquele desejo, mas eu não podia trair meus princípios. Mas quais eram esses princípios? Eu apertava os pulsos de Rose, tentando buscar forças para me livrar do seu toque, mas eu estava cada vez mais entregue a ela.

“Não teria feito diferença alguma. Não com Adrian envolvido. Eu estava falando sério. Não serei esse cara, Rose. Eu não sou um homem que toma a mulher de outro. Agora, por favor, Deixe-me ir. Não faça isso ser mais difícil.”

Ela não me atendeu. Ao contrário, espalhou ainda mais as mãos no meu peito e se aproximou, ficando perigosamente perto. Ela inclinou o rosto para mim e me observou atentamente. E eu pude olhar o seu rosto com clareza. Como ela era linda.

“Eu não pertenço a ele. Eu não pertenço a ninguém. Eu faço as minhas próprias escolhas” sua voz era extremamente baixa.

“Você está com Adrian”

“Mas eu deveria estar com você”

Com aquelas palavras o pouco de controle que eu ainda tinha se esvaiu. Tudo que me impedia de chegar a ela, todas as barreiras que ergui, caíram por terra. Eu me entreguei aquela paixão, deixando o meu instinto e desejo tomar conta de mim.

Eu a segurei pela cintura, com um braço, enquanto o outro segurou seu pescoço, a puxando para perto de mim e a beijei. Foi um beijo feroz, cheio do sentimento que eu tanto guardava dentro de mim. Eu sentia que ela também me queria. Eu buscava seu corpo com rapidez, querendo tocar em cada pedaço de sua pele, tocar onde eu pensei que nunca mais tocaria. Eu queria aquilo, eu precisava dela.

Em pouco tempo, nossas roupas saíram e eu a levei para cama. Eu sentia seu corpo quente embaixo do meu, e podia ver o quanto ela queria também. Eu me sentia excitado e sentia a luxuria tomando conta de mim, mas era mais do que isso. Eu sentia que aquilo ali estava me trazendo a minha vida de volta. Tudo que havia se perdido e se corrompido quando me tornei um Strigoi, estava sendo realmente restaurado naquele momento. Eu beijava todo seu corpo, não cansando de repetir seu nome, como se isso fizesse o que estava acontecendo se tornar mais real.

Eu tinha revivido, por tantas vezes na minha memória, aquela nossa noite na cabana, mas a minha imaginação nem de longe podia ser comparada a sensação daquilo acontecendo realmente. O calor dela, os seus beijos me faziam sentir vivo. Vivo.

Quando terminamos, eu a abracei com tanta força, como se isso pudesse diminuir o tempo que passamos longe um do outro. Eu me sentia inundado por Rose, sem imaginar que uma dia pudesse ser tão feliz assim novamente. Eu percorria meus dedos pelo seu corpo perfeito, não cansando de admirá-la.

“Estou feliz por você ter se entregue. Estou feliz por seu autocontrole não ser tão forte quanto o meu” sua voz era sonhadora. Isso me fez sorrir. Eu realmente não me contive com nada, mas tudo que ela não tinha demonstrado ter era autocontrole.

“Roza, meu autocontrole é dez vezes mais forte do que o seu.”

Ela ergueu o rosto, de forma que pôde me olhar nos olhos, jogou os seus cabelos para trás, num gesto gracioso, e sorriu. A expressão dela era incrível. Nunca tinha visto alguém tão linda.

“Ah é? Não foi esta a impressão que eu acabei de ter”

“Espere até a próxima vez. Vou fazer coisas que farão você perder o controle em segundos”

Eu me preparei para uma resposta à Rose Hathaway. Mas esta resposta não veio. Ela ficou séria, me surpreendendo como que ela falou em seguida.

“Talvez não haja uma próxima vez”
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Mensagem por shadowangel Sex Jul 08, 2011 6:17 pm

CAPÍTULO 38


Eu senti meu corpo esfriar. Como não teria uma próxima vez? Do que Rose estava falando? Depois de tantas coisas que passamos, agora que finalmente conseguimos ficar juntos, ela falava que não teríamos uma próxima vez?

“O quê? Porque?” perguntei assustado.

“Temos algumas coisas para resolver, antes que isso aconteça de novo.”

“Adrian” falei. Tinha que se isso. Realmente não podíamos ficar juntos sem resolver isso.

“Ele é problema meu, então coloque seus pensamentos sobre honra de lado. Eu tenho que o encarar e responder por isso. E quanto a você... você ainda precisa se perdoar, se vamos ficar juntos.”

Por que ela tinha que entrar nesse assunto logo agora? Agora tudo parecia estar retomando o seu curso natural, ela me lembrava do meu passado como Strigoi. Como eu podia superar isso? Não era tão fácil assim. Eu não sabia como perdoar, eu não conseguiria isso. Eu não sentia culpa porque queria.

“Rose-“

“Estou falando sério” ela me olhou nos olhos e pude ver que era algo resolvido. Ela estava decidida a manter sua palavra “Você tem que se perdoar. De verdade. Todos os outros já o fizeram. Se você não pode, também não conseguirá seguir em frente. Nós não vamos poder”.

Eu sentia que Rose não estava me colocando contra a parede. Ela estava fazendo uma aposta em mim. Ela estava fazendo aquilo pelo meu bem. Mas eu não via como fazer isso. Não era uma tecla mágica que eu apertaria dentro de mim e faria tudo acontecer. Existia muita cura interior pela qual eu teria que passar.

“Eu não sei. Não sei se posso... se eu estou pronto.”

“Então, decida-se logo. Não precisa ser nesse momento, mas terá que fazer algum dia.”

Ela deitou no meu peito e eu fechei os olhos, revivendo tudo que tinha acontecido e tentando prolongar aquele momento. Há poucas horas eu jamais imaginaria que tudo isso aconteceria e agora eu não conseguia mais imaginar viver sem ela. Eu ia buscar o que ela tinha me pedido. Seria difícil, mas eu buscaria o perdão.

Ainda com Rose ali, junto a mim, relaxei e dormi, exausto.

Quando acordei, percebi que Rose não estava mais junto de mim. Virei até ela e vi que ela estava com aquela expressão que eu conhecia bem. Ela estava na mente de Lissa. Olhei o relógio e vi que ainda tínhamos algum tempo antes de Sonya vir nos chamar. Resolvi levantar e tomar um banho. Quando estava terminando de vestir a roupa, escutei batidas leves na porta que dava para o quarto de Sonya. Eu abri uma pequena brecha e ela estava com uma expressão preocupada.

“O gerente do hotel me procurou, disseram que o nosso check in foi irregular. Eu o compeli de que estava tudo normal, mas não podemos fazer isto a vida inteira. Precisamos sair daqui. Logo. Rose já levantou?” ela perguntou, tentando esticar os olhos para dentro do quarto. Eu permaneci segurando a porta, embora de alguma forma, ela parecesse saber o que havia acontecido entre nós.

“Sim. Rose já levantou. Agora ela está na mente de Lissa. Vou chamá-la e estaremos prontos para sair em poucos minutos” falei fechando a porta.

Fui até Rose e a chamei. Ela não respondeu. Ultimamente ela parecia ficar muito distante quando estava com Lissa. Cada vez era mais difícil trazê-la de volta. Segurei seus ombros e chamei com mais força.

“Rose, Rose”

Ela piscou rapidamente e me olhou sorrindo.

“Temos que-“ falei em tom de urgência.

“Oh meu Deus, você não vai acreditar no que eu acabei de ver” ela falou me interrompendo e eu fiquei tenso. Será que Lissa tinha sofrido um outro atentado?

“Lissa está bem?”

“Sim. Ela está bem, mas-“

“Então vamos nos preocupar com isso depois. Agora temos que partir” e falei a interrompendo. Apesar de querer saber o que se passava na Corte e com Lissa, não tínhamos tempo para conversar naquela hora. Rose me olhou, percebendo que eu já estava vestido.

“O que está acontecendo?”

“Sonya apareceu – não se preocupe” falei sorrindo ao ver que preocupação passou por seu rosto. “Eu me vesti e não a deixei entrar. Ela disse que a recepção ligou. Eles estão começando a perceber que fizemos um check in diferente. Temos que sair daqui.”

“Sem problemas” ela falou, saindo de baixo dos lençóis que a cobriam. Ela ainda estava nua, e isso revelou o seu corpo espetacular. Não pude deixar de admirar. Senti o desejo por ela tomar conta de mim novamente.

“Você vê algo que gosta?” a voz de Rose cortou meus pensamentos libidinosos. Ela já tinha me perguntado isso antes. Foi quando ainda estávamos na Academia e eu a flagrei numa situação constrangedora com um garoto. Creio que eu a admirei da mesma forma, mas, naquela ocasião eu não pude responder com sinceridade, como agora.

“Muitas” falei sentindo o meu peito queimar de paixão por ela. Ela corou brevemente, desviando o seu olhar do meu e começou a se vestir, enquanto falava suavemente.

“Não esqueça... Não esqueça...” ela não concluiu a frase, mas não era necessário. Eu sabia exatamente do que se tratava.

“Eu sei Roza. Não esqueci.”

Quando saímos do quarto, Sonya e Jill já estavam prontas, esperando por nós. Sonya nos olhou de uma forma que parecia que ela tinha assistido tudo que aconteceu conosco. Bem, os usuários do espírito tinham dessas coisas.

Quando pegamos a estrada, Rose nos atualizou sobre o que estava acontecendo na Corte. Lissa tinha feito seu último teste para monarca e havia passado. Ela agora estava apta para concorrer às eleições. Mas ao mesmo tempo não estava. Ninguém da corte sabia que ela tinha uma irmã. Agora era uma corrida contra o tempo. Sonya deveria levar Jill até lá antes das eleições ocorrerem. Mas logo descobri que não era Sonya que levaria. Rose já tinha traçado outro plano.

“Eu preciso que faça um outro talismã. Teremos que parar em Greenston” Rose falou calmamente.

“Greenston? Pra quê?” perguntei.

“É onde os Alquimistas estão sendo mantidos. E teremos que conseguir provas de que Daniella Ivashkov matou Tatiana.”

Com essa introdução, Rose contou tudo que sabia. Um dos alquimistas que estavam com Sydney demonstrou, durante um interrogatório, conhecer o homem que havia atentado contra Lissa, e Rose precisava falar com ele, pois ele havia mencionado que tinha visto aquele homem conversando com uma mulher. Ela contou como tinha chegado a conclusão que a mãe de Adrian tinha planejado tudo.

“Então, Daniella era amante de Ambrose. Ela tinha interesse em me separar de Adrian, e não era a favor das políticas de Tatiana, nem tão pouco do romance que ela também tinha com Ambrose. O porteiro do meu prédio foi subornado por Daniella a mentir sobre os horários de Adrian. Ele também não havia mencionado que o homem que atentou contra Lissa tinha estado lá, no mesmo dia do assassinato. Eu acho que a mulher que o Alquimista viu com este homem foi ela. Daniella.”

Isso fazia bastante sentido. E era bem coerente essa conclusão dela. Daniella era a maior interessada em prejudicar Rose. Agora, com estas exposições dos fatos, nem eu mesmo conseguia pensar em outra pessoa. Paramos para comprar um bracelete de prata para Sonya encantar. Também compramos uma roupa limpa para Rose. O vestido que ela usava estava um trapo. Ainda na loja, quando Sonya se afastou de nós por um momento, Rose cochichou para mim.

“Eu encontrei Adrian em um sonho, esta manhã. Eu pedi para que ele falasse para Mikhail nos encontrar em Greenston. Eu acho que ele poderá nos escoltar até a Corte. Também poderá nos ajudar com os Alquimistas”

“Foi uma boa idéia...” falei pensativo, mas só uma coisa estava me ocorrendo naquela hora “Você falou com Adrian sobre nós?”

“Não. Não achei que um sonho fosse o momento certo. Eu já disse. Não se preocupe. Adrian é um problema meu. Eu vou lidar com ele, quando for a hora.”

Pegamos novamente a estrada e Rose, como sempre, foi para mente de Lissa. Eu fiquei processando todas aquelas informações que ela me deu. Nós já sabíamos quem havia matado a rainha. Agora tínhamos que reunir o máximo de provas possível. Era uma questão de tempo. Em breve, a inocência de Rose será provada e ela estará livre para retomar a sua vida. Olhei para ela, me sentindo orgulhoso dela, foi quando percebi que ela não estava mais com Lissa. Ela havia retornado.

“Esse é um olhar perigoso” falei voltando minha atenção para a estrada. Ela estava com um olhar afiado, que eu conhecia bem.

“Que olhar?” ela perguntou com um ar inocente.

“Aquele que diz que você teve uma idéia”

“Eu não tive uma idéia. Eu tive uma ótima idéia.” Ela falou sorrindo.
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[Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov - Página 3 Empty Re: [Fanfic] Last Sacrifice por Dimitri Belikov

Mensagem por shadowangel Sáb Jul 09, 2011 9:06 pm

CAPÍTULO 39

Rose virou para checar Jill, que estava no banco de trás.

“Ei, você está bem?”

“Não tenho tanta certeza. Muita coisa pode acontecer e eu não entendo o que vai ser em seguida. Eu me sinto como... como se fosse algum tipo de objeto usado para cumprir um plano. Como um peão.”

“Você não é um objeto ou peão. Você é muito, muito mais importante, e por sua causa, muitas coisas boas vão acontecer.”

“Mas não será tão simples, não é? As coisas vão piorar antes de melhorar, não vão?”

“Sim... mas então você poderá contatar sua mãe... e, bem, como eu disse, coisas boas vão acontecer. Os Guardiões sempre dizem ‘eles vêm primeiro’ quando falam dos Morois. Não é exatamente a mesma coisa para você, mas ao fazer isso... bem...”

“Sim, eu entendo. É para um bem maior, certo?” ela respondeu sorrindo.

O carro ficou silencioso e Sonya passou o restante da viagem tentando encantar o talismã. Eu fiquei colocando tudo em ordem dentro de mim. As coisas estavam, a cada dia, tomando um curso inesperado. A minha reconciliação com Rose e o ultimato que ela me deu tinham sido uma grande reviravolta para mim. Apesar de ainda amá-la, não era algo que eu imaginasse que aconteceria. E agora eu não podia tê-la novamente enquanto não encontrasse o perdão.

Por outro lado, estávamos indo buscar provas para inocentar Rose, ao mesmo tempo em que levaríamos Jill para a Corte. Em pouco tempo, todo esse problema estaria resolvido. Os nossos problemas estariam resolvidos. Nós seríamos recebidos de volta. Teríamos a nossa vida de volta. Rose tinha razão. Eu ter o perdão de todos era uma questão de tempo, então eu também deveria me perdoar.

Quando faltava cerca de meia hora para chegarmos em Greenston, Sonya terminou de encantar o talismã que Rose usaria para encontrar os Alquimistas. Era parte de mais um plano maluco dela, entrar no hotel onde Sydney e os outros estavam sendo mantidos em uma espécie de prisão domiciliar. Ela pretendia usar a mágica para passar despercebida pelos guardas que ali estavam. Sonya entregou o talismã para Rose, que o colocou.

“E então?”

“Eu não vejo nada, mas também não veria” disse Sonya.

“Você parece um pouco borrada, como se precisasse piscar algumas vezes.” Jill falou e eu tirei a minha atenção da estrada e olhei para Rose. Eu também a via borrada, exatamente como Jill descreveu.

“O mesmo aqui” falei.

“É como deveria parecer para as pessoas que sabem que ela está com o talismã. Com sorte, para os outros guardiões, ela estará com outro rosto.” Sonya falou num tom satisfeito e eu espera que realmente desse certo. Eu não queria imaginar o que aconteceria se não saísse como planejado.

Chegamos ao local onde encontraríamos Mikhail por volta das 11:30 e, de longe, avistei um carro estacionado em frente. Nesse horário, o restaurante já tinha fechado há um bom tempo, então me aproximei com cautela para ver se era mesmo quem esperávamos e não um grupo de guardiões para nos prender.

Quando chegamos mais perto vimos que era de fato Mikhail que havia chegado mais cedo, mas ele não tinha vindo sozinho. Adrian saiu do carro juntamente com ele. Rose pareceu surpresa. Ela não imaginava que ele viria também, apesar de parecer ser o óbvio. Ele caminhou sorrindo para ela, que não conseguiu esconder o seu desconforto. Eu também não fiquei confortável com tudo aquilo. Senti uma mistura de ciúmes com culpa. Eu não podia ter quebrado meus princípios daquela forma, mas, ao mesmo tempo, o que eu sentia por Rose estava falando mais alto dentro de mim, e quase não aceitei que Adrian tivesse o direito de ter qualquer gesto de intimidade com ela. Ainda que fosse apenas um sorriso.

Aquela situação constrangedora foi interrompida por algo muito maior. Mikhail veio em direção a nós e congelou ao ver Sonya saindo do carro. Eles pararam, um em frente ao outro, se olhando em choque. Parecia que, naquele momento, para eles mais nada no mundo existia. Sonya começou a chorar e correu para os braços de Mikhail que a abraçou fortemente.

“É você... é você...” ele repetia incansavelmente, em meio a lágrimas.

“Mikhail, eu sinto muito – eu sinto tanto –“

“Não importa. Nada mais importa, a não ser que estamos juntos novamente” eles se abraçaram com força e, definitivamente, esqueceram do resto do mundo.

Eu nunca fui muito sentimental, mas aquela cena me comoveu. Eu deveria ter feito aquilo quando retornei. Ter me atirado nos braços de Rose, de olhos fechados, sem me importar com o que quer que fosse. Era aquilo que eu deveria ter buscado de imediato. Amor, perdão. Olhei para Rose que observava tudo, com lágrimas nos olhos. Ela retornou brevemente o meu olhar, e eu soube que ela estava sentindo o mesmo. Ela também queria que nós tivéssemos tido um final feliz como aquele.

Ainda abraçando Sonya, Mikhail olhou para Rose “Obrigado. Obrigado por isso. Faço qualquer coisa que você precisar. Qualquer coisa mesmo-“

“Pare, pare” Rose falou, limpando as lágrimas “Fico feliz... fico feliz por ter feito, e bem... não fui eu-“

“Ainda assim... você devolveu o meu mundo” ele falou olhando para Sonya, sorrindo e chorando.

“Fico tão feliz por você... e quero que vocês tenham essa felicidade. Apenas aproveitem o momento. Mas preciso de um favor. Mais um favor” Rose falou de forma cautelosa, quase constrangida. Sonya e Mikhail se olharam sabiamente.

“Eu imaginei que era para isso que ele me trouxe até aqui” Mikhail falou acenando com a cabeça em direção a Adrian.

“Eu preciso que você me leve ao hotel onde os Alquimistas estão”

“Rose... não posso lhe levar àquele lugar. Você estar tão perto da Corte já é perigoso o bastante”.

Rose tirou o bracelete encantado do bolso “Eu tenho um disfarce. Eles não saberão que sou eu”.

“Por qual motivo você quer ver os alquimistas?”

“Eles vão ter guardiões perto dos quartos. Poderemos nos disfarçar de apoio”

Eu acompanhava toda aquela conversa e, apesar de tudo parecer muito perigoso, eu confiava em Rose. “Se for diferente demais dos horários de troca de turnos deles, vai chamar a atenção... Mas com sorte, já teremos entrado e descoberto o que precisamos saber. Os guardiões vão estar mais preocupados com a possibilidade dos alquimistas fugirem do que com guardiões querendo entrar.”

“Com certeza” disse Mikhail “Então, será eu, você e Rose?”

“Não” disse Rose “Quanto menos, melhor. Só precisamos do suficiente para questionar Sydney e Ian. Eu acho que todo o resto fica esperando aqui.”

Sonya deu um beijo na bochecha de Mikhail “Não vou a lugar algum”.

Adrian, que tinha se aproximado de Jill, durante a cena de reencontro de Mikhail e Sonya, bateu com o cotovelo nela falando “Eu vou ficar aqui e descobrir como diabos vocês envolveram Jailbat nisso”.

Eu olhei para Rose, ainda incomodado por Adrian estar ali entre nós. Mas havia algo que me incomodava mais do que a presença de Adrian. Era o risco que isso tudo representava. Ela olhou para mim e eu gesticulei, com a mão, para ela vir comigo. Fomos para trás do carro, ficando fora de vista.

“Isso é perigoso. Se o talismã falhar, você não sairá daquele hotel”

“Não vai falhar. Sonya é muito boa. Além do mais, se eu for pega, existe ainda a chance de me levarem para a Corte. Imagine o quanto isso atrasaria as eleições” seu tom sugeria que ela estava brincando quando falou essa última parte. Como ela conseguia fazer uma piada numa situação de vida ou morte dessas?

“Rose, eu estou falando sério”

Sentindo a minha preocupação, ela segurou as minhas mãos “Eu sei, eu sei. Não se preocupe conosco. Vamos entrar e sair em menos de uma hora, mas se não der... se não, então mande Adrian e Jill para a Corte. E você e Sonya se escondam em algum lugar até... eu não sei”

“Não se preocupe coma gente. Só tenha cuidado” eu me abaixei e lhe dei um beijo carinhoso na testa.

“Pequena Dhampir, você-“

Adrian chegou ao lado do carro a tempo de ver a cena. Rose puxou as suas mãos das minhas, como se tivesse levado um choque. Não falamos nada, mas o olhar despedaçado de Adrian me disse que ele havia entendido tudo que estava acontecendo. Eu me senti péssimo com aquilo. Era tudo o que eu mais busquei na minha vida. Ser uma pessoa honrada. E hoje eu havia destruído isso.

“Vamos logo, Sonya disse que vocês estão com pouco tempo para chegar à Corte também” Mikhail falou se aproximando de nós.

“Sim” Rose falou com o desconforto latente em sua voz.

“Vá” eu falei para ela. Ela caminhou para o carro, mas se virou e falou baixo para mim “Falar com ele é minha responsabilidade. Não nossa.”

Ela entrou no carro e partiu com Mikhail. Adrian virou de costas, tirou um cigarro e caminhou para longe de nós. E eu, fiquei ali, em pé, vendo o carro se afastar pela estrada.
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Mensagem por shadowangel Dom Jul 10, 2011 7:34 pm

CAPÍTULO 40

Eu permaneci em pé, sentindo meu corpo todo em alerta, embora nenhum perigo fosse surgir ali. Eu não conseguiria relaxar até ver Rose voltar sã e salva. Eu evitei Adrian. Evitei sequer olhar para ele. Mas não foi muito difícil. Ele também me evitou, se mantendo afastado e eu agradecia mentalmente isso. Era tudo que eu não queria naquela hora. Ter um confronto com Adrian.

Eu só conseguia me focar na missão para qual Rose tinha acabado de partir. Ela ia se infiltrar em um prédio repleto de guardiões. Aquele talismã não podia falhar. Não podia. Eu só esperava que todo esse risco valesse a pena e que ela voltasse com a resposta que tanto queríamos. Poucos minutos se passaram, até que Adrian se aproximou de mim, com uma expressão sombria.

“Bem Belikov. Então... é isso?”

Eu olhei para ele, sendo tomado de surpresa. Pensei que ele fosse se manter distante. Lembrei das palavras de Rose, e achei melhor não responder. Permaneci olhando a estrada.

“Posso ver que você está retomando o controle da sua vida, claro, como não estaria, com todos lhe aconselhando a fazer isto?”

Eu mantive minha expressão séria, não revelando meu incomodo. “Adrian, se não se importa, não quero conversar agora”

“Claro, claro. Você não quer conversar. Eu não quero conversar. Estamos de volta aos nossos postos. Eu ao meu posto de boêmio insaciável e você ao seu posto de guardião ilibado”.

Com essas palavras, ele se afastou e eu o observei por poucos segundos. Ele parecia instável. Eu não sabia dizer se era efeito do espírito ou daquela situação.

Eu permaneci em pé, andando de um lado para o outro, não conseguindo conter a minha ansiedade. Senti meu corpo aliviado quando vi um carro se aproximando pela estrada. Eram eles que estavam retornando. O carro parou e Rose desceu contando freneticamente as novidades. Ela havia descoberto quem tinha matado a rainha. Eu não conseguia acreditar naquilo. Jamais imaginaria que essa pessoa fosse capaz de fazer isso.

“Impossível. Eu não posso acreditar nisso” Adrian exclamou, apagando um cigarro e finalmente se aproximando de nós “Seu amigo está enganado”.

Adrian estava tão relutante quanto eu em acreditar naquela nova informação. Seria para ele uma grande decepção se ele soubesse que há pouco tempo, sua mãe era nossa principal suspeita. Mas agora, tudo havia mudado.

“Os motivos são...” Rose estava relutante em aceitar tudo. “Eles são políticos. Ambrose tinha razão”

“A descrição de Ian é uma evidência sólida. Mas tem várias brechas que não se encaixam” falei ainda em choque com aquela informação. Eu tentava encontrar motivos, associar as razões, mas nada justificava uma atitude dessas. Outra coisa simples não se encaixava. Como ela teria entrado nos aposentos da rainha sem ser notada? Isso para mim era um ponto chave, já que eu sabia bem o que podia mover essa pessoa para o restante dos fatos.

“Sim, como porque eu fui acusada” Rose falou visivelmente abalada com tudo que estava sendo mostrado para nós.

Todos estavam chocados, sem encontrar justificativas para aquela pessoa cometer isso. Eu desconfiava o que tinha movido essa pessoa a acusar Rose, mas não podia acreditar que o motivo seria esse. Era algo provável mas não era algo aceitável. Tentei afastar essas suspeitas.

“Precisamos voltar para Corte ou vão sentir a minha falta” disse Mikhail por fim.

Rose olhou para Jill e sorriu de forma encorajadora “E você, tem que fazer a sua estréia na Corte”

“Eu não sei o que é mais louco aqui. A identidade do assassino ou Jailbait ser uma Dragomir” as palavras de Adrian eram frias, apesar dele olhar gentilmente para Jill.

Com todas estas informações, não podíamos simplesmente mandar Jill com Adrian e Mikhail. Nós sentimos a necessidade de irmos com eles. Sonya se ofereceu para ficar e nos encontrar mais tarde, já que seria bem difícil para eles lidarem com dois ex-Strigois e não havia lugares suficientes no carro de Mikhail para todos.

Mas, sem Sonya, tínhamos um problema. Rose poderia entrar na Corte usando o talismã para disfarçar sua aparência, mas e quanto a mim? Eu não conseguiria sequer passar pelos portões. Também não podia deixar Rose seguir sozinha com o seu plano, e algo me dizia que ela queria que eu estivesse com ela. Então, só nos restou Adrian. Ele conhecia a magia do espírito o suficiente para obscurecer minha imagem para os outros. Não sabíamos se ele aceitaria fazer isto, com toda aquela tensão que emanava dele.

“Temos que ajudar a Lissa. O tempo está passando, por favor, nos ajude” Rose estava praticamente implorando para Adrian. Ele respirou fundo, fechando os olhos, buscando forças para passar por cima do sofrimento que estava nele.

“Vamos” ele respondeu, me surpreendendo e conquistando mais admiração minha.

No carro, a caminho da Corte, nós repassamos todas as informações que tínhamos sobre o verdadeiro assassino, tentando encaixar as peças que faltavam. Rose enumerava as evidencias, contando cada uma nos seus dedos.

“Motivos? Sim. Habilidades? Sim. Recursos para subornar Joe? Sim. Acessos aposentos da Rainha? Sim”

Essas palavras acenderam a minha atenção. Era um dos pontos que eu não conseguia ligar.

“Mesmo? Essa era uma das peças que eu não conseguia encaixar” falei, os outros ficaram silenciosos, enquanto eu e Rose continuamos conspirando sobre o real assassino. Isso me lembrou como trabalhávamos bem juntos. Parecia que só havia nós dois ali. Tudo era tão harmônico entre nós.

“Tenho certeza que sei como ela fez tudo isso. Mas a carta anônima para Tatiana não faz sentido. Assim como falar mal da família de Lissa, ou tentar matá-la”

“Podemos estar lidando com mais de uma pessoa”

“Como uma conspiração?”

Não, não achava que chegava a tanto. Podiam ser fatos isolados, que podiam não estar necessariamente interligados.

“Não, quero dizer, outra pessoa tinha raiva da rainha. Mas não alguém que estava disposto a matá-la. Duas pessoas, dois planos. Provavelmente nem cientes um do outro. Estamos misturando provas.”

Eu não quis mencionar em voz alta, mas a outra pessoa podia mesmo ser a Daniella Ivashkov. Rose ficou em silêncio, provavelmente pensando nisto também.

Fiquei repassando tudo, percebendo que Rose não havia chegado na conclusão óbvia. A resposta do porque ela tinha sido incriminada. Para mim era claro e transparente. Mas preferi não mencionar nada, por hora, sem ter certeza disso. Adrian e Jill conversavam baixo, mas eu não estava me focando neles. Quando chegamos aos portões da Corte, os guardiões pararam o carro e a tensão cresceu entre nós.

Eles reconheceram Mikhail, mas passaram despercebidos por mim e Rose. A mágica estava funcionando. Eles também não reconheceram Jill. Apesar de ela configurar na lista de pessoas desaparecidas, não era todo guardião que estava atento a ela. A presença de Adrian trouxe um certo respeito deles, devo reconhecer. Apesar da sua fama de desordeiro, ele pertencia a uma importante família real. Após a busca obrigatória no porta malas, eles nos deixaram seguir.

“Oh meu Deus! Funcionou!” Rose exclamou feliz, enquanto Mikhail levava o carro para a área dos estacionamentos.
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Mensagem por shadowangel Seg Jul 11, 2011 7:01 pm

CAPÍTULO 41

Nós estávamos de volta à Corte e nem eu podia imaginar que tínhamos voltado ali, tão cedo. Quando sai com Rose, durante aquela fuga, eu tive a impressão que nuca mais voltaríamos.

“E agora?” perguntou Jill.

“Agora, estabeleceremos a linhagem dos Dragomirs e revelamos o verdadeiro assassino.” Rose falou, soando como se tudo fosse assim tão simples. Eu ainda estava receoso que os nossos disfarces não funcionassem, ou que talvez a ilusão não durasse o tempo suficiente para sermos ouvidos e então, as conseqüências seriam terríveis.

“Oh, só isso?” Adrian falou com um tom altamente sarcástico.

“Sabem, no instante que essa ilusão cair, vocês dois serão atacados pelos guardiões e jogados na prisão. Talvez pior” Mikhail falou, ecoando os meus pensamentos. Eu e Rose nos olhamos. Estávamos juntos nessa. Não tinha mais como voltarmos atrás.

“Sabemos disto.” Rose tentou parecer forte e otimista, mas eu podia ver sua preocupação “Mas se não funcionar... não teremos que ficar lá por muito tempo. Eles vão usar nossas informações e nos soltar”.

Mikhail estacionou o carro e fomos direto ao prédio onde funcionava o salão de audiências do Conselho Moroi. A visão era curiosa. O prédio estava iluminado, com muitas pessoas à sua volta, como se fosse um grande protesto. Eu mantive minha calma, mas internamente sentia a ansiedade pelo que viria crescendo. O temor de que o disfarce falhasse não podia ser ignorado. O talismã que Rose usava parecia eficiente, mas e quanto a mim? Por quanto tempo Adrian iria me obscurecer? Mesmo assim, não pude deixar ter admiração por ele. Com tudo que ele tinha passado, ele ainda tinha bondade para apoiar a pessoa que mais o feriu.

As portas estavam cheias de pessoas e o acesso ao salão era restrito. Mikhail nos ajudou a entrar usando Adrian como desculpa. Ele era da realeza e também o sobrinho neto da rainha. Não podia ser recusado. Eu e Rose estávamos fingindo ser guardiões dele.

Entramos no salão e passamos despercebidos. Tudo parecia caótico. O conflito era gigantesco. As pessoas falavam ao mesmo tempo, todos se moviam de grupo em grupo. Eles debatiam sobre a impossibilidade de Lissa concorrer às eleições para monarca. Ela não tinha uma família para representar. Ao mesmo tempo, havia um clamor de uma parte das pessoas para que a lei fosse modificada.

Rose olhou para nós e eu pude sentir que o nervosismo tomava conta dela. Ela nunca teve medo de falar em público, mas eu imaginei que nenhuma das vezes ela teve que lidar com um assunto tão sério.

“Precisamos de alguém que chame a atenção destas pessoas” Rose falou para nós “Alguém que não tenha medo de fazer um show - eu quero dizer, além de mim, é claro”.

“Mikhail? Onde você estava?”

Todos nós viramos como um só. Abe estava parado diante de nós. Tinha que ser ele a primeira pessoa que encontraríamos ao retornar.

“Bem, falando no diabo” Rose disse baixo “Eis que aparece exatamente o que precisávamos”.

Abe olhou para Rose, franzindo o rosto. Ele podia ver que tinha algo errado, mas não conseguia distinguir o que era. Quanto a mim, ele parecia não me notar.

“O que está acontecendo?” ele exigiu.

“O de sempre, velhote. Perigo, planos malucos, sabe, coisas da nossa família” Rose respondeu num tom alegre.

Abe apertou os olhos, provavelmente sem conseguir ver a filha com exatidão. Ele provavelmente só conseguia ver um borrão “Rose? É você? Onde esteve?” seu tom era extremamente desaprovador.

“Precisamos chamar a atenção do salão. Temos uma maneira de parar com essa briga”

“Bem, pelo menos temos um jeito de começar outra” Adrian falou secamente.

“Eu confiei em você na minha audiência. Você pode confiar em mim agora?” Rose perguntou a Abe.

A expressão dele se tornou cautelosa “Você não se importou comigo quando saiu de West Virgínia”

“Detalhes técnicos. Precisamos disso. Por favor”

Eles não podiam ficar ali naquele diálogo de pai e filha. O tempo estava correndo, logo alguém nos reconheceria. Eu não tinha idéia de quanto tempo mais aquele feitiço duraria.

“E nós estamos ficando sem tempo” falei.

Abe me olhou, com uma expressão confusa e me avaliou por breves segundos “Deixe-me adivinhar. Belikov?”

Eu não tive tempo de responder. Nem precisaria, ele continuou me olhando, quando Rose chamou a sua atenção novamente.

“Pai, temos que correr. Sabemos quem é o verdadeiro assassino – e temos Lissa. Temos uma forma de mudar a vida de Lissa”

Ele parecia surpreso. Eu não sabia dizer se era pela informação que Rose havia dado ou se por ela o chamar de ‘pai’. Ele vasculhou o salão com olhos rápidos até que encontrou o olhar de Janine. Com esse simples gesto, ela entendeu que ele precisava dela e veio até nós. Essa sintonia dos dois me impressionou.

“Quem são essas pessoas” ela perguntou ao se aproximar.

“Adivinhe” Abe falou com seu tom característico “Quem seria tolo o bastante de explodir a Corte e depois retornar?”

Janine abriu os seus olhos em choque “Como-“

“Não temos tempo” Abe a interrompeu, fazendo com que ela lhe desse um olhar afiado. “Eu tenho a sensação de que metade dos guardiões desta sala virá para cima de nós, em breve. Está pronta para isso?”

“Sim”

“Eu também” disse Mikhail.

Abe nos estudou e soltou uma ironia que, novamente, me lembrou Rose “Bem, eu acho que eles têm poucas chances contra vocês”.

Abe foi até o palanque onde Nathan estava. Nós o seguimos e, ao passar por Lissa, pude perceber que ela nos reconheceu. Como uma usuária do espírito, ela podia ver através do encantamento. Ela quis levantar e vir até nós, mas um olhar de Rose a deteve. Então, ela sentou novamente.

Abe chegou perto de Nathan, e sem cerimônia alguma, o empurrou e pegou o microfone. “Ei, o que você-“

Eu esperava que Abe fosse começar a pedir silêncio, e tentar chamar a atenção daquela multidão com alguma piada sem graça. Mas não. Ele colocou seus dedos nos lábios e soltou um grande e estridente assobio. Isso funcionou. Todo salão se voltou para ele, em silêncio.

“Agora que vocês tiveram o senso de calar a boca, nós temos... algo a dizer” Ele falou confiante e depois estendeu o microfone para nós murmurando “Aja rápido”

Rose pegou o microfone, com um olhar hesitante, limpou a garganta e começou.

“Estamos aqui, uh, para resolver este debate de uma vez por todas” Um grande murmúrio veio da platéia, mas Rose não se intimidou “Vasilisa Dragomir tem direito a seu voto no Conselho - ela é legível para ser candidata ao trono. Existe outro membro da família. Ela não é a única Dragomir”

Os murmúrios cresceram e os guardiões começaram a formar um perímetro ao nosso redor. Nosso plano estava em execução. Agora, não tinha mais como voltarmos atrás.
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Mensagem por Lillyth V. Mazur Ter Jul 12, 2011 10:56 pm

amiga, estou adorando essa fic!
é exatamente como eu imaginava o pov do dimka d ls
serio, mto bom
to ainda mais frenetica q da primeira vez q eu li!
rsrs
kisses
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Mensagem por shadowangel Qua Jul 13, 2011 8:50 pm

Lilly *-* escreveu:amiga, estou adorando essa fic!
é exatamente como eu imaginava o pov do dimka d ls
serio, mto bom
to ainda mais frenetica q da primeira vez q eu li!
rsrs
kisses

tem mais cap ai em baixo rsrsr obrigada por acompanhar Very Happy
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Mensagem por shadowangel Qua Jul 13, 2011 8:54 pm

CAPÍTULO 43



Tasha olhou para Rose com um olhar de descrença. Eu não sabia dizer se ela estava encenando um ultraje ou se estava impressionada por Rose ter chegado aquela conclusão. Mas Tasha era uma mulher muito inteligente e bastante experiente. Eu sabia que ela iria tentar reverter tudo a seu favor. Ela estava apelando para o benefício da dúvida.

“Eu nunca acreditei que você a matou – e eu lutei por você nisso. Porque você está fazendo isso? Você está se aproveitando dos Strigois que assombram a nossa família? Achei que você estivesse acima deste tipo de coisa”

“O que eu estou dizendo não tem nada a ver com Strigoi. Eu até queria que tivesse. Você odiava Tatiana por causa da lei da idade e pela recusa dos Morois em lutar.”

Rose ainda estava confiante, quando um Ozera se levantou e se colocou junto a Tasha.

“Metade da Corte odiava Tatiana por aquela lei. Inclusive você” ele falou para Rose.

“Mas eu não mandei meu guarda costas comprar testemunhas ou atacar a Lis- a Princesa Dragomir. Ele era seu guarda costas. Vocês foram vistos juntos.”

Quando Rose foi até o hotel onde os Alquimistas estavam sendo mantidos presos, ela tinha a intenção de confirmar a culpa de Daniella. Mas Ian, deu outra descrição da pessoa que ele havia visto com o Moroi que atentou contra Lissa. Uma descrição que não deixava margens para dúvidas para quem aquele homem trabalhava: cabelos escuros e longos, olhos azuis pálidos e uma cicatriz na lateral do rosto.

Sentindo que não tinha como negar esta evidência, Tasha tentou conduzir a discussão para outro lado, culpando o seu guarda costas. Era algo prático a ser feito, ele já estava morto, não tinha como se defender.

“Rose, eu não acredito que isto esteja acontecendo. Mas se James – este era o seu nome – fez o que você está falando, então ele agiu sozinho. Ele sempre teve idéias radicais. Eu sabia disso quando o contratei para minha proteção, mas nunca imaginei que ele fosse capaz de cometer um assassinato” Ela olhou em volta e encontrou o Conselho Moroi que assistia a tudo, em silêncio “Eu sempre acreditei na inocência de Rose. Se James é o responsável por isso, então eu fico mais do que feliz em contar o que sei para limpar o nome de Rose”.

Eu conhecia Tasha há muito tempo, sempre fomos muito amigos e nunca tivemos muitas restrições de assuntos entre nós. Isso me dava a ilusão de que eu a conhecia bem. Eu a tinha como uma das pessoas mais incríveis que já tinha conhecido. Mas agora, observando tudo aquilo, eu não estava mais a reconhecendo. Ela já tinha culpado Rose pelo crime que ela cometeu e agora estava tentando incriminar outra pessoa, se passando por amiga de Rose. Eu só conseguia sentir uma repulsa por ela. Não conseguia imaginar como eu pude me enganar tanto com ela. Eu estava realmente decepcionado.

“Rose, como você pode dizer isso? Você a conhece. Você sabe que ela não faria isso. Pare de fazer cena e vamos descobrir como este James matou a rainha” Christian falou, visivelmente magoado com Rose.

Outra pessoa teria entrado naquele jogo facilmente. Era o caminho mais fácil a ser seguido. Culpar uma pessoa morta pelo crime, ficar livre das acusações e não ferir as suas amizades. Mas Rose não era uma pessoa assim. Ela tinha um profundo senso de justiça, jamais escolheria o que lhe era conveniente. Ela sempre iria escolher o certo.

“James não poderia empalar Tatiana. Ele tinha uma mão deficiente. Um Moroi precisa das duas mãos para empalar alguém. Eu já vi acontecer duas vezes agora. E eu aposto que Ethan More tem algo a dizer sobre isso também...” Rose olhou para o guardião, que empalideceu. Sua expressão demonstrou que ela tinha razão. “James não estava lá na noite que Tatiana morreu, estava? E eu não acho que Daniella Ivashkov também estava, como vocês disseram para a Princesa Dragomir. Mas Tasha estava. Ela teve acesso aos aposentos da Rainha - e você não reportou isso.”

Ethan não tinha o auto controle típico dos guardiões. Talvez ele nunca se imaginasse tão encurralado. Ele balançou a cabeça e quando falou, praticamente confirmou o que Rose estava afirmando “Tasha não mataria ninguém”.

“Rose! Pare com isso!” Christian gritou, com a dor latente em sua voz. Lissa foi até ele, tentando confortá-lo.

“Eu sei que é errado mas... talvez se pudéssemos usar a compulsão nos suspeitos-” Lissa começou a dar uma sugestão controvertida.

“Nem sugira isso” Tasha exclamou “Fique fora disso. Seu futuro está em jogo aqui. Um futuro grandioso que poderá trazer ao nosso povo as conquistas que tanto precisamos”.

“Um futuro que você poderia manipular. Lissa acredita em muitas reformas que você acredita... e você poderia convencê-la daquelas que não acredita. Especialmente se ela estiver com o seu sobrinho. É por isso que você lutou tato para mudar a lei do quorum. Você quer que ela seja rainha.”

“Isso é idiota!” Christian gritou partindo para cima de Rose, mas Tasha o segurou pelo ombro “Se ela queria que Lissa fosse rainha, porque mandaria James a atacar?”

Rose parecia sem respostas para essa pergunta. Mas eu sabia. Ela não tinha intenção de machucar Lissa. Só queria causar uma comoção popular. Para mim isso era claro.

“Porque ninguém deveria morrer” falei numa voz baixa, mas perfeitamente audível. Virei para Tasha e continuei “Você não esperava que um guardião estivesse com ela. James provavelmente ia fingir um ataque e fugir. O bastante para gerar simpatia e mais apoio para Vasilisa. O que certamente aconteceu – mas a um custo muito maior.”

Tasha me olhou com uma expressão profundamente magoada. Eu tinha me mantido calado, apenas observando o desenrolar dos fatos, pois Rose tinha mais argumentos que eu, afinal ela observava Lissa o tempo todo, tendo mais propriedade sobre as investigações que ela estava fazendo para descobrir o real assassino. Esse meu silêncio pode ter dado a Tasha uma falsa impressão de que eu estava alheio aos fatos. Aparentemente, ela não esperava que eu me levantasse em favor de Rose e contra ela.

“Dimka, você também não” ela falou com profunda dor no olhar.

“Foi por isso que eu levei a culpa” Rose falou com uma voz extremamente baixa.

“Hum?” eu perguntei, mas Rose não continuou.

Finalmente ela havia percebido o que para mim tinha sido claro desde que Tasha surgiu para nós como culpada. Ela jamais escondeu os sentimentos dela para mim e, apesar de ter recebido bem a minha negativa de ser seu guardião, eu pude ver nela que não gostou de ser rejeitada.

Na época, eu achei uma atitude sublime de Tasha em aceitar que eu não podia ficar com ela por causa de Rose. Agora eu sabia que ela não admitiu a derrota. Ela deve ter sofrido quando fui transformado em um Strigoi e, com a minha restauração, ela pode ter tido um novo ânimo para tentar ficar comigo novamente. Ela também sabia que a minha reconciliação com Rose seria uma questão de tempo, então ela planejou algo para tirar Rose de vez da minha vida.
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Mensagem por shadowangel Qui Jul 14, 2011 9:00 pm

CAPÍTULO 44


Algo me dizia que Rose tinha finalmente percebido que Tasha nunca deixou de me amar. E por mais que ela parecesse sua amiga, nunca tinha aceitado me perder. Mas Rose não mencionou isso para o público que assistia a tudo apreensivo. E eu achei bem melhor assim.

“Você pode me levar presa. De verdade. Mas você não acha que tem o bastante para levar a ela – e a Ethan – também?” Rose perguntou a Hans.

Hans a olhou por um momento. Seu rosto não dizia nada. Rose tinha razão. Com todas aquelas evidências apontadas, agora ela tinha passado de assassina a, no máximo, uma suspeita pela morte da rainha. Mesmo assim me mantive atento. A situação podia se reverter a qualquer momento, não sabíamos ao certo que rumo isso tudo tomaria. Hans tirou os olhos de Rose e olhou para os guardiões que ali estavam.

“Levem a Lady Ozera. E Moore. Vamos interrogá-los”

Quatro guardiões foram em direção a Tasha e a multidão ficou tensa. E então, surpreendendo a todos, ela lutou ferozmente contra eles, mostrando os seus anos de treino. E logo, a situação se tornou caótica. Muitas pessoas estavam perto dela e havia pouco espaço para briga. Isso fez com que todos os que ali estavam se movimentassem de um lado para o outro, tentando sair de perto de Tasha. De estava, vi que ela derrubou um guardião, retirou a arma que ele usava e com ela, deu um tiro para cima. O estopim da bala fez com que as pessoas se abaixassem buscando proteção. A distração que isso causou deu a ela a oportunidade pegar como refém a primeira Moroi que encontrou. Era Mia Rinaldi, uma ex-aluna da Academia, que estava sentada junto a Christian.

“Não se movam!” ela gritou, apontando a arma para Mia. Os guardiões que lutavam contra ela pararam. ‘Eles vêm primeiro’ era o nosso lema sendo testado. A vida de Mia – uma Moroi – estava em risco e nada podia se sobrepor a isso, nem mesmo o assassinato da rainha. Tasha se movia lentamente em direção a porta e todos observavam apreensivos. Percebi que Mia estava assumindo uma postura de defesa, isso não ia acabar bem.

Rose e Lissa notaram a mesma coisa. E eu não acreditei quando Lissa foi em direção a Tasha. Todos os meus sentidos ficaram em alerta e entrei em modo combate instantaneamente.

“Tasha, por favor não-“ O que quer que fosse que Lissa ia pedir foi interrompido por Mia. Ela se defendeu de Tasha, lhe dando um chute e se afastando da arma. Percebi que Tasha pegou a arma e freneticamente atirou no que ela viu de mais ameaçador na sua frente. Era Lissa.

Os meus instintos de guardião tomaram conta de mim. Sem conseguir enxergar mais nada à minha volta, me livrei dos meus guardas e corri em direção a ela, quando percebi que ela era o alvo. Mas alguém foi mais rápido que eu, e vi apenas um vulto passar por mim e se colocar na frente de Lissa.

Era Rose.

Não. Não podia ser. Isso não podia estar acontecendo.

Tentei chegar até elas, mas era tarde. Tasha já tinha disparado a arma, atingindo Rose, no lado esquero do peito, no coração. Tinha sido ela que havia passado por mim. Senti meu mundo despedaçar.

A situação se tornou insustentável, mas honestamente, não sei dizer o que ocorreu com Tasha nem o que se passou à nossa volta. Eu só tive olhos para Rose. Ela começou a cair e desfalecer, enquanto Lissa a segurava e gritava desesperadamente por socorro.

“Alguém nos ajude! Meu Deus, Rose, não morra, por favor! Ajudem-nos! Dimitri, nos ajude!” Ela estava aos prantos, tão abalada que nem percebeu que podia usar o espírito para ajudar a Rose.

Corri até elas a tempo de ver que Rose ainda estava acordada, mas sua expressão era de intensa dor. Eu também senti o pânico tomar conta de mim. A vida dela estava se esvaindo ali, na minha frente, sem que eu pudesse fazer nada. Poucas vezes na minha vida eu fiquei sem ação e me sentindo tão incapaz. Essa foi uma delas. A pior delas. Eu senti meu corpo todo tremer e realmente não conseguia assimilar que aquilo estava de fato acontecendo. Ela me olhou e sorriu em meio a dor que sentia. Olhou para Lissa novamente e depois voltou sua atenção para mim. Ela tentou dizer algo, mas sua voz não saiu. Não precisei ouvir a voz dela para entender. Ela estava tentando dizer que me amava. Ali eu tive certeza que ela havia me perdoado por tudo, tudo que eu tinha feito. Ali eu pude de fato perceber quanto tempo perdi me afastando dela, me culpando por tudo que tinha se passado. E então ela desmaiou.

Eu não ia deixar que ela fosse tirada de mim daquela forma. Depois de tudo que passamos, de tudo que vivemos, nossa vida não podia terminar assim. Sem pensar em mais nada tentei pegar Rose nos braços, mas três guardiões vieram até mim me segurando. Eu não consegui oferecer resistência, eu só conseguia me focar nela, que estava ali ferida e ensangüentada.

Os guardiões me puxaram para longe e eu não tinha forças para me soltar, para lutar contra eles. Eu sentia que minha vida estava indo embora junto com Rose. Olhei por cima do ombro, a tempo de ver uma equipe médica chegando até ela e de ver também vários guardiões escoltarem Lissa para fora dali. Lissa chorava descontroladamente e gritava para que todos a soltassem. Era inútil. A situação tinha se tornado ainda mais caótica, se isso era possível. Guardioes tentavam manter a ordem a todo custo, sem sucesso.

Fui levado ao prédio dos guardiões, direto para sala de interrogatórios que eu conhecia bem. Eu estive lá por longos períodos depois que fui restaurado. Pouco tempo depois, mais guardiões chegaram com Janine, Abe e Mikhail.

Eu olhei para eles, ainda sem conseguir assimilar tudo. A imagem de Rose recebendo aquele tiro ainda pairava na minha cabeça. Mikhail sentou próximo a mim.

“Eles nos trouxeram aqui somente para averiguações. E por segurança. A situação na sala do Conselho se tornou sem controle. A Corte foi fechada. Ninguém pode entrar ou sair. Rose foi levada ao centro médico e Lissa ao palácio.” Ele falou num tom baixo, mas todos nós ouvimos perfeitamente.

“Qual a situação atual de Rose? Ela irá sobreviver?” perguntei.

“Não sei dizer. Não tive notícias vindas do centro médico”

Abe estava quieto e estranhamente silencioso. Acho que ele nuca tinha sido visto com uma expressão igual aquela na vida. Ele tinha a dor e a preocupação estampadas nos seus olhos, misturada com desespero. Igualmente Janine. Provavelmente era a mesma expressão que eu tinha.
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Mensagem por Convidad Qui Jul 14, 2011 10:58 pm

[b] Aiiii está perfeitoo!!!!!!!!!! Parabéns! ;D

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Mensagem por Convidad Sáb Jul 16, 2011 11:57 am

ficou,maravilhoso o cap. ,vc esta de parabens.
espero o proximo

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Mensagem por shadowangel Sáb Jul 16, 2011 6:15 pm

Obrigada meninas, fico feliz por gostarem Very Happy
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Mensagem por shadowangel Sáb Jul 16, 2011 6:17 pm

CAPÍTULO 45
Pouco tempo depois, Hans entrou na sala. Sua expressão continuava inelegível, mesmo em meio a tanto caos. Ele nos olhou por breves momentos, colocou uma pasta em cima da mesa e sentou.

“Creio que vocês podem nos ajudar a descobrir como tudo isso saiu do controle dessa maneira” ele começou “Aquela reunião na sala do Conselho Moroi não deveria ter passado de uma eleição polêmica, mas de alguma forma, virou um grande palco de revelações”

Abe o olhou, retomando a sua postura perspicaz e desafiadora, se endireitando na cadeira.

“Exijo saber o que está acontecendo com Rose Hathaway. Ela foi gravemente ferida, e seu estado nos interessa, antes de tudo. Vocês não podem nos manter aqui, sem nos informar do que ocorreu com ela” o tom perigoso da sua voz tinha retornado e não havia mais vestígios da expressão abalada que ele carregava quando entrou na sala poucos minutos atrás.

Hans o observou com cautela. Ele era um guardião frio e experiente, mas devia conhecer bem a fama de Abe. Ele também devia saber a ligação dele com Rose. E eu também acredito que, à essas alturas dos acontecimentos, ele não tinha mais códigos de condutas de guardiões para seguir.

“Seu estado é grave. Seus ferimentos são bastante ruins. A bala se alojou a poucos centímetros do coração e ela perdeu bastante sangue. Ela está passando por uma cirurgia agora, mas devo adiantar que suas chances são remotas. Não existe outra coisa a ser feita a não ser esperar”.

Com essas últimas palavras um grande uivo de choro tomou conta da sala. Janine tinha quebrado toda armadura que carregava e tinha desabado em prantos, revelando que, por trás de sua postura de guerreira, havia uma mãe que amava muito sua filha. Ninguém se moveu até ela. Eu não conseguiria lidar com aquilo e, aparentemente, os outros também não. Ela chorou por um longo momento e, pouco a pouco, foi se acalmando. Eu evitei olhar para ela, assumindo que a dor que se passava no meu interior já era o bastante para mim. Aquela informação que Hans trouxe quase me fez desabar também, exceto que, eu tentei me focar na primeira parte de tudo. Rose estava recebendo os socorros médicos necessários para ficar bem. Ela ficaria bem, eu precisava a acreditar nisso.

Tentei manter minha postura dura, mas minha voz me traiu quando falei, saindo trêmula.

“E quanto os demais? O que acontece com a Lady Ozera agora?”

“Os guardiões a levaram. Ela está passando por um interrogatório agora. Como ninguém tem certeza do que realmente está acontecendo, também estamos mantendo em segurança a Princesa Vasilisa, o Lordy Adrian Ivashkov, o Lord Christian Ozera e a Moroi que foi pega como refém. Eles estão no palácio, sob forte escolta. Não sabemos se as informações dadas pela Srta Hathaway são confiáveis ou verdadeiras. Por hora, ela ainda é suspeita de matar a rainha. Você ainda é seu cúmplice na fuga e quanto a Lady Ozera, por agora, ela é acusada por tentativa de homicídio, mas devo acrescentar que cada fato alegado será minuciosamente averiguado”

Eu sabia que iria ser. Era a maneira dos guardiões agir: com frieza, não deixando que comoções interferissem nos seus trabalhos. Mesmo com todo aquele caos que ocorreu, eles ainda manteriam a sua forma típica de lidar com situações adversas.

“E quanto a Princessa Vasilisa? Ela está bem?” eu tentei me manter calmo, mas ainda sem sucesso.

“Sim. Ela não se feriu, mesmo com aquela multidão exaltada.”

Ele abriu sua pasta e leu alguns papéis, se voltando novamente para mim, mantendo sua imparcialidade.

“Bem, Sr. Belikov. Eu tenho aqui um depoimento da Princesa Vasilisa que cita o motivo pelo qual o Sr. foi indulzido a ajudar a Srta Hathaway naquela fuga ousada e absurda. É um motivo que certamente afasta de você as suspeitas por ainda possuir algum vestígio de sua vida como Strigoi. A Princesa afirmou que você a ajudou por que vocês eram romanticamente envolvidos”

“Como?” a voz de Janine ecoou, na sala silenciosa, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa “Você e Rose tinham um envolvimento amoroso?”

Eu olhei para Janine que estava com os olhos afiados em mim, apesar da expressão de choro. Honestamente, eu nunca tinha me imaginado numa situação tão constrangedora. Com todo o desenrolar dos acontecimentos, ainda tinha o peso de lidar com os pais de Rose. Eu olhei para Abe que me observava com o mesmo olhar questionador, muito embora algo me dizia que ele já tinha chegado a essa conclusão há um bom tempo. Eu reuni todo autocontrole que pude, não havia mais nada a fazer a não ser admitir.

“Sim, é verdade. Nós estamos romanticamente envolvidos” falei, fazendo questão de enfatizar o tempo do verbo, olhando somente para Hans.

“Devo avisar que isso afasta as suspeitas sobre você ainda ter algo de Strigoi, mas pode lhe trazer algumas complicações... acho que esse é um assunto sobre o qual lidaremos mais tarde... o que eu gostaria saber agora é como vocês conseguiram armar toda aquela fuga sozinhos? Pelo menos é o que nos parece, visto que todos que poderiam ter ajudado possuem álibis incontestáveis”

“Foi uma questão de sorte, na verdade. Minha intenção era somente aproveitar a distração que o funeral da rainha causaria para escapar. Não tivemos nada a ver com as explosões que ocorreram”

“Em outras condições eu diria que o envolvimento de vocês nas explosões era algo certo, mas não posso imaginar como conseguiriam explosivos militares, se ambos estavam presos”

Hans continuou com seu interrogatório e eu narrei toda nossa fuga para ele, omitindo, é claro algum detalhes que comprometeriam os nossos amigos e cúmplices. Aquilo ajudou a passar o tempo, mas não conseguiu afastar a preocupação que eu sentia com o estado de Rose. Quando eu terminei a minha parte, Hans se voltou para Abe e Janine que ouviam tudo atentamente. Muitas das coisas que contei não eram do conhecimento deles e eu sabia que Abe me cobraria algumas explicações, quando fosse a hora.

“Quanto a vocês, gostaria de saber quando tomaram ciência do que estava acontecendo.”

Abe assumiu a frente, como era esperado.

“Nós não tínhamos idéia do que tinha acontecido com Rose e nem com Belikov e, muito menos, do que estava por vir naquele salão, até encontrarmos com eles ali. Ela nos atualizou do que viria, e é claro, nós a apoiamos, visto que somos seus pais. Fomos movidos por um instinto natural. Só isso.”

Hans se voltou a Mikhail “e quanto a você, Guardião Tanner? Como diabos se envolveu nisso?”

“O mesmo que ocorreu com o Sr. Mazur e a Guardiã Hathaway. Um instinto natural. Rose é minha amiga” ele falou soando sincero.

Hans nos olhou, estudando uma a um, sem demonstrar qualquer expressão do que se passava em sua mente. Por fim, fez algumas anotações em seus papéis e fechou a pasta.

“Eu acho que vocês não nos oferecem perigo, mas vou mantê-los aqui até termos maiores detalhes do caso. Como disse, não sabemos ao certo se a Lady Ozera possui cúmplices. Para segurança de vocês e para evitarmos maiores problemas, fiquem aqui, até que eu volte.”

“Espere” exclamou Abe. “Não vamos ficar aqui, esperando que você se lembre de nós. Eu exijo que você nos autorize ir até o centro médico. Precisamos estar próximos a Rose, não importa o que ocorra com ela.”

Hans continuou inelegível, quando se virou para Abe, e eu esperei que ele fosse negar aquele pedido. Então, aquela expressão dele se suavizou um pouco.

“Vou providenciar uma escolta para levá-los ao centro médico”.
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Mensagem por Convidad Dom Jul 17, 2011 12:15 pm

menina ficou perfeito,parabens......adorei.

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Mensagem por shadowangel Dom Jul 17, 2011 8:05 pm

CAPÍTULO 46
Quando chegamos ao centro médico da Corte, já havia passado algumas horas desde que Rose tinha sido baleada por Tasha, mas as ruas ainda estavam caóticas. Pessoas se espalhavam por todos os lados e vários grupos ainda faziam manifestações populares. Entramos no prédio e fomos direto a sala de informações, mas a recepcionista disse que Rose ainda estava no bloco cirúrgico. Não nos restava nada mais além de esperar. Esperar pela via ou esperar pela morte? Eu não sabia dizer.

Fui até um sofá no canto da sala e sentei, apoiando os meus cotovelos nas pernas. Fiquei parado olhando as linhas do chão revivendo os acontecimentos deste dia tão tortuoso. Hoje, pela manhã, estávamos no hotel, dormindo juntos. Agora eu estava prestes a perdê-la. Eu já devia saber que essa incerteza sobre o futuro era o natural nesse caminho que eu tinha escolhido seguir. Ser um guardião era isso. Não saber o que lhe aguarda. De qualquer forma, naquele momento mais nada fazia sentido ou tinha tanta importância como antes. Tudo que fiz como um Strigoi, a forma com que tratei Rose na Sibéria e como a persegui depois disso, tudo parecia pequeno. Tudo parecia um tempo perdido. Era um passado que não retornaria e não poderia ser mudado. Algo muito maior estava acontecendo agora. A diferença entre estar vivo ou morto.

O tempo passou lentamente e a impressão que eu tinha era que eu estava ali esperando há anos. Finalmente, a porta do corredor abriu e um médico saiu de dentro dela. Era um Moroi de cabelos grisalhos, aparentando ter por volta dos cinqüenta anos. Imediatamente fiquei em pé e fui até ele, que nos olhou com um ar cansado.

“Foi uma cirurgia complicada, o projétil estava alojado em uma área muito próxima ao coração. Nós conseguimos removê-lo e parar as hemorragias causadas pelo ferimento. No momento, ela passa bem, dentro do seu atual quadro, mas não podemos afirmar nada antes das próximas quarenta e oito horas. Ela deverá ficar por algum tempo na sala de recuperação. Deverá ficar em repouso absoluto e nós a manteremos sob monitoramento constante.”

Com essas palavras, ele nos deixou e eu pensei que não sairia dali até conseguir ver Rose. Olhei para Abe e Janine e algo me dizia que eles pensavam o mesmo. Permaneci aguardando até que uma enfermeira disse que poderíamos vê-la pelo vidro sa sala de recuperação pós cirúrgica. Eu senti um alívio, embora soubesse que aquilo não significava nada, que o perigo dela não resistir ainda existia.

Nós não pudemos entrar, apenas a olhamos por uma janela de vidro. Ela tinha vários fios presos nela e tubos no nariz e boca. Ver Rose naquele estado, para mim, foi uma das piores experiências da minha vida. Era uma sensação de incapacidade absoluta. Ela não podia morrer. Ela tinha que resistir.

Apesar dos protestos dos guardiões que ali estavam nos escoltando e dos enfermeiros do centro médico, nenhum de nós se afastou dali. Ficamos sentados na sala de estar e não falamos um com o outro. Era como se eu, Janine e Abe vivêssemos cada um, uma dor à sua maneira. Quando a noite começou a cair, mais duas pessoas se juntaram a nós.

“Finalmente nos deixaram vir” Lissa falou, entrando na sala com Adrian “Deixe-nos ver Rose”

Eu fui com eles até o vidro onde podíamos observá-la. Eles olhoram para Rose por um longo tempo até que somente Lissa se virou para mim. Adrian permaneceu com os olhos fixos no vidro.

“Eu sinto tanto não poder ajudá-la, sinto tanto” seus olhos estavam cheios de lágrimas “não deixaram que eu viesse antes, nos mantiveram lá no palácio até que a situação se normalizasse. Não tínhamos informações, a única coisa que nos falavam era que ela estava sendo operada”

“Acredite em mim, você não poderia fazer muita coisa se estivesse aqui. A cirurgia demorou longas horas e nós também não tivemos muitas informações enquanto esperávamos” falei lhe dando um olhar reconfortante.

“Como nós não podíamos fazer nada?” Adrian se dirigia a mim pela primeira vez desde que chegou “somos usuários do espírito e podemos curar as pessoas, como você diz que não podíamos fazer nada?”

Eu olhei para Adrian e percebi que ele estava com uma aparência esgotada. Como todos nós, ele parecia não ter descansado este tempo todo. Mas, apesar de tudo e contrariando seus próprios costumes, estava perfeitamente sóbrio.

“Não foi isso que eu quis dizer, Adrian. O procedimento adotado pelos guardiões foi correto. Eles não podiam expor vocês a um perigo maior do que o que já tinham passado”

Ele me olhou de forma sombria e falou baixo com uma voz de dar calafrios “Dane-se estas regras estúpidas de vocês. Vocês não podem dizer qual a prioridade da minha vida. Não deveriam ter me impedido de vir até aqui e não deveriam impedir a mim e a Lissa de entrar naquela sala” ele apontou para o vidro de onde podíamos ver Rose. Eu assumi que aquilo era devido a instabilidade do espírito. Lissa parecendo perceber isso também, passou o braço em torno dele.

“Calma, Adrian. Tenha calma, sim? Já passou, ela está fora de perigo agora, de qualquer forma, o que quer que ocorra, agora estamos aqui por ela”



*****



O tempo passou como sempre e, à medida que ele transcorria, as notícias vindas das equipes médicas eram animadoras. Rose tinha uma incrível capacidade de recuperação, e sua melhora podia ser vista a cada dia, embora ela ainda permanecesse em um coma induzido.

Eu continue com a minha escolta de guardiões e, ironicamente, voltei ao quarto de onde eu fugi com a ajuda de Eddie e Mikhail. Meus poucos pertences ainda estavam lá, só que guardados em uma caixa em cima da cama. Não pude deixar de sorri ao pegar os livros trazidos por Abe que continham as orientações para a fuga. Ninguém jamais descobriu aquilo ali. Parecia que tinha sido há tanto, tanto tempo.

O clima na Corte ainda estava longe de retornar à sua antiga calma, mas aquela euforia, aos poucos, ia se dissipando. Todos acompanhavam atentos aos capítulos da descoberta da real assassina da rainha. As provas contra Tasha se tornaram tão claras e transparentes que muitos se perguntaram como foi possível que alguém acusasse Rose com tão poucas evidências.



Tasha, para mim foi uma decepção à parte. Ela era uma grande amiga e uma pessoa na qual eu sentia plena confiança e acolhimento. Eu a conhecia há muito tempo e jamais imaginei que ela fosse capaz de uma sucessão e atos daquela natureza. E pensar que eu cogitei, um dia, formar uma família com ela. Teria sido um terrível erro. Eu pensei em ir até a cela falar com ela, mas depois me removi desta idéia. Eu sabia o que ela iria me dizer e eu assumi que não precisaria acentuar ainda mais a minha decepção.

Da mesma forma que aconteceu com Rose, foi realizada uma audiência que decretou que Tasha era a oficialmente acusada pela morte da rainha, ao mesmo tempo em que declarou a inocência de Rose, que veio juntamente com a restauração de seu título de guardiã.



E quanto a mim, eu me sentia orgulhoso em ver que tudo era obra de Rose. Sua inocência provada, sua vida retomando seu curso natural, os acontecimentos na vida de Lissa. E até o que aconteceu comigo.

Eu fui chamado à sala do conselho dos Guardiões e recebi uma notícia que eu não acreditei. Eu era livre para ir onde eu quisesse, não precisaria mais de escolta. E muito mais que isso. Eu também recebi de volta meu título de guardião.

“Você sempre foi exemplar, guardião Belikov,” Hans falou ao microfone no dia da sessão que me recebeu de volta. A sala estava repleta de guaridões “Você ainda tem muitos serviços a prestar ao povo Moroi. Não podemos desperdiçar seu talento e vocação”



Lissa voltou ao palácio a tempo de receber a notícia que as eleições ocorreriam em cinco dias. Ela era apta a concorrer e eu não tinha dúvidas de que ela ganharia. Ela seria rainha.

E foi o que aconteceu. Ela foi eleita uma das mais jovens rainhas da história. Sua popularidade e carisma eram tão grandes que todos a idolatravam como se ela fosse uma verdadeira santa. Eu tinha certeza de que ela faria um belo governo.

Mas, para mim, estas não foram as melhores notícias que recebi.

Dois dias depois das eleições, Rose recebeu alta do hospital. Ela ainda permanecia sedada por remédios, mas o médico nos avisou que as medicações seriam diminuídas pouco a pouco, de forma que ela acordaria muito em breve.

Lissa a levou para o palácio e a instalou em um confortável apartamento para hóspedes. Em uma ala destinada aos hóspedes da rainha.
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Mensagem por Convidad Dom Jul 17, 2011 10:38 pm

[b] Olá Shadowangel! Por acaso você pretende escrever mais alguma Fic pela visão do Dimitri? Abraço.

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Mensagem por shadowangel Seg Jul 18, 2011 8:06 pm

Brunah Grassi escreveu:[b] Olá Shadowangel! Por acaso você pretende escrever mais alguma Fic pela visão do Dimitri? Abraço.


Olá! Assim que terminar essa vou começar a postar shadow kiss... tomara que gostem!
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Mensagem por shadowangel Seg Jul 18, 2011 8:08 pm

CAPÍTULO 47

Lissa acomodou Rose em um confortável e luxuoso quarto, o mais próximo que ela conseguiu do seu. Sem pedir autorização a quem quer que fosse, eu me coloquei sentado em uma poltrona em frente à cama, a observando, esperando pacientemente que ela acordasse. Mas ninguém reclamou por eu estar ali. Todos os seus amigos vierem para vê-la, apesar dela ainda estar inconsciente.

Lissa a checava a todo momento, mas seu tempo estava muito corrido nestes dias que antecediam a sua coroação. Em uma das vezes, ela veio com Christian.

“Dimitri,” ela começou “eu tenho certeza que muito em breve Rose estará recuperada... então eu a requisitei para ser minha guardiã pessoal. Eu sei que como rainha eu terei muitos, mas eu só confio nela. Ela já demonstrou do que é capaz para me proteger”

“Eu tenho certeza que você não estaria em melhores mãos. Rose sempre sonhou com isso e foi para isso que ela se preparou a vida inteira” falei, sentindo uma mistura de alegria e tristeza. Alegria por Rose. Ela iria adorar essa notícia. Tristeza por mim, eu sabia que seria difícil ter alguns momentos com Rose, se ela iria cuidar da guarda da rainha. Rose estava sendo considerada uma heroína pelas pessoas. Mas eu, apesar de ter meu título de guardião de volta, ainda não tinha a confiança de todos. Eu teria um longo trabalho para provar que não havia mais nada de Strigoi em mim. Eu tinha certeza que, para mim, não me restaria nada além de trabalhos administrativos e burocráticos.

“Então...” Lissa continuou com um sorriso malicioso, olhando para Christian. “Christian lhe requisitou para protegê-lo. Ele não irá para a Universidade comigo, mas nós iremos nos ver sempre. Então você e Rose também poderão se ver. Não é perfeito?” Lissa falou com um sorriso aberto. Eu fiquei sem palavras. Não sabia como agradecer aquilo. Realmente era perfeito.

“Lissa, Christian... eu só tenho a agradecer, realmente eu não esperava ser requisitado para a guarda de alguém, tão cedo” não consegui esconder as emoções das minhas palavras.

“Agradeça, Belikov, mantendo a Rose distraída e distante de nós para que possamos ficar juntos em paz” Christian falou em um tom de brincadeira, apesar dele ainda estar bem abalado pelos acontecimentos com sua tia.



*****



Já era tarde quando percebi Rose se mexendo na cama. Ela primeiro moveu as mãos e braços. Eu observei com atenção. Logo depois, ela abriu os olhos. Atenta olhando tudo em volta. O meu coração disparou. Ela tinha retornado.

“E a bela adormecida desperta...” falei, mal conseguindo conter a felicidade que estava em mim. Levantei e fui até a cama para vê-la melhor.

“Você é a minha enfermeira?” ela falou sorrindo e já tentando se levantar.

“Não, não, você precisa se deitar”

Percebi pela sua expressão que ela ainda sentia muita dor. Talvez por isso, e só por isso, ela me obedeceu prontamente e se manteve deitada.

“Então se aproxime, eu quero ver você”

Eu ponderei sobre aquilo por uns instantes. Eu já tinha me colocado a uma distância que eu considerava adequada para observá-la. Toda vida ouvi falar que não devíamos sentar na cama de uma pessoa enferma, pois ela fica vulnerável demais e propensa a infecções. Mas a minha vontade de ficar próximo a ela era maior do que qualquer bom senso. Então, retirei os meus sapatos e a afastei um pouco para o lado da cama. Deitei em um pequeno espaço ao seu lado, de forma que dividimos o mesmo travesseiro. Nós nos olhamos por um bom tempo. Eu nunca ficaria cansado de olhar para ela.

“Melhor?” perguntei.

“Muito”

Passei meus dedos por seus cabelos, retirando uma mecha que caía no seu lindo rosto. Depois deslizei por sua bochecha, ainda sem acreditar que ela estava viva e bem.

“Como se sente?”

“Com fome”

Eu tive que rir disso. Claro. Rose sempre está com fome. Isso era um sinal de que ela estava se recuperando. Eu passei o braço por suas costas, lhe abraçando e ao mesmo tempo a trazendo mais próximo a mim. Era uma das melhores sensações que eu podia sentir.

“É claro que está. Eu acho que até agora eles só conseguiram lhe alimentar com uma espécie de caldo. Bem, isso e fluidos intravenosos. Você provavelmente está com carência de açúcar”.

Ela fez uma careta e eu não sabia dizer se era por causa do caldo ou por causa dos fluidos.

“Quanto tempo eu estive inconsciente?”

“Alguns dias”

“Alguns dias...” ela falou e eu senti seu corpo tremer em baixo dos meus braços, rapidamente, puxei o cobertor para cima dela. “Eu não deveria estar viva” ela sussurrou e permaneceu pensativa por uns instantes. De fato, ela não deveria. Foi um ferimento muito grave e ela resistiu a ele bravamente. E venceu.

“Oh Deus! Lissa me curou, não foi?”

Era uma conclusão óbvia a se chegar, se você tem uma amiga que tem o poder de curar doenças e já lhe trouxe do lado da morte uma vez. Mas agora, por mais incrível que isso parecesse, Rose tinha se curado sozinha.

“Não, ela não lhe curou”

“Não?” ela falou, franzindo o rosto. Eu podia ver que ela esta realmente confusa. Para Rose, tinha sido tão normal passar por várias curas vindas de usuários do espírito que os métodos convencionais lhe pareciam estranhos.

“Então... Adrian? Ele nunca... depois de como eu lhe tratei... não. Ele não teria...”

“O quê? Você acha que ele teria deixado você morrer?” perguntei sem acreditar que ela realmente não conhecia os sentimentos de Adrian para com ela. Ele tinha provado, a todo tempo, que a amava e que ela estava acima de qualquer coisa para ele. Até mesmo acima da decepção que ela lhe causara. Ela ficou pensativa.

“Não importa como ele se sente...” lembrei de todo rancor que vi nos olhos dele e seu comportamento no hospital, ao ver Rose na sala de recuperação “Bem, ele não teria deixado você morrer. Ele queria lhe curar, mas ele também não pôde.”

“Então, quem? Sonya?”

“Ninguém. Você mesma se curou, eu suponho.”

“Eu... o quê?”

Eu não pude deixar de achar aquilo divertido. Ela realmente achava estranho a sua recuperação ter se dado por sua própria capacidade de reação.

“As pessoas podem se curar sem mágica, de vez em quando, Rose. E seus ferimentos... eles eram bem ruins. Ninguém pensou que você sobreviveria. Você foi para cirurgia e então, todos esperamos” eu sentia um aperto no peito em lembrar daquelas longas horas de espera pela qual passamos.

“Mas porque... porque Adrian e Lissa não me curaram?” ela ainda não aceitava que eles não tivessem participado de sua recuperação.

“Oh, eles queriam, acredite em mim. Mas depois, naquele caos que se seguiu... a Corte foi fechada. Ambos foram levados sob forte proteção antes que pudessem agir. Ninguém deixou que eles se aproximassem de você, não quando todos ainda pensavam que você era uma assassina. Ele tinha que ter certeza sobre Tasha antes, embora suas próprias ações já fossem bem claras”.

“Tasha ainda está... viva?”

A decepção que eu tive com Tasha ainda doía muito em mim. Eu também sentia muito remorso por ser, indiretamente, a causa por esses acontecimentos terríveis na vida de Rose. Ele só havia incriminado Rose por que queria o caminho livre para ficar comigo. E aquele tiro, apesar de ter sido aparentemente para Lissa, eu não duvidada que Tasha fosse capaz de atirar friamente em Rose.

“Sim. Eles a pegaram logo depois que ela atirou em você – antes que ela machucasse mais alguém. Ela está presa e, a cada dia, mais provas aparecem contra ela.”

“Desmascará-la foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. Lutar contra Strigois foi mais fácil do que isso.”

“Eu sei. É uma coisa difícil para eu ver, para acreditar. Mas ela fez suas próprias escolhas e todas as acusações contra você foram retiradas. Você é uma mulher livre agora. Mas que isso. Uma heroína. Abe está se gabando que tudo isso é devido a ele.”

A lembrança do pai que ela havia conhecido há tão pouco tempo lhe trouxe um sorriso doce aos lábios “É claro que ele está. Eu provavelmente vou receber uma conta dele em breve.”

Eu sorri junto com ela e a abracei com mais força. Ficamos ali aproveitando aquele momento, de rara paz, juntos. Eu me sentia aliviado por todo perigo ter passado. Bem, pelo menos, por hora, e que pudéssemos ficar ali, sem nos preocuparmos com qualquer formalidade, sem qualquer protocolo a seguir ou satisfação a dar, a quem quer que fosse.

“Então, e agora?” ela perguntou. Essa era uma pergunta que ela me fazia bastante. O pior era que nem sempre eu tinha uma resposta concreta para dar.

“Não tenho certeza” falei, descansando o rosto em sua testa. Sinceramente, eu não conseguia me preocupar com o futuro. Eu tinha passado por tanta aflição e tanto medo de perder Rose, que só conseguia sentir a felicidade daquele momento presente “Só estou tão feliz... tão feliz por você estar viva. Estive tão perto de lhe perder por tantas vezes. Quando vi você naquele chão, e toda aquela comoção e confusão... eu me senti tão incapacitado. Eu percebi que você tinha razão. Desperdiçamos as nossas vidas com culpa e autopunição. Quando você me olhou, daquele jeito, no final... eu pude ver. Você realmente me ama.”

“Você duvidava” seu tom era de brincadeira, mas as palavras soaram ofendidas.

“Não. Eu quero dizer, eu soube, naquele momento, que você não apenas me amava, mas que realmente tinha me perdoado.”

“Não havia nada para perdoar, realmente não havia” suas palavras pareciam completamente sinceras. Ela havia me falado isso várias vezes, mas tudo que eu tinha feito com ela foi de uma tal atrocidade, que eu nunca imaginei que pudesse haver remissão para isso, eu sempre pensei que algum tipo de mágoa tinha que ficar em Rose. Ninguém podia perdoar tão plenamente e ninguém podia ser perdoado tão plenamente. Assim eu achava. Mas eu estava errado.

“Mas eu sempre acreditei que havia” Eu me afastei um pouco, para poder olhar melhor para seu rosto “E era por isso que eu estava me segurando. Não importava o quanto você dissesse, eu não podia acreditar... eu não podia acreditar que você perdoaria tudo que eu fiz com você na Sibéria e depois que Lissa me restaurou, eu achei que você estava se enganando”.

“Bem, não seria a primeira vez que eu faria isso. Mas não, dessa vez eu não estava.”

“Eu sei, e com aquela revelação... naquele segundo que eu soube que você me perdoou e que eu realmente tinha o seu amor, eu finalmente fui capaz de me perdoar também. E todo aquele fardo, todo aquele laço com o passado... eles se foram. Foi com se...”

“Você tivesse se libertado? Voando?”

“Sim. Só que veio tarde demais... parece loucura, mas quando eu lhe olhava, com todos aqueles pensamentos se formando em minha mente, foi como se... eu pudesse ver a mão da morte lhe levando. Não havia nada que eu pudesse fazer. Eu não podia ajudar. Eu me senti indefeso.”

“Você ajudou. A última coisa que vi, antes de desmaiar, foi você e Lissa. Eu não sei como sobrevivi, como eu superei todas as chances. Mas eu tenho certeza que o seu amor – o amor dos dois – meu deu forças para lutar. Eu tinha que voltar para vocês. Só Deus sabe em que tipo de problemas vocês se meteriam sem mim.”

Eu não tinha mais palavras para responder tudo aquilo que ela me dizia. Então, acreditando que algumas atitudes falam mais alto do que palavras, eu a puxei para mim e a beijei, com todo amor que eu sentia por ela.


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Mensagem por Convidad Ter Jul 19, 2011 10:44 am

adorei saber que vc vai escrever shadow kiss,escreva mesmo ,tenho certeza que vai ficar tao bom quanto esta.
Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy

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Mensagem por Lillyth V. Mazur Ter Jul 19, 2011 2:33 pm

adoreeeeei esse cap
quero +
kisses
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